A impressão digital é usada nas autoescolas para registrar a presença dos candidatos à CNH (Carteira Nacional de Habilitação), porém, descobriu-se que um Centro de Formação de Condutores (CFC) em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, tinha nada menos que 700 dedos de silicone com digitais de clientes.

Durante uma fiscalização, no último dia 22, o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) e a Polícia Civil, orientados por uma denúncia na Ouvidoria do Detran, encontraram em uma autoescola da região metropolitana da capital paulista com nada menos que 700 dedos, segundo o site UOL.

Bem, são dedos de silicone, mais precisamente as impressões digitais dos clientes da autoescola. Om motivo é fraudar o processo de obtenção da CNH, uma vez que os candidatos não precisam ir até o CFC para realizar aulas ou provas.

Segundo o registrado no Boletim de Ocorrência, um aluno e seu instrutor iniciaram quatro aulas no sistema da autoescola sem que retornassem para finalizar o processo. Para os agentes do Detran, isso indica fraude no processo do CFC.

O Detran apreendeu computadores, cartões de memória e leitores biométricos para perícia e seis pessoas que estavam no local, foram levadas até a delegacia para prestar esclarecimentos. O CFC responderá a um processo administrativo cuja pena é a cassação do registro de credenciamento.

Os moldes de silicone foram apreendidos e eram usados para burlar os leitores biométricos para, como já dito, permitir que os alunos tenham suas presenças confirmadas ilegalmente. Basicamente, nem precisariam ir ao local para fazer exames e aulas práticas ou teóricas.

Talita Rodrigues, diretora de Habilitação do Detran-SP, comentou: “Há projeto em andamento para a evolução da identificação biométrica nas etapas do processo de habilitação. Essa tecnologia visa assegurar que todas as etapas sejam realizadas pelos próprios candidatos, utilizando identificação multi biométrica [digitais, face e, até, íris] para combater fraudes, como o uso de biometria em moldes de silicone”.