Carros elétricos de R$ 100 mil devem impactar preços de compactos a combustão

byd dolphin mini bogota
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Daqui a alguns dias, o mercado automotivo nacional receberá um novo carro elétrico e ele atuará numa faixa de preço onde hoje estão carros compactos populares em versões intermediárias, com alguns tendo motores 1.0 Turbo e câmbio automático.

Essa faixa é a de R$ 100 mil, ainda que ele e outro atuarão abaixo desse valor, o que vemos no momento por R$ 99.990 o Renault Kwid E-Tech. Ainda que seja elétrico, o subcompacto da marca francesa não inspira tanta tecnologia.

renault kwid e tech test drive na 4
renault kwid e tech test drive na 4

Todavia, o BYD Dolphin Mini por um pouco menos que esse valor, já dá uma dimensão bem diferente para a coisa, não só pela imagem de tecnologia da marca, atual maior rival da Tesla, mas também pelo projeto do carro.

Ainda que os dois sejam os únicos conhecidos que já estão ou irão para essa faixa, não descartamos que a Caoa Chery traga uma versão mais barata de seu iCar por menos de R$ 100 mil, assim como o esperado JAC E-JS1 com bateria de sódio, que já está sendo exportado para a região.

jac exporta 100000 3
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Aliás, essa tecnologia pode ainda tornar a situação ainda pior para os carros compactos flex de R$ 100 mil. Como? No final contaremos. Bom, mas em relação ao impacto da chegada do Dolphin Mini, especialistas de mercado opinião favoravelmente à possível redução de preços.

Cássio Pagliarini, da Bright Consulting, disse à Paula Gama do UOL: “A ameaça de preço existe. O ticket médio de carros novos no Brasil é de R$ 148 mil. Com certeza, a presença desses veículos afetam os modelos a combustão e devem afetar o seu preço”.

Já Ricardo Bacellar, fundador da Bacellar Advisory Boards, aponta para a atração da tecnologia embarcada na visão dos consumidores. “O GWM Haval e o BYD Song Plus brigam com carros entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. No fim do dia, o mercado consumidor é o mesmo, não importa se seja híbrido ou a combustão. Quanto mais competitivos esses novos carros ficarem, mais o mercado como um todo terá que se adaptar. É claro que a queda de preço vai chegar”, analisa.

byd seagull sodio a
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Em nossa visão, uma possível resposta das marcas tradicionais ao Dolphin Mini, Kwid E-Tech e outros elétricos que atuem na mesma faixa, é uma oferta maior de carros com motor 1.0 turbo flex com transmissão automática.

Estas são as tecnologias disponíveis para tentar brigar com os elétricos, com apelo para a maioria do mercado. Como o MHEV ainda não está disponível, é o que tem por agora.

Já sobre a bateria de sódio, a BYD lançará os modelos Dolphin Mini e Dolphin com essa tecnologia, cujo custo da bateria é 30% menor que a LFP padrão. Então, imagine o pequeno da marca chinesa em versão mais barata (sim, ela existe, veja na foto acima) que a de R$ 100 mil…

[Fonte: Paula Gama/UOL]

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X