O fenômeno Xiaomi passou dos smartphones para os carros elétricos com enorme sucesso, ainda que sua estreia tenha sido turbulenta diante de acidentes de trânsito e uma longa fila de espera, que lhe fez perder 55% das reservas de seu primeiro produto, o SU7.
Diante de um fracasso em meio ao sucesso, a Xiaomi decidiu erguer as mangas e resolver seu problema de produção que, como sabemos, não é tradicional. Seguindo o exemplo da Tesla, a marca chinesa decidiu ir muito além de qualquer ideia de Elon Musk.
Em Pequim, a Xiaomi construiu uma ultramoderna fábrica de carros elétricos que emprega apenas 20 funcionários, com nível de automação quase que de 100%, o que a torna a mais sofisticada do mundo.
Todavia, o processo produtivo é extremamente complexo e a Xiaomi anunciou que dava conta de 6.000 carros por mês, um volume bem abaixo dos 90.000 pedidos feitos e que agora serão “bloqueados” em 70.000 reservas.
Ainda assim, a marca chinesa disse que atenderá a demanda e que 100.000 carros serão feitos esse ano, mas não se sabe se neste moderno complexo industrial. A empresa havia prometido aumentar a produção para 10.000 carros mensais.
Mesmo isso não atenderia a demanda e agora serão 100.000 nos próximos oito meses, o que será um feito enorme para quem havia planejado fazer quase a metade disso.
Com preços atrativos, o Xiaomi SU7 se tornou um dos carros mais desejados do mundo em pouco tempo e isso porque foi lançado somente na China, aproveitando a boa reputação da marca no mercado de eletrônicos e telefonia.
A Xiaomi disse que não esperava pela alta demanda por seu carro e agora deve se preparar para no próximo ano, atingir 150.000 carros em 12 meses, mas esse sendo um volume inicial, o que sugere que pelo menos deve dobrar nos próximos cinco anos ou menos. Quando chegará ao Brasil? Enquanto a marca não se estabilizar em casa, dificilmente conseguirá atender pedidos de fora do país.
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