Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, afirmou que as vendas de veículos importados aumentará em junho e o motivo não tem relação com preços, mas com a tributação de carros que chegam de fora, segundo a Reuters.

Como se sabe, o imposto de importação aumentará em julho, passando de 10% para 18% no caso de carros elétricos e de 12% para 20% no caso dos híbridos e de 15% para 20% para os híbridos plug-in.

Lima Leite disse: “No mês de junho os elétricos devem vir muito fortes, porque em julho a tarifa vai ser elevada para 18% e, por isso, o mês de junho vai ser marcado por aumento significativo”.

O presidente da Anfavea ainda disse que os emplacamentos não feitos em maio ocorrerão em junho, haja visto que os licenciamentos no mês passado caíram 9% no caso dos importados.

Ainda assim, o segmento teve alta de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o aumento do imposto, haverá uma aceleração não só nas vendas, mas também o relógio começa a contar contra as marcas chinesas que estão chegando.

O motivo é que o aumento do imposto de importação impactará nas contas de BYD, GWM e outras a partir de julho, enquanto as operações de produção localizadas não entram em atividade.

Um aumento de preços já pode ser esperado, ainda mais no período de julho de 2024 a junho de 2025, quando as alíquotas acima estarão em vigência. Após isso, até junho de 2026, os percentuais aumentarão mais até chegarem a 35%.

Ainda não sabemos o quanto de carvão os fabricantes chineses têm para colocar na brasa e manter suas vendas aquecidas até o cumprimento dos prazos de produção e do imposto de importação alcançar o limite da OMC.

Seja como for, com EUA e Europa barrando a entrada deles, o Brasil – de portas abertas – se torna um caminho atrativo para se obter espaço muito rapidamente.