Em outubro de 1957, a Ford começava a produzir em sua fábrica no bairro do Ipiranga, São Paulo, a picape F-100.
O modelo seguiu o caminhão leve F-600, cuja fabricação começou um ano antes.
Derivada da primeira geração de 1953, a F-100 feita no Brasil tinha semelhanças com a versão de 1956 dos EUA, incorporando um motor V8 4.5 de 167 cv com 38,7 kgfm e transmissão manual de três marchas na coluna de direção, que era mecânica.
O propulsor era importado, mas em 1958, passou a ser feito no país.
Com cabine simples, a F-100 tinha caçamba step-side com para-lamas salientes, mas sua caçamba estreita não agradou muitos proprietários no Brasil, especialmente aqueles que transportavam alimentos perecíveis pelo país.
Assim, os donos trocavam a caçamba de aço por uma de madeira, mais espaçosa. Os freios eram a tambor, tanto na dianteira quanto na traseira.
Isso levou a Ford a lançar uma versão da F-100 sem caçamba, deixando assim os proprietários livres para escolherem o melhor implemento.
Em 1959, a picape recebeu mudanças no visual, ganhando um para-brisa maior e envolvente, bem como um painel de instrumentos resenhado e nas cores verde e amarelo, fazendo referência à produção do modelo no Brasil. Vinha até com o nome “brasileiro”.
Com 4,67 m de comprimento e Já no ano de 1961, a Ford lança uma versão com caçamba mais larga, chamada Styleside e disponibiliza também versões perua e furgão.
Mas apesar do uso comercial da maioria dos clientes, começaram a aparecer consumidores que passaram a usar a F-100 para passeio.
Assim, em 1965, a Ford lança duas versões da F-100, sendo a Passeio para o lazer, tendo esta suspensão mais macia, bem como a Rancheiro, que era voltada para o trabalho.
Desde sempre, o marketing da marca americana focava na robustez e confiabilidade mecânica, bem como na grande rede de concessionárias, que nos anos 60 tinha mais de 300 lojas.
Três anos depois, a Ford lançava a F-100 com suspensão dianteira independente, a famosa Twin-I-Beam, que utilizava molas helicoidais.
O conforto e a dirigibilidade aumentaram muito. No entanto, nos anos 70, a Crise do Petróleo obrigou ao uso do motor 2.3 de quatro cilindros, o mesmo do Maverick, entregando 120 cv.
Por fim, em 1979, a F-100 era renomeada F-1000 e vinha com opção de motor diesel, assim como direção hidráulica, freios dianteiros a disco e capacidade para uma tonelada de carga, mas compartilhando ainda muitos itens com a velha picape.
Leia também a nossa reportagem sobre a história completa da F100 e da F1000.
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