O Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, no Paraná, é a unidade de produção de veículos da Renault e também de motores da Horse, porém, seus 4,1 mil funcionários entraram em greve.
A motivação dos funcionários das duas empresas é o PLR, Participação nos Lucros e Resultados, onde a proposta das empresas de pagar R$ 18 mil como parcela do PLR no começo de maio, foi rejeitada pelo quadro funcional.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba afirmou que a segunda parcela ficaria em aberto para uma segunda negociação, mas sem uma data definida. A entidade rejeitou a proposta porque deseja que todo o montante do PLR seja negociado e definido.
Sergio Butka, presidente do sindicato, disse ao site Auto Data: “A proposta da Renault que foi rejeitada não contempla as expectativas dos trabalhadores que ainda estão se recuperando das perdas salariais dos acordos anteriores que ainda não foram repostas”.
Butka disse ainda que a fábrica “tem funcionado a pleno vapor com o trabalhador se dedicando com afinco na produção. É preciso que a empresa reconheça isso e já apresente uma proposta completa.”
Do outro lado, a Renault afirmou que o aviso de greve não foi respeitado, assim como informou que o segundo turno não apareceu para trabalhar no complexo.
Em nota, da montadora disse: “Recebemos esta informação com surpresa, visto que as negociações para a renovação do PPR, Programa de Participação de Resultados, e acordo coletivo de trabalho estavam em andamento. A Renault do Brasil permanece aberta para dialogar.”
Segundo a Renault, o PLR de sua fábrica no Paraná é o maior do país e em 2023, foram pagos R$ 24 mil por funcionário, sendo em duas parcelas de R$ 12 mil.
Atualmente trabalham lá 5 mil pessoas, sendo 3,5 mil no chão de fábrica, gerando uma produção de 1.380 carros por dia dos modelos Kwid, Stepway, Logan, Duster, Oroch, Master e o Kardian.
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