Renault Kwid Intense 2025: Com foco no consumo, tem interior bonito e visual moderno

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O Renault Kwid é um dos modelos mais emplacados do país, rivalizando com o Mobi na categoria de veículos de entrada.

A montadora gosta de chamá-lo de SUV dos compactos, mas a verdade é que tanto ele quanto o Mobi podem ser considerados subcompactos.

Suas principais vantagens são o baixo consumo e “baixo custo” considerando é claro os valores de carros zero km do mercado.

Avaliamos uma unidade da versão Intense e trouxemos os detalhes para você.

A versão Intense parte de R$ 77.590,00, fica posicionada logo acima da de entrada “Zen” e vem de série com:

Multimídia com Android Auto e Apple Carplay, calotas 14”, câmera de ré, retrovisores com ajuste elétrico, 4 airbags, direção elétrica, ABS, controle de estabilidade, ar-condicionado, computador de bordo, DRL e mais.

Foco no consumo, desempenho fica de lado

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Não imagino que alguém compre um subcompacto esperando por boa aceleração, velocidade final ou algo do tipo, o foco da categoria é baixo custo.

Dito isso, o Kwid não tem números absurdamente ruins, mas não é um carro esperto ou muito adequado para rodovias, seu foco é mais urbano.

O motor 1.0 de três cilindros rende 71 cv e 10 kgfm de torque, o que é pouco, porém o carro pesa apenas 820 kg, facilitando a vida do propulsor.

Acoplado ao câmbio manual de 5 velocidades, consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 13,2s com velocidade máxima de 160 km/h que é bem aceitável.

O rival italiano tem desempenho inferior, com 0 a 100 km/h feito em 14s e velocidade máxima de 152 km/h.

No quesito consumo, o Kwid faz no Etanol 10,8 km/l na cidade e 11,0 km/l na rodovia, enquanto na gasolina são 15,3 km/l e 15,7 km/l respectivamente.

O Mobi faz, no etanol, 9,6 km/l na cidade e 10,4 km/l na rodovia, enquanto na gasolina faz 13,5 km/l na cidade e 15,0 km/l na rodovia.

Interior simples, mas bonito

Tendo em vista a proposta, o mercado e o custo, o Kwid não faz feio no quesito acabamento, pelo menos não no aspecto visual.

É bem verdade que o acabamento é extremamente simples e que o toque não é dos mais agradáveis, mas precisamos pesar o posicionamento do modelo, que é de entrada.

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As forrações de porta têm alguns apliques brilhantes e cromados, que já passam um ar não tão simplório para o modelo. Arrisco dizer que melhor até que alguns carros mais caros que ele, sem exageros, é claro.

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Adentrando o habitáculo, o volante é simples, sem funções, totalmente circular, com detalhes brilhantes nos raios.

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O cluster é uma mistura de analógico com digital, tem uma iluminação bonita em tons de azul e branco.

O painel é totalmente plástico, como esperado para a categoria.

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Olhando para a região do meio do painel, a multimídia surpreende por ser bonita e possuir um acabamento em preto brilhante bem agradável.

Embaixo dela, alguns botões com design simples e um pouco mais para baixo, os acionamentos do ar-condicionado, circulares e com frisos cromados.

Em frente ao passageiro, acabamento bem simples, lembrando até alguns Fords de entrada de bons anos atrás.

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O console central é simples, mas cumpre sua função, especialmente considerando o espaço restrito que lhe restou.

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No banco de trás, o espaço é um pouco apertado, mas para um uso urbano é adequado, pode ser incômodo em uma viagem mais longa.

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O porta-malas é pequeno, mas não dá para esperar muito, dado o tamanho do carro.

Visual moderno

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Começando já pela dianteira, a melhor visão do carro, o desenho é bem moderno e bonito.

Com o conjunto óptico dividido, a porção superior, que fica na altura da grade, é estreia e comprida, com DRL.

Termina na grade central, que se expande em direção ao centro do carro, no meio dela há o logo da Renault, em grandes proporções e cromado.

A grade tem algumas fileiras, um tanto quanto espessas, que dão um ar de robustez para o modelo.

Já na porção inferior, a continuação do conjunto óptico fica em um rebaixo no para-choque.

A última parte do para-choque é construída em plástico preto.

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Continuando até a lateral, o plástico preto é aplicado nos contornos das caixas de roda e em apliques nas portas.

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As rodas de aço possuem calotas que enganam bem e passam facilmente por rodas de liga, em um olhar desavisado.

Tem um desenho bonito, nada de mais, mas bem agradáveis por serem calotas.

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Visto de lado, o teto tem uma caída bem sutil e termina em um aerofólio comedido.

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Na traseira, as lanternas são quase inteiramente vermelhas, com apenas um detalhe mais claro.

O formato é levemente alongado, sem grandes destaques.

Vende menos que o rival

O Kwid emplacou, no acumulado de janeiro a julho, 29.155 unidades, que é um bom número para a marca, mais que o dobro do Duster, que emplacou 11.542 unidades no mesmo período.

Esse número garante ao subcompacto a décima terceira posição dentre todos os modelos de automóveis.

Comparado com seu rival Mobi, o Kwid vende bem menos. O italiano emplacou 39.041 unidades no mesmo período.

O Mobi foi o sexto veículo mais emplacado no período.

O campeão de vendas segue sendo o Polo, com 70.405 unidades, seguido do Onix, com 51.026 unidades emplacadas.

O Kwid atende bem um nicho específico, focado em baixo custo e uso urbano, perdendo para veículos maiores de entrada principalmente no comportamento dinâmico e espaço, de forma geral.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.