Você o conhece desde os anos 90 e seu nome foi uma das referências no mercado de carros médios no país por um bom tempo, porém, nos últimos anos ele partiu, mantendo-se mais na Europa. Agora chegou ao fim.
No último dia 5, o Renault Megane teve sua produção encerrada na Europa, onde era feito na fábrica de Palência, deixando assim um legado de três décadas para dar lugar ao futuro da marca com modelos eletrificados, como o Megane E-Tech.
Após quatro gerações, o Renault Megane a combustão sucumbiu às mudanças nas tendências de mercado e também de eletrificação, deixando o segmento de hatch e perua na Europa, com a marca assumindo um crossover elétrico e compacto em seu lugar.
Por lá, o Renault Symbioz será a opção no segmento médio, mas ainda na forma de SUV. Supostamente esse modelo seria feito aqui, mas com a Horse, provavelmente não. Sem o Megane, a marca do losango perde parte da essência europeia.
Lá, os hatches médios sempre foram valorizados, assim como as peruas, mas tudo mudou com a era dos SUVs e depois com a eletrificação forçada. Em países de fora, como a Argentina, o Megane era bem aceito.
Na última geração, o Renault Megane tinha inovações como o eixo traseiro direcional, por exemplo, mas já pertencia a velha ordem, como o sempre rival Peugeot 308. O emprego de motor a combustão de forma tradicional não se sustentou por lá.
Fabrice Cambolive, diretor-geral da Renault, disse: “Nossa estratégia é ter duas filiais em cada segmento: uma linha ICE (motores de combustão interna) com tecnologia híbrida, e um veículo com motor elétrico”.
Até recentemente, essa primeira linha da Renault estava fadada ao fim prematuro nos próximos anos em detrimento dos elétricos, mas a montadora francesa mudou a conversa e seguirá com os motores térmicos por muito mais tempo.
Seria interessante se o Megane continuasse com essa pegada, mas o produto parece muito associado a velha ordem e desprender-se disso parece difícil, por isso seu fim. Então, agora só elétrico. Le roi est mort, vive le roi!
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