Honda City Sedan Touring 2024: Com visual conservador, não vende bem, mas tem interior exclusivo

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O City Sedan é o representante da Honda no mercado compactos, um dos poucos onde os sedans ainda prosperam.

Com motorização aspirada, bom nível de acabamento e renome da montadora japonesa é uma opção interessante para um público mais conservador.

Trouxemos todos os detalhes da versão Touring para você.        

Partindo de R$ 140.500,00, a versão de topo do sedan compacto vem com:

Freios com sistemas ABS e EBD, controle de tração e estabilidade, assistente de partidas em aclive, airbags frontais, laterais e de cortina, câmera de ré multivisão, alerta de pressão dos pneus, assistente para redução de ponto cego, Auto High Beam (sistema que ajusta farol alto/baixo conforme necessidade), piloto automático adaptativo, assistente de frenagem autônoma, assistente de manutenção de faixa, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital automático, partida por botão, bancos em  couro, multimídia de 8” com Apple CarPlay e Android Auto, 8 alto-falantes, volante multifuncional, painel digital de 7”, sistema de chave presencial e mais.

Mais detalhes abaixo:

Desempenho do aspirado não faz feio

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Há alguns anos, falar que um motor 1.5 aspirado de produção seriada renderia 126 cv seria algo quase inacreditável.

O motor de alumínio 1.5 litros, 16V com sistema i-VTEC, rende 15,8 kgfm de torque no etanol e 126 cv, sempre acoplado ao câmbio automático tipo CVT.

O conjunto leva o sedan de 0 a 100 km/h em cerca de 10,5s, com velocidade máxima de 186 km/h.

Anda mais que o Yaris, que faz a aceleração de 0 a 100 km/h em mais de 11s e tem velocidade máxima pouco acima dos 170 km/h.

Mesmo sendo mais potente que alguns rivais turbo, anda menos, o Virtus TSI com 116 cv, tem o 0 a 100 km/h próximo dos 10,5s e velocidade máxima de 201 km/h.

O Onix Plus faz o 0 a 100 km/h 10,4 segundos e tem a velocidade máxima de 187 km/h.

O City Sedan tem um consumo bom, no Etanol faz 9,2 km/l na cidade e 10,5km/l na rodovia, contra 13,1 km/l na cidade, contra 15,2 km/l na rodovia.

No caso do Yaris rodando com Etanol são 9,2 km/l na cidade e 10,6 km/l na rodovia, na gasolina 12,7 km/l e 14,9 km/l respectivamente.

O Virtus, por sua vez faz 8,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na rodovia, com o Etanol e 12,1 km/l 14,4 km/l na gasolina.

Visual é conservador

Na dianteira, a versão Touring se diferencia pelos faróis em LED, exclusivos, entre eles tem um grande friso cromado, que começa perto da ponta do farol, e acaba na outra ponta.

O friso é espesso e preenche a metade superior da grade.

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O para-choque, logo abaixo, é pintado na cor do veículo quase que inteiramente, exceto pelo acabamento dos faróis de neblina e das grades.

As rodas de liga têm 16” com a face diamantada e o fundo escuro, são agradáveis e não trazem nenhuma esportividade para o modelo.

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Visto de lado, possui um vinco bem marcado, que começa no para-choque, “atravessa” a caixa de roda, continua pelas portas e acaba no para-choque traseiro, num sentido ascendente.

Outro vinco está presente mais acima, começando no final do farol, passando por toda extensão do carro e terminando na lanterna traseira, esse praticamente não tem angulação e é totalmente horizontal.

O teto tem um formato concavo, sobe e desce quase na mesma intensidade, terminando na tampa do porta-malas.

A tampa não tem grandes dimensões e acaba num aerofólio integrado bem charmoso.

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O aerofólio integra a tampa e dá um efeito de “estica-la”, quase como se alguém tivesse pego a traseira e puxado, ficou bem interessante.

Assim como no Hatch, a traseira é o ponto alto do City sedan.

Suas belas lanternas, de base vermelha e região superior escura, começam mais altas nas extremidades, e afunilam conforme chegam ao meio da tampa, deixando o com “cara de bravo”.

Na ponta do para-choque traseiro estão os refletores, quase que enfiados em um rebaixo, que na lateral é tem um relevo, essa composição traz agressividade para a traseira.

Interior claro é diferenciado

Na versão Touring, o acabamento interno do carro é parcialmente claro, numa cor próxima do creme.

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Os bancos em couro são totalmente nessa cor, tem um desenho bem conservador, visando o conforto, sem esportividade, que fica restrita às abas levemente pronunciadas.

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As forrações de porta ficam um pouco estranhas, pois recebem o acabamento em couro claro, mas a parte plástica é inteiramente escura.

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O mesmo vale para o console central, que tem o apoio de braço nesse mesmo padrão claro, mas o restante não, exceto pelo acabamento que abriga a manopla de câmbio.

Passa a impressão de ter sido algo colocado, e não de fábrica.

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No painel, o acabamento claro fica restrito ao canto direito inferior, à frente do passageiro.

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O cluster digital tenta emular um analógico, com desenhos de mostradores e ponteiros analógicos, às vezes me pergunto por que algumas montadoras insistem nisso.

Talvez mais valha um mostrador analógico bem construído (como os da Nissan), do que um digital esquisito, parecendo de videogames antigos.

Algumas informações úteis são mostradas nele, como consumo e detalhes do piloto automático adaptativo.

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O volante, que tem empunhadura grossa e botões multifuncionais à disposição.

A multimídia se destaca bem pouco do restante do painel, e é multifuncional, com conectividade interessante, não fica “voando” no painel, como costumamos ver por aí.

Abaixo dela estão os comandos do ar-condicionado digital e, um pouco mais abaixo, um local para guardar o celular, com tomadas USB ao lado.

A manopla do câmbio tem acabamento prateado e acabamento do console em preto brilhante.

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No banco de trás o espaço para as pernas é bom, somente a altura do teto pode incomodar pessoas muito altas.

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O porta-malas de 519l não deve faltar para pessoas com uso comum.

Não vende bem

No acumulado de 2024, de janeiro a março, o City amarga a quinta posição, basicamente o último.

O mais vendido é o Onix plus, com 10.804 unidades emplacadas, depois o Virtus com 7.926, seguido por Yaris e Versa, com 4.565 e 2.987 unidades emplacadas, respectivamente.

O City Sedan emplacou 2.795 unidades apenas.

Em 2023 o City foi um pouco melhor, ocupou a quarta posição, à frente do Versa com 11.841 unidades emplacadas, ante 8.858 do rival.

Seu preço, a falta de uma versão turbo e o visual menos apelativo parecem não convencer tanto o mercado.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.