O Versa já é um veterano do mercado, parece até que esteve sempre por ali, comendo pelas beiradas, nunca um campeão de vendas, mas sempre marcando gol.
É um carro quase injustiçado no mercado, sempre ofereceu bom nível de equipamento e mecânica confiável, porém pecava no design. Só que isso já não é mais um problema.
Com design moderno, traços arrojados, preço até que convidativo, o Versa pode ganhar novo status no mercado, talvez se mudar uma pequena coisa, que vamos apresentar no nosso texto de hoje.
Avaliamos uma versão do Versa Advance (versão intermediária) e traremos os detalhes para você.
Rodas de liga 16”, abertura interna do porta-malas, acendimento inteligente dos faróis, ar-condicionado, carregador por indução, chave presencial, volante multifuncional, piloto automático, direção elétrica, multimídia de 7” com Android Auto e Apple CarPlay, partida por botão, 6 airbags, alerta de colisão frontal, câmera de ré, controle de tração e estabilidade, freios ABS e mais.
Vamos aos detalhes:
Design é um dos melhores do segmento (em especial a dianteira)
Se alguém reclamou do design do Versa no passado, esse alguém já não está mais aqui, ele é um dos (se não “o”) mais bonitos do segmento.
Os faróis dianteiros esticados nas pontas, descem até logo o começo da área frontal, onde encontra a bela grade filetada, em preto brilhante.
Nas pontas das fileiras que compõem a grade, há diversos acabamentos cromados, que vão encolhendo e formando uma espécie de degrade, dando um belo toque para o sedan.
Logo abaixo, estão os faróis de milham de dimensões razoáveis, são envoltos por um acabamento preto brilhante.
Na base do para-choque, um filete preto e espesso, divide a ponta, que é da cor do veículo, do restante do conjunto.
O capô tem alguns vincos e ressaltos, que trazem um pouco de agressividade, em conjunto com os faróis fazem cara de “mau”.
Visto de lado, as rodas aro 16 são bonitas, tem um toque mais sóbrio, bem ao padrão japonês, sem esportividade.
Os retrovisores tem câmera e repetidores de seta.
De lado ele não é muito agressivo, tem curvas suaves, começando do capo, subindo o parabrisas e o teto côncavo termina numa tampa de porta malas não muito grande.
Um detalhe preto é notável na junção entre o teto e a lateral, especialmente em carrocerias pintadas de branco.
As lanternas ultrapassam bem a traseira, ocupando um espaço na lateral, quase no mesmo comprimento da tampa de porta-malas.
São compridas, e tem um recorte em “V” na ponta externa (na lateral do veículo), e na parte interna, acabam pontiagudas, com recortes em formato de flecha.
O para-choque salta e não acompanha a dimensão do porta-malas, e na sua base tem alguns “dentes” pintados na cor do veículo, que lhe conferem uma mínima esportividade.
Interior tem personalidade
À frente de quase todos seus concorrentes, o acabamento do Versa tem personalidade, e passa a impressão de ter sido bem construído.
A começar pelo volante, particularmente julgo os volantes da Nissan de nova geração um dos mais belos do mercado, a exemplo o do Versa e do Sentra.
Com botões multifuncionais bem posicionados, as abas tem o formato que lembram as asas de um avião, com a base plana e a linha superior angulada, conta ainda com a base reta e aplique prateado.
Os difusores de ar próximos às portas são circulares e tem acabamento prateado, ao lado deles há um acabamento azulado, que acompanha toda aparte central do painel, de fora a fora.
O acabamento até que é bonito e da um toque de requinte, porém a cor não passa a impressão que vai envelhecer muito bem.
O cluster é parcialmente digital, tendo apenas o velocímetro analógico, tem um desenho simples e bonito, não tenta inventar moda e acerta em cheio.
A multimídia tem medidas boas, eventualmente pode parecer pequena ante algumas do mercado, que às vezes parece concorrer para aplicar a maior multimidia possível, beirando o exagero.
Embaixo estão os comandos de acionamento do ar-condicionado, ainda analógico, tem bordas cromadas.
O console central é estreito, sem grandes destaques, possui a manopla de câmbio, um acabamento preto brilhante, botão de partida e logo acima uma tomada USB e outra auxiliar.
Um apoio de braço discreto está disponível entre os bancos do passageiro e motorista.
As forrações de porta são simples, com uma região estofada e acabamento similar ao couro, e, no puxador, é texturizada.
Os bancos de tecido são confortáveis, mas não trazem consigo nenhum motivo de destaque.
O espaço para as pernas no banco de trás é bom, sobrando até uma folga para pessoas de média/grande estatura.
O porta-malas atendem muito bem até as viagens mais longas,
Motor aspirado é um ponto fraco
Os números e o desempenho geral do Versa não perdem muito para os rivais turbo 1.0, porém o mercado está cada vez mais procurando essa motorização, ao menos uma versão turbo seria interessante.
O motor 1.6 naturalmente aspirado, rende 113 cv e 15,3 kgfm de torque, sempre acoplado ao câmbio CVT.
Com esse conjunto, acelera de 0 a 100 km/h em mais de 11s e tem velocidade máxima na casa dos 180 km/h.
Seu desempenho é superior ao do Yaris, que acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 12s, enquanto sua velocidade máxima de pouco mais de 170 km/h.
O Virtus TSI com 116 cv, tem o 0 a 100 km/h próximo dos 10,5s e velocidade máxima de 201 km/h.
O consumo do Versa pode ser considerado muito bom, para um motor naturalmente aspirado, especialmente na rodovia, onde faz 15 km/l de gasolina.
Na cidade são 11,8 km/l de gasolina.
Na gasolina o consumo do Yaris é na faixa de 12,7km/l na cidade e 14,9 km/l na rodovia.
O Virtus faz 12,1 km/l na cidade e 14,4 km/l na rodovia, considerando também a gasolina.
Boa opção que vende pouco
O Versa é bonito, confiável, bem acabado e anda relativamente bem, e emplacou 8.858 unidades em 2023.
Esse baixo número fez com que fosse basicamente o sedan compacto menos vendido do ano passado.
Superado pelo Onix Plus, Virtus, Yaris e City.
No acumulado até março de 2024, ele já emplacou 2.987 unidades, estando à frente do City, que emplacou 2.795 no mesmo período.
Sabemos que nesta categoria, o preço é um fator chave nas vendas, e o Versa está entre os mais caros, isso pesa muito para o carro não vender melhor.
Outro asusnto é a falta de versão turbo, apesar de seus concorentes Yaris e City também não possuírem versão turboalimentada.
É uma opção interessante, foge um pouco do comum, e isso pode ou não ser bom.
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