Audi A4 – Seus defeitos incluem acabamento interno frágil e problemas no motor

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A Audi A4 sempre foi, e continua sendo, sinônimo de sofisticação e desempenho, além do seu design ser atemporal em todas as gerações.

Sempre teve uma mecânica com tecnologia de ponta, acabamento moderno e desempenho interessante, hoje já pode ser encontrada por menos de R$ 30.000,00.

Mas será que é um carro confiável? No texto de hoje vamos falar dos principais problemas envolvendo o modelo.

A primeira geração da A4 desembarcou no Brasil na década de 90 e o modelo perdura até hoje, quase sempre disponível nas versões Sedan e Wagon.

Durante sua vida trouxe diversos motores, dentre os principais podemos citar os V6 2.4 30 válvulas, de 170 cv e 23 kgfm de torque, os 1.8T 20v com 163 cv, além dos modernos 1.8 e 2.0 TFSI.

A Audi A4 com motor 2.0 TFSI rende 180 cv e 32 kgfm de torque, que garantem aceleração de 0 a 100 km/h em 8s e a velocidade máxima de 226 km/h, isso quando atrelado ao câmbio CVT, existem versões com desempenho ainda melhor.

Se você pensa em comprar uma, mas quer saber os principais problemas que ela apresenta, fizemos esse resumo pra te ajudar a decidir e avaliar uma unidade usada ou seminova. Abaixo os principais pontos de reclamação dos donos e defeitos apresentados:

Motor TFSI com consumo excessivo de óleo

Esse é um problema com diversos relatos na internet, que acomete principalmente unidades produzidas de 2009 até 2013, o motor tem um alto consumo de óleo, chegando a baixar mais de um litro entre as trocas de óleo.

As causas são variadas, que podem ser desde coisas simples como a membrana da tampa de óleo, até os retentores das válvulas, então muita atenção na hora da compra.

Bobinas queimando

Outro problema comum é a queima das bobinas nos motores TFSI, cada uma pode passar de R$ 1.000,00 na concessionária, fora dela é possível achar 4 bobinas de marca boa por menos de R$ 2.000,00.

Acabamento interno frágil e difícil de achar

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Esse problema é mais comum das unidades até 2008.

As peças plásticas de painel, forração, apoio de braço e etc., se quebram muito facilmente e são bem difíceis de achar novas.

Quando quebradas, será necessário recorrer a um desmanche, onde cobram mais de R$ 300,00 por uma porta-copos, por exemplo, sendo um dos principais focos de problema dessa geração.

Teste ainda o bom funcionamento das teclas como do ar-condicionado e do teto solar.

Barulhos internos

Problema também mais presente nas mais antigas, mas que acomete as mais novas um pouco, é o nível de ruído pelas peças plásticas e encaixe das no carro, que fazem barulho ao andar em locais mais esburacados.

Versões com motorzão mas pouco desempenho

As unidades V6 mais antigas tem a mecânica mais complexa e muitas vezes andam igual ou menos que as versões mais modernas com motor turbo, não justificando o maior gasto de manutenção.

Claro que é muito legal ter um carro V6, mas no quesito desempenho e facilidade de manutenção elas são piores que as turbo

Mecânica (bem) complexa

Desde os motores 1.8 20v, até os modernos TSI têm uma complexidade mecânica superior à projetos mais comuns da marca e dos concorrentes, isso não quer dizer que sejam motores problemáticos, eles só precisam de mais cuidados, não é só “por óleo e rodar”.

Procure por vazamentos de óleo, fluído do reservatório de expansão do arrefecimento alaranjado, peças plásticas quebradas e faltando, e claro, solicite o histórico de manutenções, se o dono não tiver nenhum comprovante guardado, recomendo escolher outra unidade.

Nos motores 2.0 TSI são comuns problemas de carbonização das sedes das válvulas e a quebra da bomba d’agua, portanto vale uma preventiva nesses itens.

Sendo proprietário de um carro 1.8 20v falo com propriedade, apesar do motor não ser muito mais complexo que qualquer VW comum (se assemelhando ao bom e velho AP) muitos mecânicos se recusam a mexer.

Custos de manutenção elevados

Além de mais delicada, a manutenção é mais cara que qualquer carro popular, especialmente das versões V6 e TFSI.

Peças relacionadas à injeção direta, bobinas, módulos e turbina passam facilmente dos R$ 1500,00 cada, ou seja, para trocar 4 bicos injetores e 4 bobinas, não vai gastar menos de R$ 3.000.

Problemas na homocinética

Na primeira geração são comuns problemas na homocinética, que se caracterizam por estalos metálicos ao andar com o carro esterçado.

Unidades sem teto solar

As unidades sem teto solar são mais difíceis de vender e tem preço de mercado mais baixo.

Câmbios automáticos

As unidades de primeira geração com câmbio automático merecem atenção, pois já passam dos 20 anos de uso, as manutenções negligenciadas e o tempo de uso cobram seu preço quando o conjunto da problema.

As unidades mais modernas com câmbio automatizado S-Tronic não são problemáticas porém as embreagens sofrem desgaste com o tempo e a conta pode passar dos R$ 20.000.

Fique de olho em trancos e marchas patinando, se isso ocorrer eu não recomendo a compra.

Conclusão

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A Audi A4 pode te trazer emoção, desempenho e status, se escolher uma unidade conservada, caso contrário ela te dará muito gasto de dinheiro e tempo, tentando encontrar soluções fora da concessionária que cobra bem caro pelas horas e serviço.

Procure unidade com interior integro, e que não apresente muitas mudanças como suspensão muito rebaixada ou interior modificado.

A manutenção pode ser cara, o consumo elevado e o seguro caro.

Certamente é uma boa compra para quem pode manter, com peças de qualidade e serviço em locais renomados.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.