Na tentativa de diminuir o consumo de combustível do carro para driblar os “problemas” apresentados no segmento de combustíveis, que provocam diretamente oscilações nos preços dos produtos, os motoristas costumam utilizar algumas práticas de procedência um tanto quanto duvidosa.
Conduzir o veículo com o motor trabalhando em baixa rotação aparece como uma das alternativas usadas por alguns condutores. Essa prática consiste, na maioria das vezes, em utilizar uma marcha mais alta no câmbio mesmo em velocidades mais baixas.
Como resultado, o motor passa a trabalhar num regime de rotação bem menor. Porém, será que isso realmente é válido a ponto de economizar o combustível sem causar danos sérios ao motor? Confira abaixo:
Se você já consultou o manual do proprietário do seu veículo, provavelmente deve saber que o fabricante indica as melhores velocidades para cada troca de marcha seguindo os parâmetros do conjunto motriz do modelo.
Na maioria das vezes, aproximadamente, a segunda marcha deve ser trocada aos 20 km/h, a terceira marcha até 45 km/h e a quarta marcha até cerca de 60 ou 70 km/h. Você pode passar para a quinta marcha caso vá andar por um determinado tempo nessa mesma velocidade.
Caso o motor consiga entregar um nível de torque suficiente em baixa rotação para “empurrar” o carro sem muito esforço (sem que o propulsor comece a “reclamar” emitindo alguns barulhos), o conjunto dificilmente enfrentará problemas.
Se não, ele irá pedir por uma redução de marchas, já que o motor dificilmente conseguirá seguir operando da maneira adequada, podendo até “morrer” na metade do caminho.
Porém, ainda assim é válido sempre seguir o recomendado pelo fabricante no manual do proprietário. Normalmente, as velocidades e rotações recomendadas para trocas de marcha por cada montadora proporcionam um equilíbrio entre desempenho e economia de combustível.
Qual a faixa de giro ideal para as trocas de marcha?
Aproveitando, é importante ainda que você promova as trocas de marcha numa faixa de giro ideal para o motor do seu carro. Normalmente, as passagens de marcha devem ser realizadas quando a rotação atingir uma faixa próximo aos 2.500 rpm.
Na maioria das vezes, ao ultrapassar essa faixa de giro, o consumo de combustível aumentará, embora você consiga gerar um melhor aproveitamento da potência e do torque do veículo, em especial dos dotados de motor aspirado.
É por esse motivo que um carro turbo costuma ser mais eficiente. Para se ter uma ideia, o Volkswagen up! TSI com seu motor 1.0 litro turbo flex de três cilindros entrega o torque máximo já a 1.500 rpm.
Ou seja, toda a força está disponível praticamente após ligar o conjunto. Logo, o motorista não precisa atingir rotações elevadas para se obter um nível de torque considerável, implicando também numa maior economia de combustível.
Quando usar o ponto morto (neutro)?
Ao contrário do que muitos imaginam, o neutro deve ser ativado somente com o carro parado e se você deixar o carro em ponto morto com o carro andando, isso não economiza combustível. Com o veículo em movimento e o câmbio na posição neutro, o conjunto continua injetando combustível para manter o motor em funcionamento.
Dá para economizar fazendo justamente o processo inverso: ao tirar o pé do acelerador com o carro engrenado, o módulo da injeção observa que você deixou de acelerar e corta a alimentação de combustível conforme o carro for parando.
Além disso, o carro engrenado conta ainda com o auxílio do freio-motor, que também vai freando o carro de maneira involuntária conforme você deixa de acelerar.
Com o câmbio em ponto morto, o veículo está “solto”, sendo que neste caso você deve controlar a velocidade com o pedal de freio, podendo superaquecer o sistema de freios do automóvel.
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