A história do automóvel tem várias nuances e uma delas mostra que certas marcas teimam em não morrer. E quando falamos nisso, o nome Saab aparece, mesmo sem hoje estar em uso.

Ainda que não tenha o nome estampado, por conta dos direitos do fabricante de aeronaves sueco e seu grupo da área de defesa, a Saab tem sua essência no legado deixado com a empresa NEVS, um consórcio sueco-chinês que assumiu os ativos da empresa.

Indo para a China, seguindo o mesmo caminho de Volvo e Polestar, a NEVS conseguiu no máximo reproduzir o velho Saab 9-3 em versão elétrica, mas tinha também nas mãos um projeto completo da plataforma Phoenix, criada para suceder plataformas da GM.

Todavia, sem dinheiro, a NEVS quase foi para o buraco se não fosse por Jihad Mohammad, CEO da startup canadense EV Electra. Ao assumir a sueco-chinesa, a empresa reativou os projetos que até então estavam ameaçados.

Mas, Mohammad quer fabricar os carros e escolheu a Itália como origem da produção dessa nova geração de carros elétricos da NEVS, baseados na plataforma Phoenix e num design totalmente inspirado na essência da Saab.

O chefe da EV Electra disse: “Sim, fizemos uma oferta para comprar uma fábrica de automóveis na Itália e foi finalmente aprovada, e neste novo local faremos carros elétricos que vão chocar a todos”.

Não se sabe qual planta será comprada pela EV Electra, mas a Itália tem algumas que pertenciam à Fiat, como a abandonada em Termini Imerese, na Sicília.

Jihad Mohammad quer produzir na Itália a linha Emily GT, desenvolvida pela NEVS, com quatro modelos de orientação estilística da Saab e com autonomia de 1.000 km. Sedã, perua, cupê e conversível como no passado da sueca.

Por fim, o CEO da canadense revelou que Trollhattan, na Suécia, onde a NEVS ainda detém o controle da antiga fábrica, voltará a fazer carros elétricos, num resgate declarado da Saab.