O Jeep Compass foi sucesso no mercado desde seu lançamento, sucesso que perdura até hoje.
Entrega motorização moderna, bom acabamento (especialmente em versões de topo), tecnologia embarcada e ampla rede de concessionárias, graças ao grupo Stellantis.
Avaliamos uma unidade do Compass Blackhawk e trouxemos todos os detalhes para você.
Partindo de R$ 279.990,00, a versão é a de topo das do SUV médio da Jeep, ficando abaixo apenas da Série S 4XE PHEV, que é híbrida.
A versão Blackhawk vem de série com:
Abertura eletrônica do porta-malas com sensor de presença, banco elétrico para o motorista e passageiro, deteccao de trafego cruzado traseiro, monitoramento de pontos cegos, park assist, sensor de estacionamento dianteiro, teto solar panorâmico, acendimento automático dos faróis, apple Carplay e Android Auto com espelhamento sem fio, ar-condicionado automático dual zone, aviso de colisao frontal com frenagem de emergência, aviso de mudancas de faixas, bancos em couro, câmbio automático de 9 marchas, câmera de estacionamento traseira, central multimídia de 10,1″, chave de presencial, controle de Estabilidade e de tração, direção elétrica, faróis Full LED com assinatura em LED, freio de estacionamento eletrônico, lanternas com assinatura em LED, painel de instrumentos Full Digital de 10,25”, piloto automático adaptativo com controle de velocidade (ACC), retrovisor interno eletrocrômico, rodas em liga leve aro 19″, sete airbags (Frontais, laterais, de cortina e para os joelhos do motorista), sistema de som Premium Beats de 506w (8 alto falantes + subwoofer), tração 4×4, carregador do Celular por Indução e mais.
Desempenho sem rivais nacionais
Antes de mais nada, as versões com motorização 2.0 turbo como a Blackhawk custam bem caro, então algumas comparações ficam difíceis, como por exemplo, com o Corolla Cross à combustão, que custa menos de R$ 200.000,00.
As comparações são sempre feitas considerando o segmento ou o preço, nem sempre os dois simultaneamente.
O motor 2.0 turbo “Hurricane” tem números impressionantes, mostrando que o grupo investe pesado em propulsores.
São 272 cv de potência e ótimos 40,1 kgfm de torque, sempre aliado ao câmbio automático de 9 velocidades.
Esse conjunto leva o SUV de 0 a 100 km/h em 6,3s, com velocidade máxima de 228 km/h.
O único SUV que poderia concorrer com ele é o Tiguan, mas a VW reduziu a performance do motor 2.0 TSI, rendendo hoje 186 cv, com aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2s e velocidade máxima de 215 km/h.
Corolla Cross a combustão acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 9,8s, com a velocidade máxima de 195 km/h.
BYD Song Plus faz de 0 a 100 km/h na casa dos 8,5s e tem velocidade máxima na casa dos 180 km/h.
O Haval H6 PHEV faz o 0 a 100 km/h em cerca de 7,6s, com velocidade máxima similar ao BYD.
No quesito consumo, o Compass faz 8,3 km/l na cidade e 11,0 km/l na rodovia, sempre na gasolina.
O Corolla Cross faz 8,2 km/l na cidade e 9,0 km/l na rodovia, no etanol, enquanto na gasolina faz 11,7 km/l e 13,0 km/l, respectivamente.
A versão híbrida do Corolla Cross faz, no Etanol, 11,8 km/l na cidade e 9,7 km/l na rodovia, enquanto na gasolina, 17,8 km/l e 14,7 km/l, respectivamente.
O consumo do BYD é de 39,1 km/l na cidade, ante 30,8 km/l na rodovia, somente na gasolina.
O Haval faz 28,7 km/l na cidade, contra 25,3 km/l na rodovia, também somente na gasolina.
Interior caprichado
O acabamento interno que mescla preto e cinza, couro e suede é extremamente agradável visualmente e ao toque.
Ao abrir as portas, se notam as forrações que recebem couro, acabamento em preto brilhante, prateado, além de material macio e do emblema da Beats nas saídas dos alto-falantes.
