Kia Picanto – Reclamações referentes ao desempenho fraco e marcador de combustível

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Um dos primeiros subcompactos do Brasil, teve sua primeira geração no Brasil em 2006, mas foi na segunda geração que fez relativo sucesso por aqui, hoje é possível encontrar unidades com preços bem atrativos, com a premissa dos carros pequenos e urbanos em alta (veja quantos Mobi e Kwid estão circulando), será que um Picanto usado é uma boa escolha? Fizemos esse texto com os principais problemas apresentados e reclamações dos proprietários pra te ajudar a decidir.

Mesmo tendo sido descontinuado por aqui em 2019 o Picanto tem sobrevida em outros mercados, tendo inclusive uma nova geração anunciada pra 2024 que terá até versões esportivas, sempre com motores 3 cilindros e aspirados, contará com frenagem autônoma e assistente de ponto cego em algumas versões.

Aqui no Brasil ele nunca teve muitos opcionais esportivos, com exceção do teto solar, mas na segunda geração passou a oferecer câmbio automático, o que era inovador para a época nessa categoria, o acabamento sempre foi elogiado pelo preço, o motor era o 1.0 de três cilindros, gerando uma potência de 80cv e 10,2 kgfm.

A lista de equipamentos sempre foi um atrativo, ele era bem completo para o preço, trazia de série trio elétrico, rodas de liga, sistema de som, ar-condicionado e direção elétrica, existiam opcionalmente airbags de cortina e teto solar, por exemplo.

Abaixo estão os principais problemas e reclamações do modelo:

Desempenho fraco

Apesar de desempenho não ser o foco do modelo, ele faz a aceleração de 0 a 100km/h em eternos 17s, com velocidade máxima de cerca de 160km/h, talvez a Kia deveria ter oferecido uma versão com motor 1.6 aspirado, como a Nissan fez com o March, visto que o Picanto até tem uma carinha de esportivo, o desempenho é ainda pior com o ar-condicionado ligado e com o carro cheio.

Falta do mostrador de temperatura

Até hoje não consigo aceitar que algumas montadoras não colocam itens básicos como tacômetro e mostrador de temperatura em seus carros, sinceramente é uma redução de custos que eu jamais faria, no caso do Picanto, ele não vinha com mostrador de temperatura, você só vai saber se o carro esquentou quando for quase tarde demais.

Espaço interno e porta-malas

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Esse é bem óbvio, basta olhar pro carro pra ver que ele não é muito espaçoso, especialmente para quem vai no banco de trás, é difícil até pontuar isso como um problema pois faz parte da proposta do carro, então vou deixar só como um comentário pra olhar com cuidado se o tamanho dele atende suas necessidades, o porta-malas é igualmente pequeno, sendo praticamente igual ao do VW Up.

Marcador de nível do combustível marca errado

Uma reclamação bem recorrente é a de que o marcador de nível do combustível marca errado, chegando até a marcar um tanque vazio como cheio, se comprar um, fique atento a isso para não ficar na rua sem gasolina, quando o problema ocorre é bem fácil e relativamente barato de arrumar, na pior das hipóteses é feita a troca da boia, que pode ser encontrada na faixa de R$ 100,00.

Câmbio automático antiquado

Apesar de inovador ter um câmbio automático nessa categoria, o cambio de 4 marchas utilizado já era um pouco antiquado, o que limitava ainda mais o desempenho e trazia um consumo maior que as versões manuais.

Falta de freios ABS

Alguns anos e versões do Picanto vieram sem ABS, essas unidades são mais difíceis de vender e tem um valor de mercado inferior, escolha uma com ABS, se possível, sua segurança e seu bolso agradecem.

Vidros não fecham na chave

Em algumas unidades, o vidro não sobe automaticamente ao travar o carro, verifique se a unidade que está comprando conta com esse recurso, pois é bem útil e procurado no mercado.

Perfil dos pneus muito baixo

Os pneus tem um perfil muito baixo para o piso brasileiro, o que deixa o carro menos confortável e pode até causar rasgos nos pneus e entortar as rodas em situações mais extremas.

Dificuldade em encontrar peças originais

As peças de reposição originais podem demorar um pouco para chegar, pois são importadas, fazendo com que o dono espere até um mês a chegada ou opte por peças paralelas.

Barulho na suspensão

Assim como os pneus, o conjunto da suspensão não se deu muito bem com nossas estradas e ruas esburacadas, fazendo com que existam diversas reclamações de barulhos vindos da suspensão, especialmente a traseira.

Retrovisores externos pequenos

Uma reclamação também bem recorrente é a dos retrovisores externos muito pequenos e com pontos cegos bem grandes.

Consumo

Tendo em vista o desempenho e tamanho do carro, era esperado um consumo melhor, as médias ficam em 9 km/l na cidade e 12 km/l na estrada, quando abastecido no etanol.

Conclusão

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O Picanto é um carro completo, com preço de aquisição relativamente baixo, sempre contou com muitos opcionais e não possui problemas crônicos muito graves, a maior parte deles se deu pela estratégia da Kia ao projetar o carro.

O maior porém dele é que o consumo é elevado e o desempenho fraco, fazendo com que o custo beneficio seja duvidoso, a maior vantagem são os opcionais, mas somente eles não justificam a aquisição de um, na minha opinião.

Caso opte por adquirir uma unidade, opte por um com ABS e o máximo de opcionais possível.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.