TOP 5: Motivos para não comprar o Nissan Kicks

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nissan kicks 2023

Não é difícil encontrar um Nissan Kicks pelas ruas brasileiras, ou conhecer alguém que decidiu colocar um exemplar na garagem. Afinal, estamos falando do 6º SUV mais vendido do Brasil em 2023.

Mesmo com diversas qualidades, existem alguns motivos que poderiam desanimar quem está de olho nesse modelo. Talvez seja por isso que a marca já prepara uma nova geração nacional com motor turbo para 2025.

Mas o que podemos destacar negativamente no Kicks? Confira!

nissan kicks entrada
nissan kicks entrada

Fuja da versão de entrada

Ao olhar para a tabela de preços do Kicks 2024, você vai ficar animado com a pedida de sua versão de entrada. Afinal, poucos modelos do segmento partem de R$ 112.990, ainda que esse seja um preço justo.

O problema aparece quando olhamos para o carro em si, a começar pelo visual externo. Nessa versão Active, o modelo vem com maçanetas sem pintura e rodas de 16 polegadas de aço. Sim, ele ainda usa calotas (o que pode passar despercebido pelo visual similar ao de uma roda).

Pulando para o interior, o primeiro impacto está no centro do painel, onde não existe qualquer sistema de som, como um simples rádio com Bluetooth e muito menos uma central multimídia com espelhamento de celular.

Isso não é muito comum no segmento. O T-Cross faz algo parecido na versão mais barata, mas oferece a multimídia Composition Touch num pacote opcional, que sai por quase R$ 3,7 mil (incluindo ainda câmera de ré e sensores de estacionamento).

Já o rival Creta Action, que ainda é o modelo de geração anterior, usa um sistema de áudio com rádio, Bluetooth, entradas USB, controles no volante e quatro alto-falantes.

Mas outros concorrentes, como Nivus, Tracker, Renegade, Pulse, Fastback e até o Duster com câmbio manual usam uma central multimídia em todas as versões.

A lista de itens que a versão de entrada do Kicks não oferece ainda inclui alarme, faróis de LED, sensores de estacionamento, apoio de braço para o motorista, sensor crepuscular e iluminação de teto.

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nissan kicks 2023

Conjunto mecânico que não empolga

Se o Kicks estivesse alinhado com seus concorrentes numa pista de arrancada, você certamente saberia que ele não chegaria na frente deles. Aliás, é provável que chegasse nas últimas posições.

O motivo disso é bem claro, ainda mais num momento em que os rivais buscam propulsores mais eficientes, normalmente turbinados. Enquanto isso, o modelo da Nissan segue com seu motor 1.6 aspirado.

Ele entrega 110 cavalos com gasolina e 113 cv com etanol, além de 15,2 ou 15,3 kgfm de torque, respectivamente. Em si, tais números já ficam abaixo da maioria dos outros SUVs vendidos por aqui, mas isso fica mais evidente quando falamos sobre seu câmbio.

A transmissão usada pelo Kicks é do tipo CVT, que prioriza a suavidade e economia, esquecendo totalmente daquela pegada mais ágil. Ou seja, unindo o motor aspirado com esse câmbio você já sabe qual será o resultado.

Um último fator é que essa transmissão não tem trocas sequenciais para diminuir um pouco a sensação de lentidão.

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nissan kicks 2023

Desempenho fraco

Relacionado ao conjunto mecânico que não empolga tanto, precisamos falar sobre o desempenho do Kicks. Aqui é preciso dizer que, se você gosta de sentir alguma emoção ao dirigir, esse carro não é a melhor escolha.

Sua aceleração de 0 a 100 km/h é feita em longos 11,8 segundos, acima dos 10,9 segundos do Tracker, dos 10,1 segundos do T-Cross ou dos 9,9 segundos do Nivus, todos com motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas.

Quando o carro está carregado, e devemos lembrar que ele tem espaço de sobra para passageiros adultos e muita bagagem, a história fica ainda pior, exigindo que o condutor pense bem antes de uma ultrapassagem.

O que conta a seu favor é o peso (por volta de 1.100 kg), mas ainda assim o desempenho chega a irritar em alguns momentos. É a proposta do carro, mas isso precisa ser bem avaliado por quem prefere um modelo mais dinâmico.

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novo kicks 2022 vermelho avaliacao 8

Tanque pequeno

O espaço interno e os 432 litros do porta-malas contam a favor do Kicks quando o assunto é uma viagem mais longa, levando toda a família e muitas malas. Por outro lado, nesse mesmo cenário surge outro problema: seu tanque é pequeno.

O modelo da Nissan leva apenas 41 litros nesse compartimento, um tanque que seria apropriado para um carro popular, e não um SUV. Citando os mesmos rivais lembrados acima, o Tracker tem 44 litros, enquanto os rivais da VW chegam a 52 litros.

Na prática, o que isso significa? Considerando que o Kicks faz 13,9 km/l com gasolina na estrada, a diferença pro Chevrolet significa quase 42 km a menos de autonomia.

E se ele tivesse um tanque do tamanho do usado no T-Cross e Nivus, rodaria quase 153 km a mais!

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A central multimídia poderia ser maior

Já falamos que um dos problemas do Kicks é não ter uma central multimídia na versão de entrada, mas isso aparece como opcional. Nas outras versões, o modelo da Nissan já vem equipado com o sistema de série.

Mesmo assim, dá pra dizer que ela não é a mais atualizada na categoria. A conexão com Android Auto e Apple CarPlay, por exemplo, ainda exige um fio e o incômodo que isso traz.

Outro ponto é que o japonês não é muito conectado, deixando de lado uma conexão 4G nativa ou serviços de concierge, por exemplo.

Tirando a versão de entrada, as próximas duas opções (Active e Sense) usam uma central com tela de 7 polegadas, enquanto as outras configurações (Advance e Exclusive) são equipadas com uma tela ligeiramente maior, de 8 polegadas.

Ou seja, podemos dizer que todas as versões do Nissan apresentam telas que poderiam ser maiores.

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Autor: Viny Furlani

Trabalha no segmento automotivo há mais de 18 anos. Desde 2009 trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escrevendo avaliações e notícias sobre carros, totalizando mais de 2.000 artigos.