No segmento dos hatches médios o Peugeot 308 não briga pela liderança, mas graças ao momento de transição do Hyundai i30 da velha para a nova geração, está conseguindo manter a terceira posição atrás apenas de Focus e Cruze Sport6.
O modelo parte de 50.990 reais, mas são as versões mais caras as mais interessantes, e que entregam ao 308 alguns pontos de destaque em comparação com seus concorrentes.
E a versão que avaliamos é a top de linha Feline com motorização THP, ou seja, com o mesmo motor 1.6 turbo do Citroen DS3 amarelo que você viu aqui em nosso site.
O fato de o Peugeot 308 THP ter 165 cavalos, ou seja, apenas 14 a mais que a mesma versão Feline só que com o motor 2.0 de 151 cavalos, não explica muito bem a diferença de desempenho entre essas duas versões, que é bem notável.
E além do bom desempenho, temos um hatch médio com espaço de sobra em seu interior, teto panorâmico, bancos confortáveis, um bom acabamento com materiais emborrachados no painel e também um quadro de instrumentos luxuoso com fundo branco.
Ou seja, é um forte concorrente a entrar na garagem de quem quer um hatch médio mais completo e que traga alguns detalhes superiores aos encontrados nas versões topo de linha de Focus e Cruze.
O Ford até custa menos que o 308 THP, com tabela em 69.800 reais se escolhermos o câmbio automático, que aliás, tem apenas quatro marchas – mas fica devendo em equipamentos.
Já o Cruze tem um bom câmbio automático de seis marchas, teto solar e central multimídia com GPS, mas custa salgados 77.150 reais, exatos 2.160 reais a mais que o francês, que conta com os mesmos itens e tem desempenho bem superior.
Índice
Peugeot 308 THP – Impressões do interior e qualidade de acabamento
Achamos o interior do Peugeot 308 THP espaçoso, sem dúvida com medidas mais amplas que de alguns outros hatches médios. O painel tem um bom acabamento emborrachado, o que mais difícil de encontrar a cada dia que passa.
É claro que as três saídas de ar no centro do painel passam aquela impressão de adaptação local, assim como em outros modelos da PSA que já testamos por aqui.
E o volante limpo sem botões também não ajuda muito. Mas os comandos que estariam no volante estão em duas hastes que ficam atrás do mesmo. E o quadro de instrumentos é bem interessante.
Não é tão esportivo quanto o motor do hatch francês, aliás não é nada esportivo, mas passa um requinte adicional que pode interessar quem está no mercado procurando por um bom hatch médio.
Entre velocímetro e conta-giros, um pequeno visor multifuncional mostra informações diversas que são bem úteis.
Os bancos em couro do 308 THP são confortáveis, e tem uma boa largura, abrigando bem o corpo. O espaço é razoável atrás, onde notamos apenas um problema com relação à altura dos ocupantes.
O teto tem um rebaixo na parte traseira, para abrigar o forro do teto panorâmico, então alturas de até 1,75 metro não são castigadas. Existem duas saídas de ar-condicionado para quem vai atrás, algo que quem faz viagens longas no banco traseiro sabe que é bem útil.
Na traseira, encostos de cabeça e cintos de três pontos estão disponíveis para as três pessoas que se sentarem ali.
Um dos grandes destaques do interior do Peugeot 308 THP é sem dúvida o teto panorâmico Cielo. Apesar de não ser um teto solar com abertura elétrica, seu tamanho gigantesco supera esta “deficiência”.
Peugeot 308 THP – Vídeo de detalhes
Peugeot 308 THP – Comportamento e consumo na cidade
Hatch médio não é um tipo de carro barato não. Temos vários modelos aqui no Brasil com preço acima dos 70.000 reais. Já que é pra pagar tão caro em um hatch, que ele tenha um bom desempenho, não é mesmo? Pelo menos isso.
