Fiat Panda a gasolina contraria eletrificação e segue até 2030

O Fiat Panda é um dos carros mais populares da Europa e ele terá uma vida longa, segundo o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, que disse que a montadora estenderá a produção de seu carro urbano a gasolina até 2030.

O objeto da Stellantis é em uma tentativa de trazer acessibilidade aos clientes, com a versão a motor de combustão do Panda programada originalmente para ser descontinuada em 2027, porém, um Panda elétrico deverá ser lançado ainda este ano.

Tavares disse: “Ouvimos notícias falsas de que a Stellantis quer deixar a Itália. Estamos investindo pesadamente na Itália”. Construído em Pomigliano d’Arco, perto de Nápoles, o Panda foi o carro mais vendido da Fiat na Europa nos primeiros dois meses de 2024, com 26.357 unidades vendidas. 

Carlos Tavares inaugurou uma linha de produção da Stellantis para a fabricação de transmissões eletrificadas de dupla embreagem (eDCT) para veículos elétricos híbridos e híbridos plug-in no complexo Mirafiori do grupo em Torino.

Essas caixas serão exportadas ao Brasil para equipar os modelos locais eletrificados, como o Novo Panda, que deverá ser fabricado em uma versão localizada por aqui. A Fiat planeja ser uma marca totalmente elétrica após 2030, um atraso de três meses.

O atraso da Fiat se dá por conta do relaxamento do Euro 7, pressionado pelos fabricantes europeus diante dos elevados custos dos carros elétricos. O Panda, por ser muito popular e barato, não pode ser deixado de lado.

Não se sabe ao certo se a atual geração continuará e produção por mais sete anos ou se uma nova irá assumir seu lugar na base, mas seja como for, a Stellantis não pode gastar muito com ele e manter seu propulsor em dia com as emissões de poluentes.

Também mantê-lo em linha garante os empregos que a Stellantis se comprometeu com o governo italiano, que visa aumentar a produção na península.