Toyota está certa: precisamos de carros híbridos, não elétricos

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Híbridos são mais eficientes na descarbonização que os elétricos? Pela matemática, sim. Como? Um cálculo com base em dados de emissão de CO2 em g/milhas rodas nos EUA, aponta esse detalhe importante.

A questão principal é que a produção de carros elétricos está consumindo muito mais lítio que a capacidade de extração e já se fala em escassez por volta de 2025.

Então, no lugar de se produzir carros elétricos, seria melhor a produção de carros híbridos em maior volume para auxiliar na descarbonização e reduzir a dependência imediata do lítio.

A comparação, feita pelo site The Drive, considerou os modelos Ford F-150/Hybrid/Lightning, Hyundai Kona/Niro e os BMW Série 3/i4, que usam a mesma base dentro de suas marcas.

Nos EUA, a EPA divulgou os dados de emissão de CO₂ por milhas rodadas para carros comuns e híbridos, mas no caso de elétricos não.

No entanto, o departamento divulga média nacional de 386 gramas por kWh nos Estados Unidos de CO₂ emitida pelo setor energético do país.

Com base nisso, a grosso modo, as versões a gasolina poluem bem mais, assim como os híbridos também em relação aos elétricos, mas ao observar o tamanho das baterias, nota-se que há um desperdício de uso.

tabela emissao usa

A F-150 Lightning, por exemplo, usa uma célula de 98 kWh, mas a Hybrid (Powerboost) tem apenas 1,5 kWh. Ainda que a primeira tem emissão de 164 g/milha e a última emitir 464 g/milha, a Ford conseguiria fazer 65 unidades da híbrida no lugar de uma elétrica, dividindo-se o kWh da bateria maior.

Quando se coloca 64 unidades da F-150 a gasolina com seus 534 g/milha de CO₂ e uma elétrica de 164 g/milha, a soma dá 34.340 g/milha, mas com 65 híbridas a 464 g/milha, a emissão total é de 30.160 g/milha ou 4.180 g/milha a menos.

Isso tudo usando os mesmos 98 kWh da bateria da Lightning, divididos em 65 baterias da Powerboost, o que significa ter mais carros nas ruas emitindo menos que um único elétrico com outros 64 a gasolina.

O mesmo funciona para os demais carros, com um BMW i4 tendo a mesma quantidade de kWh que sete 330e, que cortariam a emissão média em 560 g/milha de CO₂. Detalhe, o BMW 330e (vendido aqui) é um PHEV, considerado mais caro e complexo de fazer.

No caso do Kona EV, ele equivale a sete Niro PHEV ou 41 Niro HEV (também vendido aqui), com emissão menor de 1.085 g/milha nos 7 PHEV e 4.797 g/milha nos 41 HEV.

Então, seria melhor produzir mais carros híbridos que elétricos, usando a mesma quantidade de kWh e, naturalmente, de lítio, reduzindo assim o impacto ambiental a curto e médio prazo.

Dessa forma, a Toyota está certa: precisamos de carros híbridos, não elétricos. Contudo, quem dita o que os consumidores americanos compra é o governo com seus incentivos.

[Fonte: The Drive]

 

 

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X