Os bancos são talvez o item mais acertado do interior, com costuras no couro em formato de losango nas abas, o nome da versão no apoio de costas e costuras claras.
Além disso, um diferencial muito interessante é a aplicação de um tipo de “suede”, material macio, quase peluciado, lembrando a Alcântara aplicada em carros de luxo da VW até alguns anos.
O apoio de braços central também recebeu couro com costuras claras.
Apesar da esportividade do motor, o interior não recebeu nenhum item que remeta a isso, como o próprio volante de dimensão considerável, raios largos e totalmente circular.
Possui acabamento em couro, friso prateado e botões multifuncionais.
O cluster é 100% digital e é personalizável.
O painel é bonito, com forração de couro, costuras claras, frisos brilhantes, tem um design mais linear, com linhas que correm de fora a fora o conjunto.
A multimídia fica um pouco destacada do painel, em partes por sua grande dimensão, ficaria melhor se fosse totalmente encaixada, talvez envolta por um acabamento menos vazado, pois esse dá a impressão de que ela foi fixada ali, mas não faz parte do projeto.
Os acionamentos do ar-condicionado são digitais, com acabamento em preto fosco e brilhante.
O console central recebe acabamento em preto brilhante, com manopla de câmbio de desenho simples.
O teto solar panorâmico é um item bem interessante, com ótima visibilidade, acrescentando um requinte ao modelo.
Na segunda fileira, o acabamento mantém um bom padrão, com pouca queda em relação à dianteira.
O espaço para as pernas é bom.
No porta-malas, o espaço é bom e o subwoofer com o logo da Beats pode ser visto na lateral direita.
Visual externo contido, com toques de esportividade
Apesar da tocada mais esportiva e do interior diferenciado, por fora o Compass Blackhawk não dá tanta pinta de “diferentão”.
Com detalhes acertados, sem exagero, traz um diferencial sem errar a mão.
Na dianteira, as grades são similares às demais da linha Jeep, com recortes quadrados na porção superior. Nessa versão, recebem acabamento escuro e brilhante.
Os faróis Full Led têm dimensões compatíveis com o desenho da dianteira, mais achatados e compridos, casam bem com o conjunto.
Logo abaixo, separado por uma porção de lataria, há um acabamento em preto brilhante, que culmina nos faróis de neblina.
Mais para baixo, a grade inferior é preta fosca, combina com o conjunto.
Por fim, há um friso preto brilhante na porção inferior do para-choque, quase um “front-lip” que toma conta de praticamente metade da área inferior.
O emblema da Jeep pode ser visto fixado no capô, logo acima da grade superior.
As rodas, retrovisores, teto, emblemas e colunas recebem acabamento preto.
Falando nelas, as rodas de aro 19 têm desenho bonito, pintura preta fosca e as pinças de freio são pintadas de vermelho, recebendo bastante destaque no conjunto, sendo a única cor viva presente.
O Compass visto de lado mostra as caixas de roda com corte reto, vão livre do solo considerável e portas altas, passando a impressão de robustez.
Na traseira, as ponteiras duplas na saída de escape dividem opiniões. Eu particularmente gosto do conceito e considero bem aplicado no modelo, trazendo um diferencial para o conjunto.
As lanternas têm parte vermelha, mas ainda assim possuem boa área escurecida ou clara, sem tons vivos.
O desenho é bonito e moderno, combinando com o conjunto.
Na tampa do porta-malas, o emblema da Jeep e da versão “Blackhawk” deixando bem limpo o conjunto.
Vende muito bem
Falando agora de todas as versões do Compass, não só da Blackhawk, o SUV é o mais vendido da categoria de SUVs médios.
Emplacou 27.517 unidades no acumulado de janeiro a julho de 2024, quase ultrapassando seu irmão menor (e mais barato) Renegade, que emplacou 29.258 unidades.
Corolla Cross emplacou 26.691 unidades no mesmo período.
BYD Song emplacou 12.176 unidades e Tiguan 2.066.
O grupo acertou a mão no Compass, que tem versões mais baratas, mas já eficientes, e também versões completas com desempenho invejável e acabamento diferenciado.
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