O Peugeot 308 THP tem a vantagem de custar um pouco menos que o Cruze Sport6 topo de linha, como citamos acima, e o desempenho é bem mais interessante.
O desempenho nas acelerações dentro da cidade é bem saudável, esqueça aquele comportamento de apenas berrar e não andar muita coisa, como temos em modelos 1.8 ou 2.0 sem sobrealimentação.
O torque é abundante e apesar de o 308 THP não andar tanto quanto seu meio irmão DS3, ele também traz muita alegria e diversão à rotina diária de seu dono.
Com a vantagem de ser um carro maior, mais espaçoso e com mais conforto do que o DS3, ou outros modelos puramente esportivos, como o Novo Fusca. É claro que o Volkswagen tem um desempenho bem superior ao 308 THP, mas o francês tem um bom balanço entre praticidade e desempenho.
A suspensão dele é média, não é muito dura. O que sofre bastante com nossas ruas e seus buracos são os pneus e rodas do 308 THP. As pancadas são sentidas facilmente pelo motorista. O consumo do Peugeot 308 THP na cidade ficou em 6,5 km/l, bem pior que o Citroen DS3, que tem a mesma motorização.
Os culpados para isso são: peso adicional de 200 quilos e também câmbio automático.
Peugeot 308 THP – Comportamento e consumo na estrada
Na estrada, o 308 turbo também vai muito bem.
Ele acelera rapidamente em ultrapassagens e retomadas, mais uma vez demonstrando um desempenho bem diferente de outros hatches médios mais fracos. A diferença de potência pode parecer pequena, mas a aceleração de um carro turbo é totalmente diferente.
O hatch mantém um pouco mais de rotação a 110 km/h do que o DS3, em torno de 2.500 giros contra 2.200, mas ainda assim consegue um bom consumo e também um bom nível de ruído interno.
O ruído do motor entra na cabine apenas quando estamos pisando fundo. Neste momento, o ruído que o motorista sente é bem agradável, esportivo.
Mas em velocidades de cruzeiro o 1.6 turbo fica bem quieto, deixando que os ocupantes tenham sossego e consigam conversar entre si com tranquilidade. Não temos ruído aerodinâmico nas portas, o que é muito bem-vindo.
A estabilidade superior do 308 THP também é notada, fazemos curvas em velocidades maiores sem sequer ouvir um cantar de pneus. O consumo foi o mesmo do DS3, exatos 14,2 km/l andando a 110 km/h, no nosso padrão de sempre. Ou seja, o melhor dos dois mundos mais uma vez.
Peugeot 308 THP – Ficha técnica
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, alimentado por turbina de hélice dupla, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro. Comando duplo de válvulas no cabeçote com sistema de variação de abertura na admissão e escape. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração.
Potência máxima: 165 cv a 6 mil rpm.
Torque máximo: 24,5 kgfm a 1.400 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 8,3 segundos (Auto Press).
Velocidade máxima: 215 km/h.
Diâmetro e curso: 77,0 mm x 85,8 mm. Taxa de compressão: 11,0:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com rodas independentes, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados. Traseira com rodas independentes, travessa deformável e amortecedores hidráulicos pressurizados. Oferece controle de estabilidade de série.
Pneus: 225/45 R17.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EDB.
Carroceria: Hatch em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,27 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,49 m de altura e 2,61 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina.
Peso: 1.392 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 348 litros.
Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: El Palomar, Argentina.
Lançamento no Brasil: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado automático de duas zonas, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, travamento das portas por controle remoto, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS, sistema de som rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth/Aux com tela de sete polegadas, GPS, teto solar panorâmico, apoio de cabeça central traseiro, alarme perimétrico, vidros traseiros elétricos, bancos em couro, faróis de xenônio direcionais, rodas de liga-leve de 17 polegadas, sensor crepuscular, de chuva e de estacionamento.
Preço: R$ 74.900.
Fotos Leo Sposito
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