O Renault Kwid é um dos modelos mais emplacados do país, rivalizando com o Mobi na categoria de veículos de entrada.
A montadora gosta de chamá-lo de SUV dos compactos, mas a verdade é que tanto ele quanto o Mobi podem ser considerados subcompactos.
Suas principais vantagens são o baixo consumo e “baixo custo” considerando é claro os valores de carros zero km do mercado.
Avaliamos uma unidade da versão Intense e trouxemos os detalhes para você.
A versão Intense parte de R$ 77.590,00, fica posicionada logo acima da de entrada “Zen” e vem de série com:
Multimídia com Android Auto e Apple Carplay, calotas 14”, câmera de ré, retrovisores com ajuste elétrico, 4 airbags, direção elétrica, ABS, controle de estabilidade, ar-condicionado, computador de bordo, DRL e mais.
Foco no consumo, desempenho fica de lado
Não imagino que alguém compre um subcompacto esperando por boa aceleração, velocidade final ou algo do tipo, o foco da categoria é baixo custo.
Dito isso, o Kwid não tem números absurdamente ruins, mas não é um carro esperto ou muito adequado para rodovias, seu foco é mais urbano.
O motor 1.0 de três cilindros rende 71 cv e 10 kgfm de torque, o que é pouco, porém o carro pesa apenas 820 kg, facilitando a vida do propulsor.
Acoplado ao câmbio manual de 5 velocidades, consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 13,2s com velocidade máxima de 160 km/h que é bem aceitável.
O rival italiano tem desempenho inferior, com 0 a 100 km/h feito em 14s e velocidade máxima de 152 km/h.
No quesito consumo, o Kwid faz no Etanol 10,8 km/l na cidade e 11,0 km/l na rodovia, enquanto na gasolina são 15,3 km/l e 15,7 km/l respectivamente.
O Mobi faz, no etanol, 9,6 km/l na cidade e 10,4 km/l na rodovia, enquanto na gasolina faz 13,5 km/l na cidade e 15,0 km/l na rodovia.
Interior simples, mas bonito
Tendo em vista a proposta, o mercado e o custo, o Kwid não faz feio no quesito acabamento, pelo menos não no aspecto visual.
É bem verdade que o acabamento é extremamente simples e que o toque não é dos mais agradáveis, mas precisamos pesar o posicionamento do modelo, que é de entrada.
As forrações de porta têm alguns apliques brilhantes e cromados, que já passam um ar não tão simplório para o modelo. Arrisco dizer que melhor até que alguns carros mais caros que ele, sem exageros, é claro.
Adentrando o habitáculo, o volante é simples, sem funções, totalmente circular, com detalhes brilhantes nos raios.
O cluster é uma mistura de analógico com digital, tem uma iluminação bonita em tons de azul e branco.
O painel é totalmente plástico, como esperado para a categoria.
Olhando para a região do meio do painel, a multimídia surpreende por ser bonita e possuir um acabamento em preto brilhante bem agradável.
Embaixo dela, alguns botões com design simples e um pouco mais para baixo, os acionamentos do ar-condicionado, circulares e com frisos cromados.
Em frente ao passageiro, acabamento bem simples, lembrando até alguns Fords de entrada de bons anos atrás.
O console central é simples, mas cumpre sua função, especialmente considerando o espaço restrito que lhe restou.
No banco de trás, o espaço é um pouco apertado, mas para um uso urbano é adequado, pode ser incômodo em uma viagem mais longa.
O porta-malas é pequeno, mas não dá para esperar muito, dado o tamanho do carro.
Visual moderno
Começando já pela dianteira, a melhor visão do carro, o desenho é bem moderno e bonito.
Com o conjunto óptico dividido, a porção superior, que fica na altura da grade, é estreia e comprida, com DRL.
Termina na grade central, que se expande em direção ao centro do carro, no meio dela há o logo da Renault, em grandes proporções e cromado.
A grade tem algumas fileiras, um tanto quanto espessas, que dão um ar de robustez para o modelo.
Já na porção inferior, a continuação do conjunto óptico fica em um rebaixo no para-choque.
A última parte do para-choque é construída em plástico preto.
Continuando até a lateral, o plástico preto é aplicado nos contornos das caixas de roda e em apliques nas portas.
As rodas de aço possuem calotas que enganam bem e passam facilmente por rodas de liga, em um olhar desavisado.
Tem um desenho bonito, nada de mais, mas bem agradáveis por serem calotas.
Visto de lado, o teto tem uma caída bem sutil e termina em um aerofólio comedido.
Na traseira, as lanternas são quase inteiramente vermelhas, com apenas um detalhe mais claro.
O formato é levemente alongado, sem grandes destaques.
Vende menos que o rival
O Kwid emplacou, no acumulado de janeiro a julho, 29.155 unidades, que é um bom número para a marca, mais que o dobro do Duster, que emplacou 11.542 unidades no mesmo período.
Esse número garante ao subcompacto a décima terceira posição dentre todos os modelos de automóveis.
Comparado com seu rival Mobi, o Kwid vende bem menos. O italiano emplacou 39.041 unidades no mesmo período.
O Mobi foi o sexto veículo mais emplacado no período.
O campeão de vendas segue sendo o Polo, com 70.405 unidades, seguido do Onix, com 51.026 unidades emplacadas.
O Kwid atende bem um nicho específico, focado em baixo custo e uso urbano, perdendo para veículos maiores de entrada principalmente no comportamento dinâmico e espaço, de forma geral.
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