Volkswagen dos Estados Unidos manda CEO Pablo Di Si embora depois de apenas dois anos, executivo que trabalhou na Rivian entra em seu lugar

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O Grupo Volkswagen enfrenta um ano complicado, marcado por fechamento de fábricas, perda de participação no mercado, descontinuação de modelos e mudanças na liderança.

Nos Estados Unidos, a montadora anunciou a saída de Pablo Di Si do cargo de CEO da Volkswagen of America após apenas dois anos. Ele será substituído por Kjell Gruner, que assumirá oficialmente o posto em 12 de dezembro.

Durante o período de transição, Gerrit Spengler, atual diretor de recursos humanos, ocupará o cargo de forma interina. Gruner, com 25 anos de experiência no setor automotivo, chega trazendo um perfil que combina vivência em marcas tradicionais e startups do segmento elétrico.

Ele já passou por Porsche AG, DaimlerChrysler e Mercedes, além de ter sido presidente e CEO da Porsche North America.

Antes de retornar ao Grupo Volkswagen, ele ocupava o cargo de Chief Commercial Officer (CCO) na Rivian, o que lhe deu conhecimento valioso sobre o mercado de EVs e startups emergentes.

Essa experiência pode ser estratégica, considerando a recente parceria entre a Volkswagen e a Rivian.

“Kjell Gruner é um especialista absoluto no mercado norte-americano,” afirmou Gunnar Kilian, membro do conselho do Grupo VW para Recursos Humanos.

Segundo Kilian, a liderança de Gruner será essencial para impulsionar novas oportunidades de crescimento na América do Norte. Ele também destacou o trabalho de Di Si, que foi crucial para reestruturar os negócios da Volkswagen na América do Sul e dar início à estratégia norte-americana.

A colaboração entre Volkswagen e Rivian inclui um investimento de US$ 5 bilhões para desenvolver uma arquitetura conjunta de software e eletrônicos, que pode futuramente abranger módulos de bateria e outros componentes para EVs.

A aposta nesse tipo de parceria reflete os esforços do grupo em se adaptar ao mercado em transformação.

Apesar de sua expansão nos Estados Unidos, a Volkswagen enfrenta desafios significativos globalmente. Na Alemanha, a montadora está se preparando para fechar três fábricas, algo inédito.

A Audi, braço de luxo do grupo, também sofre com queda de 17% nas vendas no mercado norte-americano no terceiro trimestre de 2024. Por outro lado, a Volkswagen of America registrou um aumento de 7% nas vendas no mesmo período, indicando que sua estratégia nos EUA pode estar ganhando força.

Mesmo em meio às dificuldades, a montadora aposta em novos lançamentos e marcas como a Scout, dedicada a SUVs elétricos.

Esses movimentos fazem parte de um esforço maior para reconquistar relevância no mercado norte-americano enquanto lida com a pressão de transformar sua operação global.

Gruner assume o comando em um momento crucial, com o desafio de consolidar o crescimento nos EUA e contribuir para a reinvenção da Volkswagen no cenário global.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.