O SUV da VW volta melhorado para 2025, com ajustes nos seus principais pontos fracos: acabamento interno e visual externo cansado.
O modelo sempre esteve entre os SUVs mais vendidos do mercado, desde seu lançamento, mas já pedia por mudanças.
A VW parece ter ouvido o mercado e atacou bem onde precisava.
Avaliamos uma unidade da versão Highline 250 TSI e trouxemos todos os detalhes para você.
Partindo de R$ 175.990,00, o T-Cross Highline vem de série com:
ACC (controle adaptativo de velocidade e distância), frenagem autônoma de emergência, sistema Keyless com partida no botão, 6 airbags, banco do motorista com apoio lombar ajustável, ar-condicionado digital, câmera de ré, carregamento de celular por indução, controle de estabilidade (ESC) e de tração (ASR), direção elétrica, espelho retrovisor interno eletrocrômico, faróis em LED com luz de condução diurna em LED integrada, lanternas traseiras parcialmente em LED, painel de instrumentos digital de 10,25″, rodas de liga 17”, revestimentos dos bancos em couro, sensor de chuva, sensores de estacionamento dianteiros, multimídia “VW Play” com tela “semiflutuante” de 10,1″, tomadas USB tipo C e mais.
Vamos aos detalhes.
Motor já é velho conhecido
Sabe aquele ditado “não se mexe em time que está ganhando”? Pois bem, a VW costuma levar ele ao pé da letra.
O motor 1.4 TSI já está no mercado desde 2013, sofreu algumas alterações, se tornou Flex, mas a essência continua a mesma, e isso é bom, agrega robustez ao projeto, além de baratear peças e mão de obra.
Ele tem 4 cilindros, 16 válvulas, turbo e rende 150 cv e 25,5kgfm de torque.
Acoplado ao câmbio automático de 6 velocidades, acelera o T-Cross de 0 a 100 km/h em ótimos 8,6s, com velocidade máxima de 202 km/h.
Seu rival Compass, com motor 1.3 turbo, faz o 0 a 100 km/h na casa dos 9s, tendo a velocidade máxima de 205 km/h.
Corolla Cross tem desempenho ligeiramente inferior, com 0 a 100 km/h em 9,8s e velocidade máxima de 195 km/h.
Ainda na VW, o Taos acelera um pouco mais devagar, com 0 a 100 km/h em 9,4s, e tem a velocidade final menor, de 195 km/h, em grande parte devido ao peso maior.
Em se tratando de consumo, o T-Cross no Etanol faz 8,1 km/l na cidade e 10,1 km/l na rodovia, enquanto na gasolina são 11,6 km/l e 14,3 km/l, respectivamente.
O Compass é mais beberrão, com consumo de 7,2 km/l na cidade e 8,7 km/l na rodovia (com Etanol), enquanto na gasolina são 10,1 km/l e 12,0 km/l.
O Corolla Cross tem um consumo intermediário, com 8,2 km/l na cidade e 9,0 km/l na rodovia, no etanol, enquanto na gasolina faz 11,7 km/l e 13,0 km/l, respectivamente.
Interior melhorou notavelmente
Não ficaremos fazendo aqui comparativos entre as versões 2024 e 2025, mas o interior melhorou bastante.
Os bancos com revestimento em couro, costuras marcadas, abas com cortes retos e o nome “T-Cross” estampado no apoio das costas combinam bem com o conjunto.
São sóbrios, sem apelo esportivo, mas não têm cara de “tiozão” como o couro marrom aplicado no Virtus.
As forrações de porta têm alguns detalhes que dão um aspecto mais refinado, como costuras, acabamento em preto brilhante e material macio aplicado em boa parte da área.
O painel como um todo é mais bem trabalhado que boa parte da linha VW. Em frente ao passageiro, por exemplo, um acabamento com costuras e material de qualidade, além de, logo abaixo, um acabamento em plástico brilhante.
No console central, preto brilhante é abundante, aplicado em todas as molduras e na manopla do câmbio.
Logo à frente, o botão de partida do motor, compartimento para carregar o celular por indução e em cima, o ar-condicionado digital “climatronic”.
A central multimídia fica logo acima dos difusores de ar, encaixada no painel, consegue ser grande e, ao mesmo tempo, fazer parte do conjunto, sem causar aquela péssima impressão de tablet “voando”.
O volante é bonito, sem grande destaque, tem os comandos multifuncionais, frisos prateados e acabamento em plástico preto brilhante, empunhadura grossa e em couro.
O Cluster é 100% digital, customizável, pode mostrar desde velocidade e rotação até espelhar informações da multimídia.
O teto-solar dá um charme a mais no conjunto e é um opcional quase que obrigatório, se quer saber minha opinião, apesar de salgado (custa R$ 7.360,00).
No banco de trás, o espaço é suficiente para a proposta.
O porta-malas é um tanto quanto pequeno, uma vez que foi priorizado o espaço interno, mas ainda assim bem aceitável para a proposta.
Por fora, ganha novo fôlego
Com mudanças estéticas significativas, o T-Cross volta mais forte na versão 2025, sem perder a identidade visual.
Começando pela dianteira, a grade superior possui linhas retas e linhas com um padrão parecido com o de uma onda.
No meio da grade, o logo da VW com fundo preto e linhas cromadas marca presença.
Os faróis com máscara negra e DRL marcado possuem linhas retas e contidas, com desenho mais sóbrio, dão o ar do SUV, sóbrio e moderno.
Detalhes pretos foram adicionados na unidade avaliada, pelo preço de R$ 2.600,00, com o pacote “Dark”.
A grade inferior tem um acabamento em preto brilhante que a contorna, dando um ar mais sofisticado para a dianteira.
De lado, as rodas de liga leve pintadas de preto, assim como o badge “highline”. As rodas diamantadas combinam mais como o carro, mas as pretas não são feias.
O retrovisor e o teto também recebem pintura preta brilhante, esses combinam mais que as rodas.
A porção inferior da lateral tem uma região generosa em plástico preto fosco, particularmente não me agrada, se recebesse a cor da lataria ficaria melhor.
No teto, os racks pretos dão um certo ar de esportividade para o modelo.
Na traseira, o T-Cross também se mostra moderno, com lanternas largas, unidas e passando de fora-a-fora na tampa do porta-malas.
Predominantemente escuras, mas com uma boa região vermelha, tem design renovado e, assim como os faróis, não perderam a identidade visual do modelo.
O logo da VW é pequeno e fica encaixado no conjunto das lanternas.
O modelo “T-Cross” assim como a motorização “250 TSI” estão presentes na tampa do porta-malas, pintados de preto.
A porção inferior do para-choque mescla plástico preto fosco com preto brilhante, repetindo a receita da dianteira.
Renovado em alta
Mesmo já dando sinais de cansaço, o T-Cross ainda vendia muito bem no modelo 2024, agora com a atualização, a tendência é que venda mais.
Ele fechou o acumulado de janeiro a junho na sexta posição dentre os veículos mais emplacados, com 31.519 unidades no período.
À sua frente estão Polo, na primeira posição, Onix, na segunda, HB20, na terceira, Argo, na quarta e Mobi, na quinta.
Ou seja, em 2024, o T-Cross já era o SUV mais emplacado, mesmo antes de ser renovado.
Na cola dele está o Creta, com 30.531 unidades emplacadas, e o Tracker, com 28.865 unidades.
Seu irmão Nivus fica na quinta posição dentre os SUVs, com 25.866 unidades emplacadas no período.
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