Os carros elétricos ainda são encarados como o futuro pela Volkswagen, mas a montadora alemã decidiu ser melhor manter os motores a combustão em vigor por mais tempo e isso custará caro, mais precisamente € 60 bilhões ou R$ 345 bilhões.

Com uma alocação de € 180 bilhões, que inclui ainda digitalização e eletrificação, a VW tirou um terço para investir em carros a combustão, segundo Arno Antlitz, diretor operacional e financeiro do Grupo Volkswagen.

Antlitz disse ao site Automotive News Europe: “ainda será alocado para manter nossos carros a combustão competitivos. O futuro é elétrico, mas o passado não acabou”.

Como uma empresa de engenharia, a decisão da Volkswagen deve gerar ainda mais inovações tecnológicas na área automotiva, com desenvolvimento de motores mais eficientes e com arquiteturas que poderão chegar aqui.

Nesse novo investimento em motorização, o híbrido flex deve ganhar mais importância, ainda mais quando a Índia busca usar exatamente o etanol para reduzir as emissões de poluentes no país.

A VW tem uma grande gama de motores a gasolina e diesel, que introduzidas em carros de volume, faz com que as vendas das marcas do grupo se mantenham em boa condição, num paralelo estranho com a gaam elétrica.

Ainda que 60 bilhões de euros seja uma baita grana para se aplicar na combustão, a VW reitera que seus planos elétricos continuam em vigor com o lançamento de 75 modelos até 2030.

Mesmo com as vendas da linha ID ainda devagar, a marca não alivia seu foco em eletrificação plena, com o ID.2 e outros seguindo o caminho do mercado, em especial, as próximas gerações de players como Golf e Tiguan.

De qualquer forma, a VW cortou a construção de uma fábrica na Alemanha e uma fábrica de baterias em seu país natal, em virtude da queda nas vendas de carros elétricos, colocando assim um pé no freio de sua ascensão.