A Stellantis suspendeu a produção do Fiat 500 elétrico em Mirafiori, fábrica da montadora italiana em Turim, que vem se dedicando à fabricação da atual geração do pequenino Cinquecento, modelo que anteriormente era feito em Vychy, na Polônia, assim como também em Toluca, no México.
A suspensão durará quatro semanas para que a montadora ajuste o estoque à demanda, algo que os fabricantes sempre alegam para evitar a real situação, ou seja, o desinteresse dos consumidores no produto.
Mas, a Stellantis confirmou que o pequeno elétrico não tem o desempenho esperado na Europa. A nota diz que a suspensão está “ligada às profundas dificuldades enfrentadas no mercado europeu [de veículos elétricos] por todos os produtores”.
Essa interrupção na produção do ícone da marca italiana é um duro golpe para a Stellantis, não só pela queda nas vendas do pequenino, mas porque o grupo vem sendo pressionado pelo governo de Giorgia Meloni para ampliar a produção doméstica.
Olivier François, CEO da Fiat, confirmou ao site inglês Autocar, a decisão da empresa de botar um pé no freio do Fiat 500 elétrico. Foram 74.885 unidades vendidas, inclusive da versão a gasolina, que já saiu de linha, no primeiro semestre de 2024.
Sobre a decisão, François disse mais: “É claro que, como todos os outros, pensávamos que o mundo iria eletrificar mais rapidamente e que o preço da eletrificação cairia mais rapidamente”.
O CEO da Fiat confessou: “Mas não poderíamos imaginar que a Covid viria, que haveria escassez de matérias-primas e que a sociedade europeia – nem o todo, nem a parte mais jovem dela – viraria as costas às soluções sustentáveis. Mas essa é a realidade. E temos que enfrentar isso.”
A Fiat tem um plano de hibridizar o atual Fiat 500 com adoção de um motor a gasolina como gerador para a função de extensor de alcance do pequenino, que pode vir a ser um alento para as vendas, caso seja aceito como mais interessante ao consumidor.
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