E a pá de cal foi lançada sobre o último sedã da Chevrolet no mercado norte-americano, num momento em que nunca os consumidores mais antigos dos EUA poderiam imaginar que um chegaria.
O Chevrolet Malibu teve a produção interrompida em Fairfax, no Kansas. Para piorar, os 1.700 empregados serão todos dispensados pela montadora, mas não será o fim da planta da empresa na cidade.
A produção teoricamente não foi encerrada, já que a GM entrou com um “Ato Federal de Notificação de Ajuste e Retreinamento de Trabalhadores”, onde os empregados ficarão um período em treinamento antes da demissão certa.
Enquanto isso, a fábrica da Fairfax ficará parada e quando chegar novembro, as máquinas serão desligadas e oficialmente o Malibu será declarado morto. Com ele, se vai também um legado de sedãs da Chevrolet que remonta tempos imemoriais.
Desde sempre a Chevrolet teve sedãs nos EUA, algo como isso seria uma blasfêmia apenas de ser dita, mesmo quando a velha General Motors estava ruindo ao lado da Chrysler.
O fim dos sedãs da Chevrolet é como na Ford, o término do que se convencionou ser o normal, o habitual, o certo. Para as montadoras americanas, em décadas passadas, o sedã era como uma obrigação moral com o consumidor americano.
Hoje, um mero segmento que as marcas americanas entregaram para os japoneses. Mesmo eles, resistem ainda e espera-se que não se tornem os 47 ronins de um mercado ditado por SUVs e crossovers.
Enquanto “o último dos sedãs” (parece título de filme) da Chevrolet passará seus últimos dias lojas, até o derradeiro encontrar o último proprietário de um Malibu zero km na América, outros sofrerão as consequências da moda SUV.
As demissões em Fairfax serão feitas gradualmente até 12 de janeiro, quando a fábrica ficará fechada até meados de 2025, quando será reativada para produção do novo Chevrolet Bolt e do crossover Cadillac XT4.
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