Honda City Sedan EXL 2025: Acabamento é ponto alto e motorização é moderna, mas poderia ter motor Turbo

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O Honda City Sedan atende hoje uma fatia de mercado um tanto quanto específica, que busca bom acabamento, visual agradável (um pouco conservador) e mecânica robusta.

Sai à frente de concorrentes em qualidade de construção, mas cobra seu preço por isso.

Avaliamos uma unidade da versão EXL e trouxemos todos os detalhes para você.

A versão EXL parte de R$ 131.200,00 e fica posicionada logo abaixo da de topo “Touring”, vindo de série com:

Câmbio CVT com Paddle Shifts, rodas de liga 16”, freios ABS com EBD, controle de tração e estabilidade, 6 airbags, câmera de ré, alerta de pressão dos pneus, assistente para redução de ponto cego, lanternas traseiras em LED, antena Shark, DRL em LED, faróis de neblina, destravamento das portas por aproximação, sensores de estacionamento traseiros, piloto automático, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital, partida no botão, revestimento dos bancos em couro, Android Auto e Apple CarPlay, 8 alto-falantes, multimídia de 8”, volante multifuncional, painel digital e mais.

Acabamento é ponto alto

A qualidade de construção do interior do City é notável, especialmente considerando a categoria, estamos falando de um sedan compacto.

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As forrações de porta não são muito vistosas, nem recobertas por couro abundantemente, mas têm material de qualidade aplicado em uma porção considerável.

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Os bancos certamente são agradáveis visualmente, com desenho comedido, abas generosas, recobertos por couro preto, têm costuras e vincos no encosto de cabeça, das costas e assento.

Contam com ajuste preciso, são confortáveis, só poderiam ser elétricos para agradar completamente.

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O volante também é agradável, com frisos, basicamente em preto brilhante, contornando os raios e comandos multifuncionais.

Possui empunhadura grossa, recoberto por couro com costura clara, agradável visualmente e ao toque.

O cluster é quase totalmente digital, somente o ponteiro do velocímetro ainda se conserva analógico.

Particularmente, prefiro mostradores analógicos, quando bem desenhados e construídos, mas o digital da Honda não é feio.

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O painel tem difusores de ar generosos, montados na vertical, com acabamento escuro.

Os frisos em preto brilhante e alguns apliques de couro com costuras claras agradam visualmente, deixando o interior mais adornado, sem exagero.

A multimídia encaixada no painel agrada, fugindo da tendência de multimídias flutuantes que eventualmente quebram toda a estética e fluidez do conjunto.

Poderia ser um pouco mais discreta e faceada com o painel, para ficar perfeita.

Os comandos do ar-condicionado são discretos e chegam a passar batido, o que vejo também como uma qualidade.

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O console central recebeu uma certa atenção, o que tem sido raro no mercado, com apliques de couro e acabamento em preto brilhante.

A manopla tem visual bem contido, sem iluminação ou material brilhante, bem conservadora.

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O restante do console, assim como o apoio de braços central, são bem construídos, sem rebarbas ou visual desleixado.

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Na segunda fileira, a qualidade de construção decaí um pouco, como de costume no mercado, mas ainda assim mantém um bom patamar.

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O espaço para as pernas é bom, sem problemas para pessoas de estatura média/grande e as saídas de ar centrais ajudam no conforto para viagens longas.

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O porta-malas não deixa a deseja para a categoria, apesar do espaço ocupado pelas caixas de roda ser um pouco grande.

Traseira moderna, dianteira contida

Esse é um ponto mais evidenciado na carroceira hatch, mas também perceptível na sedan.

A traseira do City tem um visual bem mais arrojado que a dianteira, mas isso não é problema, apenas uma percepção.

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Na dianteira, especialmente pelo enorme friso cromado que toma conta de quase metade da porção superior do conjunto, há um aspecto mais tradicional, conservador, eu diria.

Cortes retos e a grade com linhas horizontais, sem estilo colmeia ou outro perfil mais fracionado, reforçam essa impressão.

Na porção inferior, o para-choque possui uma abertura razoável na região do meio, dando um pouco de agressividade para a dianteira.

Os faróis também possuem um desenho um tanto quanto agressivo, balanceando o conjunto.

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Os rebaixos dos faróis de milha são marcados, diminuindo a suavidade da dianteira, trazendo um aspecto bom.

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As rodas de liga com fundo escurecido e face diamantada reforçam um pouco esse ar conservador, mas são agradáveis e combinam com a proposta.

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Na lateral não se veem emblemas, badges nem nada do tipo, sendo bem limpa e fluída.

As colunas e o teto, por consequência, sobem e descem uniformemente, reforçando essa fluidez no visual.

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Na traseira, as grandes responsáveis por esse aspecto moderno são as lanternas, com desenho agradável, base vermelha, centro claro e porção superior escurecida.

A tampa do porta-malas termina numa ponta, quase simulando um aerofólio, que também traz uma esportividade leve para o sedan.

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Nela só se vê o modelo “City” e o logo da Honda cromados, sem versão ou motorização estampados, um acerto da montadora, mantendo o visual limpo.

Refletores fixados em ressaltos nas extremidades do para-choque dão uma encorpada no conjunto.

Motorização aspirada é moderna, mas poderia ter versão turbo

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O motor de alumínio 1.5 litros, 16V, com sistema i-VTEC, rende 15,8 kgfm de torque no etanol e 126 cv, sempre acoplado ao câmbio automático tipo CVT.

126 cavalos em um motor 1.5 aspirado é um número bom, mas infelizmente a ausência de turbo limita o conjunto.

Nem todo mundo gosta de motores turbo, em especial boa parte do público mais conservador que ainda tem medo da manutenção e durabilidade, mas a ausência de uma versão com sobrealimentação limita o nicho do City.

O conjunto leva o sedan de 0 a 100 km/h em cerca de 10,5s, com velocidade máxima de 186 km/h.

Anda mais que o Yaris, que faz a aceleração de 0 a 100 km/h em mais de 11s e tem velocidade máxima pouco acima dos 170 km/h.

O Virtus TSI tem o 0 a 100 km/h próximo dos 10,5s e velocidade máxima de 201 km/h.

Onix Plus, na versão automática, tem 0 a 100 km/h na casa dos 10,5s e velocidade máxima de 185 km/h.

O City Sedan tem um consumo bom, no Etanol faz 9,2 km/l na cidade e 10,5 km/l na rodovia, contra 13,1 km/l na cidade, contra 15,2 km/l na rodovia.

No caso do Yaris rodando com Etanol, são 9,2 km/l na cidade e 10,6 km/l na rodovia, na gasolina 12,7 km/l e 14,9 km/l respectivamente.

O Virtus, por sua vez, faz 8,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na rodovia, no etanol, e 12,1 km/l e 14,4 km/l na gasolina.

Penúltimo colocado em emplacamentos da categoria

Apesar do bom acabamento e do visual agradável, o City não emplaca tão bem quanto se espera.

Os principais responsáveis por isso podem ser a ausência da motorização turbo e o preço um pouco elevado, tendo em vista que na mesma faixa existem rivais já com esse tipo de motor e com um pacote de opcionais interessante (mas com acabamento bem inferior).

No acumulado de janeiro a julho, o City Sedan emplacou 7.901 unidades, ocupando a quarta posição dentre os sedans compactos.

Abaixo dele, apenas o Versa, que emplacou 7.277.

No topo, Onix Plus emplacou 34.771, Virtus em segundo com 17.892 e Yaris Sedan com 12.063 unidades emplacadas no período.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.