Jeep Commander – Reclamações, Defeitos e Problemas

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A Jeep, historicamente, sempre produziu carros robustos e confiáveis, feitos para rodar em qualquer terreno com durabilidade, e quase nenhum conforto, mas os tempos são outros e o mercado das SUVs está aquecido para outro público, que procura carros altos, confortáveis e tecnológicos, um desses carros é o Commander, acima do Renegade e Compass. Se você está pensando em comprar um, ou está apenas curioso, nesse texto listamos os principais problemas e reclamações dos proprietários.

Em 2021 a Jeep trouxe de volta o Commander para o mercado nacional, reestilizado, já com a nova identidade visual da marca e com 7 lugares.

Na versão de entrada é equipado com o motor flex 1.3 turbo, compartilhado com a Fiat, usado no Compass e na Toro, rende 185cv e 27,5 kgfm no Etanol, números expressivos pela baixa cilindrada, há ainda a opção Diesel, chamada TD380, conta com tração 4×4, 38,7 kgfm de torque e 170cv.

Veja os detalhes do Jeep Commander 2024.

Todas versões contam com multimídia de 10”, rodas de liga, chave presencial, ar dual-zone, faróis em LED e assistente de ponto cego. Um usado parte hoje de R$200.000,00, enquanto um novo na versão Longitude (de entrada) parte dos R$230.000,00.

Fique atento, pois as unidades usadas normalmente são mais completas, visto que a Longitude perdeu diversos itens como airbags de joelho e assistente de frenagem autônoma.

Mas enfim, vamos ao que interessa, abaixo listamos os principais defeitos e pontos levantados pelos proprietários:

Ruídos no interior

Tratando-se de um carro de luxo, apresenta muitos focos de barulho nos acabamentos e componentes internos, não são poucos os relatos de barulhos no banco, painel, forrações de porta e porta-malas, e a tendencia é que o problema se agrave no mercado de usados, devido às vibrações do carro e eventuais manutenções que exijam a montagem e desmontagem de acabamentos.

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Consumo de óleo excessivo

Apesar de não ser um problema que necessariamente gere um prejuízo, a não ser que o óleo baixe aquém do nível mínimo, o consumo de óleo pelo motor é elevado, os donos de carros nessa faixa de preço, especialmente 0km, não querem ficar completando óleo, e com razão, carros novos deveriam sofrer somente as manutenções preventivas e periódicas, completar óleo dentro do período de 5.000km não é esperado para eles.

Ar-condicionado subdimensionado

O carro é grande, comporta até 7 pessoas e nosso país é muito quente, some essas 3 variáveis e pense no trabalho que o ar-condicionado têm para manter o habitáculo em uma temperatura agradável, pois é, nessas condições ele não dá conta do recado, essa é uma reclamação recorrente, principalmente dos passageiros do “fundão”.

Desempenho não tão bom

Reclamação recorrente na versão 1.3 turbo, normalmente quem compra um carro que comporta 7 pessoas, eventualmente vai usar a capacidade máxima, e nessas condição os 27,5 kgfm de torque passam sufoco, é um torque alto, mas não da conta de manter um bom desempenho com o carro lotado. A versão Diesel se dá melhor nessas condições.

Multimidia com vida própria

A central multimidia apresenta travamentos, são raros, mas acontecem, relatos de que com o sistema start-stop ativado, quando ele atua, outros problemas ocorrem, como mudança da faixa que está ouvindo ou mudar do Bluetooth para rádio FM.

Barulho nas pinças de freio

As pinças de freio traseiras em algumas unidades apresentam um barulho metálico, normalmente em pisos irregulares ou ao manobrar o carro, não ocasiona nenhum problema mecânico ou perda de eficiência na frenagem, mas, de qualquer forma pode ser um pouco cansativo com o tempo.

Recall

As unidades fabricadas em 2022 e 2023 sofreram um chamado de recall para inspeção e possível substituição da bomba de alta, o parafuso de fixação pode se soltar, causando vazamento de combustível e eventual incêndio, não encontramos relatos de incêndio, porém verifique se o recall já foi aplicado na unidade que está pensando em comprar.

Conclusão

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O Commander é um “carrão” tanto pelo seu tamanho, quanto pela lista de opcionais que apresenta, a Jeep tem um bom mercado, sem grandes problemas na revenda, com exceção da má fama do trocador de calor do câmbio presente no Renegade.

Então certamente é uma boa opção no mercado, quanto às versões, talvez valha mais a pena uma usada com mais opcionais que a nova versão Longitude, que veio pelada em itens de segurança.

Quanto aos problemas, ainda é muito cedo para cravar que não temos problemas crônicos, assim como relatamos na avaliação do Fastback, a mecânica 1.3 turbo ainda não está 100% validada pelo mercado.

Boa parte das suas manutenções tem sido feitas na rede de concessionárias, dentre os pontos de atenção, recomendo ouvir com cuidado os barulhos no interior do carro, normalmente nesse nicho é um ponto que desagrada os consumidores, o consumo de óleo é outro “problema” que merece atenção.

O grupo Stellantis trata isso como normal, e pode ser que realmente seja uma concepção de projeto, mas na minha opinião não deveria ser assim, o que os proprietários devem fazer é monitorar o consumo e informar as concessionárias nas revisões durante a garantia.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.