O que acontece se você abastecer com gasolina comum um carro que só roda com Podium?

É uma porcentagem bem pequena. Apenas cerca de 3 a 4% dos veículos circulando no Brasil exigem que se use uma gasolina premium, como é o caso da Podium, da Petrobras.

Quase sempre se trata de carros especiais, super esportivos, que realmente necessitam de um combustível especial, com alta octanagem, para seu uso.

A octanagem mede como o combustível resiste à queima precoce, um problema chamado detonação ou batida de pino. Ou seja, quão maior ela for, melhor.

Se por um lado, a gasolina comum é aquela mais barata nos postos, a que sempre preferimos usar em nossos carros, tem 87 octanas e 27% de etanol em sua composição, a gasolina Podium tem 97 octanas, 25% de etanol, e menos enxofre.

Para saber quanto de dano o uso de uma gasolina comum for causado ao seu carro super especial, é primeiro necessário saber se ele foi importado oficialmente pelo seu fabricante.

Por exemplo, carros esportivos mais comuns de vermos nas ruas, como o Ford Mustang e o Chevrolet Camaro, são importados oficialmente pelas suas marcas.

E isso é muito bom para o proprietário, pois existe uma garantia da montadora de que aquele veículo funcionará corretamente no país onde foi vendido.

Assim, os componentes do motor não serão prejudicados, e a performance do motor não irá ser reduzida drasticamente.

Quando uma montadora importa um veículo oficialmente, ela faz todos os devidos ajustes naquele modelo e em seus sistemas, para usar o combustível daquele local.

E nisso podemos incluir a gasolina cheia de etanol que só é usada no Brasil.

O outro lado da moeda é mais complicado. Se o carro não foi importado oficialmente, os riscos são muito maiores, com a possibilidade de uma boa redução no desempenho, bem como dano a componentes internos do motor.