O Taos nasceu para preencher a lacuna entre a Tiguan e a T-Cross, nesse mercado dominante das SUVS.
Até agora não emplacou como a VW gostaria, mas nem por isso deixa de ser uma opção viável no mercado.
No nosso texto de hoje, falaremos os detalhes da versão Comfortline, de entrada.
Vamos aos detalhes:
O Taos tem hoje disponível apenas 2 versões, Comfortline e Highline, partindo de R$ 186.990,00 a versão de entrada vem com:
Controle adaptativo de velocidade e distância, frenagem autônoma de emergência, 6 airbags, 6 alto-falantes, multimídia com Apple CarPlay sem fio e Android Auto via cabo, apoios lombares dianteiros, ar-condicionado touch e dual-zone, carregamento de celular por indução, controle de estabilidade (ESC) e de tração (ASR), câmera, detector de fadiga e de pedestre, direção elétrica, entrada USB tipo C, retrovisor fotocrômico, faróis de LED, freio de estacionamento, lanterna traseira em LED, painel de instrumentos digital de 10,25″, rodas de liga 18″, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sistema de acesso ao veículo sem chave e botão para partida do motor volante multifuncional com shift paddles e mais.
O único opcional disponível é a pintura das rodas em um tom mais escuro, que acresce R$ 500,00 no preço final.
Desempenho é bom, mas perde para a T-Cross e Compass
Como citado acima, o Taos fica acima da T-Cross e abaixo da Tiguan no quesito preço e equipamentos, porém quando falamos de desempenho, ele fica bem próximo da T-Cross com mesmo motor.
O Motor 250 TSI (1.4 Turbo) é o mesmo que já foi aplicado no Golf, Polo GTS e T-Cross, que rende 150 cv e 25,5 kgfm de torque, independente do combustível utilizado.
Aliado ao câmbio automático de 6 velocidades, entrega um 0 a 100 km/h em 9,4s e velocidade máxima de 195 km/h.
Sua irmã menor, que custa R$ 11.000,00 reais a menos, na versão Highline, tem um desempenho superior, fazendo o 0 a 100 km/h em 8,6s, com velocidade maior 204 km/h, talvez por ser 100kg mais leve, e eventualmente ter uma área frontal melhor.
O rival Jeep Compass faz 0 a 100 km/h na casa dos 9s, tendo a velocidade máxima de 205 km/h.
O Taos tem um consumo no Etanol de 7,6 km/l na cidade e 9,1 km/l na rodovia, ante 11,1 km/l na cidade e 13,1 km/l na rodovia, na gasolina.
Seu concorrente da Jeep, tem um consumo 7,1 km/l no etanol e 10,4 km/l na gasolina, na cidade, já rodovia são 8,6 km/l no etanol e 12,1 km/l na gasolina.
Ou seja, nesse quesito o Taos leva vantagem.
Tecnologia embarcada é ponto alto
O interior do Taos destoa dos VW de entrada, aparentando maior qualidade e sofisticação, em grande parte devido a alguns truques aplicados pela montadora.
O ponto alto da versão Comfortline 2024 é a inclusão do cluster digital de 10.25”, que é totalmente personalizável e só estava presente de série na versão Highline.
Nele é possível colocar informações sobre o veículo, além de espelhar as informações da multimídia, sendo possível navegar pelos comandos do volante.
Falando nele, o volante lembra muito os demais da linha VW, sem grandes diferenciais, os botões são em preto brilhante.
No painel, há um tecido aplicado na parte inferior, que causa uma boa impressão, trazendo um pouco de requinte.
A multimídia tem boas dimensões e encaixa perfeitamente no painel, não fica sobrando como vemos em alguns modelos.
O painel de acionamento do ar-condicionado é digital e adiciona mais um pouco de refinamento e tecnologia ao habitáculo.
Os bancos em vinil têm bom acabamento e costuras marcadas, com um bom encaixe, combinando igualmente com o apoio de braço central.
A forração de portas também tem um acabamento mais sofisticado quando comparados aos demais modelos da montadora.
Nos bancos de trás o acabamento fica um pouco mais pobre, mas ainda assim visualmente bonito.
O espaço interno é bom, assim como o porta-malas de 498 litros.
Design passa impressão de modernidade
A começar pelos faróis com LED, quase retangulares, terminando na grade estilo colmeia, tendo as paredes finas, trazem sofisticação e modernidade.
Abaixo deles, formando quase um “X”, unindo a base dos faróis ao para-choque, há um acabamento preto, que destoa da cor da carroceria (claro, se ela não for preta).
Esse acabamento da a volta nos rebaixos das pontas do para-choque, perfilando-os.
Na porção central inferior do para-choque, existe um friso prateado, que envolve uma segunda grade colmeia.
De lado, o Taos se mostra bem mais imponente que a T-Cross, mas ainda assim não tanto quanto o Compass.
As rodas de liga aro 18” se ajustam bem às caixas de roda, apesar das 19” da versão Highline ficarem obviamente melhores.
Como era de se esperar, o contorno dos paralamas e as saias laterais são em plástico preto, mas pelo menos não são muito grandes.
O teto tem uma queda bem suave, sendo quase “quadradão”, lembrado a Tiguan, e termina num aerofólio relativamente grande, mas que combina bem com o visual.
Maçanetas e retrovisores são na cor do veículo, e a antena do tipo Shark é preta.
Na traseira, as antenas foram claramente inspiradas na Tiguan, começando mais altas na lateral do carro, chegando ao final mais afuniladas.
A tampa do porta-malas é bem enxuta, trazendo o logo da VW, o modelo “Taos” na parte inferior central e o “250 TSI” na lateral, fazendo menção à motorização.
O para-choque é mais complexo, com refletores vermelhos, logo abaixo deles, alguns frisos cromados, quase que simulando duas saídas de escapamento.
E bem no meio, na porção inferior, um acabamento prateado com “dentes” que passam um visual mais esportivo e agressivo para a traseira.
Apesar de ser um bom carro, não despontou no mercado
O Taos tem um conjunto mecânico robusto e velho conhecido, que ainda traz bons números, com consumo bom e manutenção previsível.
Tem um bom nível de opcionais, design agradável e vida a bordo confortável, mas ainda assim não vende bem.
Seu principal rival, o Compass, tem preço similar, desempenho um pouco melhor e nível de equipamentos equiparável, mas vende muito mais, muito mesmo.
Somente para comparação, o Compass foi o quarto SUV mais vendido de 2023, com 59.106 unidades emplacadas, o Taos amargou a décima quinta posição, com 15.986 unidades emplacadas.
A VW melhorou alguns itens para 2024, como o painel digital e alguns detalhes de acabamento, vamos ver como o mercado reage.
Se nada acontecer, a montadora alemã vai precisar mudar alguma coisa na receita do seu SUV médio.
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