É muito provável que você nunca tenha visto um crash test de uma Ferrari, ou um modelo da Bugatti, por exemplo.
Além disso, eles são tão caros e raros, que dá aquela dó só de pensar em destruir um deles em um teste de segurança.
Apesar desses pontos, eles passam sim pelos mesmos testes de colisões que os modelos mais simples passam, principalmente se falando dos maiores e mais tradicionais mercados consumidores de carros, os Estados Unidos e a Europa.
Todos os carros, mesmo sendo super esportivos, tem de ser aprovados nesses testes.
Existe apenas a exceção dos veículos do tipo “show and display”, nos Estados Unidos, onde carros raríssimos que irão rodar menos de 4.000 quilômetros por ano, com uso focado em exibição em eventos, não precisam ser testados.
Estas exigências acabam sendo parte dos vários motivos pelos quais esses super esportivos que custam milhões ficam mais caros a cada ano que passa.
Todos os gastos que o fabricante tem com a segurança tem de ser recuperados nas vendas, e se apenas pouquíssimos carros forem vendidos, os custos irão ser divididos apenas entre aquelas poucas unidades.
Os custos de fabricação em si devem ser bem pequenos perto do preço de venda, talvez não passe de 20% a 25% do valor pedido.
Ao contrário de antigamente, quando os carros esportivos não tinham que ser equipados com zonas de deformação programada, no caso de colisões, hoje o formato de um super carro esportivo não é tão livre quanto naquela época. Ficou mais difícil desenhar um modelo bem chamativo.
Mas, e por que os super carros não tem aquela nota, que é dada por entidades como EuroNCAP ou NHTSA?
Os carros são geralmente cedidos para essas entidades como uma certa forma de marketing, para que os consumidores possam comparar a segurança entre os carros mais vendidos do mercado.
Modelos da Ferrari ou da Lamborghini, por exemplo, são desenhados com áreas de deformação e bastante segurança para que essas empresas possam se proteger de processos na justiça, mas eles não aparecem em crash tests públicos como os citados acima.
O bom é que hoje em dia, a maioria deles tem uma célula de segurança, ou sobrevivência. Se trata da área ao redor da cabine, que é muito mais resistente do que o resto da carroceria, protegendo os ocupantes.
E seus sistemas de freios são muito mais eficientes, ajudando um pouco a evitar acidentes mais sérios.
Ainda assim, sabemos que os superesportivos não são exemplos em segurança. Eles priorizam a forma acima dela, e alguns chegam até mesmo a não serem equipados com um simples airbag.
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