Tesla Cybertruck sofre atraso por conta da complexidade das baterias

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A Tesla Cybertruck está sofrendo grandes atrasos na produção em Austin e o problema não está nas chapas de aço inox blindadas, mas nos elementos das baterias, considerados complexos demais e, para piorar, seu grande efeito prático.

Pelo andar da carruagem, o que se fala em Austin é que a Tesla teria hoje a capacidade de entregar somente 1/10 do número de baterias necessárias para atender a demanda da Cybertruck e isso significa enormes problemas para Musk.

Segundo a Reuters, a bateria 4680 é um projeto que exige que consiste em eletrodos de revestimento seco, o que seria um método mais rápido e barato de montar as células, porém, isso em pequena escala de produção.

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Todavia, ao aumentar os volumes, essa velocidade cai vertiginosamente e a produção não consegue atender a demanda. O site Clean Technica explica as diferenças entre as baterias comuns e a 4680:

“Uma bateria tradicional de íon de lítio usa uma pasta úmida para revestir o ânodo e o cátodo. No processo de fabricação, uma quantidade considerável de espaço na fábrica é dedicada à secagem desses revestimentos antes que tudo seja enrolado e colocado no invólucro metálico externo para se tornar o que chamamos de célula de bateria”.

O site continua: “Muitos leitores devem se lembrar que a Tesla comprou uma empresa chamada Maxwell Technologies há cinco anos, principalmente por seu processo de eletrodo seco. O revestimento seco significa menos energia necessária para a secagem, menos espaço na fábrica para o processo de secagem e menores custos de produção”.

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No entanto, toda essa tecnologia para facilitar a produção agora se tornou o gargalo da mesma, colocando em risco a carreira da Cybertruck, que teria o ânodo sem problemas na 4680, porém, o cátodo é quem está dando dor de cabeça e também é o componente mais caro da célula.

Yuan Gao, consultor de tecnologia de baterias, comentou que “o revestimento seco de ânodos e cátodos é comprovado em laboratório, bem como para dispositivos menores de armazenamento de energia, como supercapacitores, e até mesmo algumas baterias pequenas”.

Todavia, Gao apontou: “Mas ninguém fez isso até agora para grandes baterias de veículos elétricos em grande escala e a uma velocidade suficientemente alta. A Tesla é a primeira a tentar comercializar isso”.

Ou seja, a Tesla está pisando num terreno desconhecido com um produto já finalizado. Sem ter feito testes de produção acelerada das células, a montadora colocou na praça um veículo que não pode simplesmente entregar como deveria…

[Fonte: Jalopnik ]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X