Renault Kwid Zen 2024: Mais econômico que o Fiat Mobi, também tem visual mais moderno

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O Kwid é o subcompacto da Renault e a Zen é a versão de entrada.

Concorre diretamente com o Fiat Mobi, e brigam sempre pelo status de carro mais barato do mercado.

Tem fama de frágil, mas pode ser uma opção para algumas aplicações, principalmente urbanas.

A versão Zen parte de R$ 72.640,00 e vem de série com:

Airbags frontais e laterais, Rádio Continental 2DIN (Bluetooth, USB, AUX), ar-condicionado, monitoramento de pressão dos pneus, controle de estabilidade, direção elétrica, DRL em LED, ABS e mais alguns recursos básicos.

Vamos aos detalhes dessa versão:

Anda mais e bebe menos que o Mobi

O motor 1.0 de três cilindros e 12 válvulas rende 71 cv e 10 kgfm de torque no etanol, e 68 cv com 9,4 kgfm de torque na gasolina.

Isso se traduz em um 0 a 100 km/h em 13,2, com velocidade máxima de 156 km/h, o câmbio é manual de 5 velocidades.

No caso do rival, Mobi, o 0 a 100 km/h é feito em 14s, e a velocidade final é de 152 km/h.

O consumo no etanol é de 10,8 km/l na cidade e 11 km/l na estrada enquanto na gasolina é de 15,3 km/l na cidade e 15,7 km/l na estrada.

O Mobi tem um consumo pior de 8,8 km/l na cidade e 9,9 km/l na rodovia com etanol, e de12,7 km/l na cidade e 14,3 km/l na rodovia com gasolina.

Acabamento básico

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O porta-malas é de 290 l, que não é nenhum sedan, mas já é bem melhor que o do Mobi, com 200 l.

Por dentro o acabamento é todo em plástico duro e simples, não passa a impressão de ser robusto ou sofisticado, mas não é o foco do Kwid, ele precisa ser barato e funcional.

A cor predominante do interior é o preto.

Ele traz o rádio com Bluetooth, que funciona bem, porém o baixo nível de isolamento acústico, faz com que a qualidade sonora não seja das melhores.

O cluster é analógico, os difusores de ar são circulares, assim como os comandos de acionamento do ar-condicionado.

As dimensões compactas do Kwid não permitem um grande espaço interno para os ocupantes, em especial no banco de trás.

Andar com o carro cheio é quase impossível se os passageiros forem grandes.

Dianteira moderna

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O Kwid pode ser comprado nas cores: preto (sem preço adicional), branco (R$ 700,00), prata ou vermelho (R$ 1.500,00).

Olhando de frente, o Kwid tem um desenho moderno para o segmento, com faróis estreitos e compridos, quase retangulares, que se ligam à grade frontal, dando continuidade.

Na parte central, a grade superior fica mais grossa e abriga o logo da Renault, que tem proporções duvidosas, beirando o exagero de grande.

A grade inferior é preta e o ângulo de ataque é bom tornando o adequado para o uso urbano, nas nossas ruas cheias de buracos e valetas.

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Na lateral os paralamas tem os acabamentos em plástico preto, os retrovisores e maçanetas também são pretos.

As rodas aro 13” são de aço com calotas pintadas de grafite passam um aspecto de pequenas (de fato são), mas como o foco não é o uso rodoviário nem a estética, faz sentido.

As rodas tem a polêmica furação tripla, que utiliza somente 3 prisioneiros para fixar a roda ao cubo de roda, esteticamente fica um pouco estranho e aumenta a impressão de fragilidade do modelo.

A antena externa de rádio é estranhamente longa, conflitando com o tamanho reduzido do modelo.

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A traseira é bem simples, sem muito apelo estético, as lanternas são relativamente grandes, considerando o tamanho do carro.

O para choque é preto e simples.

Kwid é melhor que Mobi?

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Antes de responder, vamos aos fatos:

Em 2023 o Mobi emplacou 73.428 unidades, enquanto o Kwid 63.316, mais de 10.000 unidades de diferenças.

O Kwid tem um desempenho melhor, consumo menor, um porta-malas maior, um rádio com Bluetooth de série, direção elétrica e é até maior que o Mobi, esses são pontos que pesam a seu favor.

Pela lógica o Kwid deveria vender mais, porém o nome da Fiat no Brasil e o conhecido motor Fire aplicado no Mobi pesam a seu favor, especialmente na confiança do consumidor.

A fama de frágil que o Kwid obteve e a desconfiança do brasileiro com carros franceses pesam mais a balança para o lado da Fiat.

Os dois carros são voltados para uso urbano, então é injusto compara-los com outros modelos maiores.

Se prefere um carro mais conservador, com menos itens de série e consumo ligeiramente pior, o Mobi te atenderá melhor,

Se quer um carro com desempenho melhor e consumo menor, vá de Kwid, sabendo que poderá ter mais dificuldade na venda e uma rede de concessionárias menor.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.