Com a morte do Gol, a VW precisou de um novo carro de entrada e o Polo cedeu seu nome e plataforma para o Polo Track, mais simples e barato que o original.
A aposta parece estar dando certo, visto que o modelo está sempre no topo do ranking de emplacamentos.
Avaliamos uma unidade e trouxemos todos os detalhes para você.
Partindo de R$ 89.290,00, o Polo Track vem de série com:
Airbags dianteiros e laterais, 4 alto falantes, apoios de cabeça no banco traseiro, ar-condicionado, banco do motorista com ajuste de altura, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, controle de estabilidade e de tração, direção elétrica, DRL, rádio Media Plus II, tomadas USB tipo C e volante multifuncional.
Vamos aos detalhes:
Foco em baixo custo e economia
O Polo Track foi pensado em redução de custo, para o cliente e para a montadora, então o foco do modelo é totalmente no baixo consumo e preço de venda.
Para ele, o motor escolhido foi o 1.0 MPI, de 3 cilindros aspirado que rende 84 cv de potência e 10,3 kgfm de torque (no etanol).
Aliado ao câmbio manual de 5 velocidades, faz o 0 a 100 km/h em 13,4s e tem velocidade máxima de 169 km/h.
O desempenho se mostra ligeiramente melhor que o do Argo 1.0 manual, que tem o 0 a 100 km/h nos mesmos 13,4s, mas tem velocidade máxima um pouco menor, de 162 km/h.
O HB20 faz 0 a 100 km/h em 14,5s e a velocidade máxima é de 161 km/h.
No quesito consumo, o Polo faz no etanol 9,4 km/l e 10,6 km/l na cidade e rodovia, respectivamente, já na gasolina são 13,7 km/l e 15,2 km/l.
O HB20 faz no etanol 9,6 km/l e 10,4 km/l na cidade e rodovia, respectivamente, já na gasolina, 13,5 km/l e 14,6 km/l.
Por fora, engana bem, mas detalhes entregam que é a versão de entrada
O Polo Track tem um desenho moderno e até bonito, porém ao olhá-lo mais atentamente é possível perceber alguns pontos que são consequência do “baixo” custo.
Os faróis com fundo escurecido são bonitos, mas, como esperado, não são Full LED, obviamente são diferentes das versões de topo do Polo.
Tanto a grade superior quanto a inferior possuem o mesmo padrão hexagonal e são construídas em plástico preto fosco.
Não possuem frisos ou acabamentos para adornar, diferentemente de versões de topo da linha VW.
O capô possui vincos bem marcados na direção dos faróis, enquanto a porção central é lisa.
O emblema da VW é todo brilhante e se encontra fixado no meio da grade superior, com linhas cromadas.
Visto de lado, é possível ver as rodas de aço com calotas, que são os itens mais depreciativos da parte externa. O mesmo carro com rodas de liga se mostra visualmente muito melhor.
Maçanetas, acabamentos de colunas e janelas, além dos retrovisores, são todos construídos em plástico preto fosco, sem outro acabamento.
O desenho é o mesmo do Polo “comum”, bem agradável, a coluna “A” sobe num ângulo ameno, até chegar mais ou menos no meio da porta do motorista.
Ali há uma mudança na direção e o teto começa a cair suavemente, mantendo a angulação até o porta-malas.
Vincos horizontais contidos nas portas e para-lamas deixam a lateral mais bonita.
Na traseira, as lanternas possuem acabamento escuro, deixando em vermelho e branco somente as regiões que comportam as luzes, como freio, seta e ré.
O logo da VW, muito similar ao da dianteira, se encontra no meio da tampa do porta-malas.
Um acerto da VW frente aos concorrentes, inclusive alguns que custam 3 vezes mais, é a pequena quantidade de emblemas e logos na traseira.
No caso do Polo Track MPI, há somente o modelo “Track” marcado em letras cromadas.
Na parte superior da traseira há um aerofólio sutil, mas que enfeita bem.
Na parte inferior, uma parte do para-choque é construída em preto fosco.
Por dentro, bem desenhado, porém muito plástico
Antes de mais nada, não vamos deixar de lembrá-lo de que a versão Track é a de entrada do Polo e seus concorrentes de mesmo preço não ganham muito no quesito interior.
Já ao abrir a porta, um anúncio do que espera no interior: plástico preto e rígido para todo lado.
As forrações de porta são construídas em plástico preto, possuem padrões losangulares “estampados” em alguns pontos, que até dão um charme, mas não disfarçam muito.
O volante tem a base levemente reta, com botões multifuncionais para controle do rádio, sem acabamentos cromados ou brilhantes.
O cluster tem mostradores analógicos e conta somente com o computador de bordo digital na região central.
O painel é construído em plástico, sem muitos itens que mereçam atenção.
A central multimídia é do tipo mais simples possível, mas pelo menos está lá e cumpre sua função primordial, tocar músicas.
O console central é igualmente simples, sem acabamentos ou itens que mereçam destaque. Ele abriga a manopla de câmbio e porta-copos.
À frente da manopla, o carro tem duas tomadas USB tipo C, além dos comandos de acionamento do ar-condicionado.
No banco de trás, o espaço é bom, considerando sua categoria.
Vende muito
O Polo é sucesso de vendas incontestável, basta prestar atenção nas ruas e se deparar com dezenas dele.
Só no mês de junho, foram 9.683 unidades emplacadas, ficando ele na segunda posição de veículos mais emplacados no mês.
A primeira fica com o HB20, que tem ligeira vantagem, 9.760 unidades emplacadas no mesmo período.
O Onix fica na terceira posição com 8.852 unidades emplacadas.
No ranking acumulado de janeiro a junho, a coisa muda de figura, com o Polo sendo líder incontestável.
Foram 57.862 unidades emplacadas esse ano, o Onix emplacou 43.603 e fica na segunda posição.
Em terceiro, o HB20 emplacou 42.696 unidades.
O bom preço, confiança na marca e baixo consumo fazem do Polo uma compra bem vista pelo mercado.
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