BYD Song Plus DM-i 2024: Visual caprichado por dentro e por fora

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A BYD está em todo lugar, na TV, Internet, redes sociais, outdoors e onde mais possamos imaginar, dá pra dizer que é a montadora do momento.

Esse investimento pesado em marketing está, aparentemente, rendendo frutos para a montadora chinesa de veículos elétricos e híbridos.

O Song Plus é um SUV híbrido, que briga com outros do segmento, que tem preços bem discrepantes, entre eles o Corolla Cross, HAVAL H6 e Kia Niro.

Vamos aos detalhes:                                                                                           

Ele parte de R$ 229,800,00 e vem de série com:

Direção elétrica, freio de estacionamento, modo EV (100% elétrico), modo PHEV (híbrido plug-in inteligente), Sistema Keyless (abertura/fechamento e partida remotos, Airbags frontais, laterais dos bancos dianteiros e de cortina, sensor de pressão dos pneus (TPMS), freio ABS, Controle de estabilidade e de tração, sistema eletrônico, piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal (FCW), frenagem automática de emergência, assistente de mudança de faixa, detector de Ponto Cego, teto solar, sensores de estacionamento (frontal e traseiro), abertura e fechamento elétricos do porta-malas, freios, volante multifuncional, ajuste elétrico do banco do motorista e passageiro, painel de instrumentos digital, carregamento de celular por indução, faróis Full Led, multimídia com tela flutuante de 12.8″, DRL, Câmera 360°, lanterna traseira em LED, 9 alto, ar-condicionado automático dual zone, e mais.

Interior é caprichado, até demais

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A BYD empregou materiais de boa qualidade, aliado a desenhos bonitos, detalhados e uma ampla paleta de cores, o que é ótimo, e mostra que a montadora preza pela qualidade de seus carros.

O único “porém”, é que abusou um pouco da complexidade no interior, beirando o exagero, um pouco de minimalismo cairia bem no interior, mas isso não desqualifica o modelo, é só uma oportunidade de melhoria.

Começando pelos bancos, que assim como o restante do habitáculo, tem as cores principais mescladas entre o preto e o creme, com costuras laranjas.

Eles têm um formato concha bem marcado, lembrando algumas Mercedes esportivas, o encosto de cabeça faz uma curva e se dobra sobre o banco, formando um conjunto diferenciado, mas ao mesmo tempo de gosto duvidoso.

A costura laranja e o desenho esportivo são até que interessantes, mas destoam da proposta do carro, um SUV que não tem pegada esportiva, poderia ser mais classudo.

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O console central é de bom gosto, e utiliza pouco as costuras laranja.

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O volante tem um desenho diferente do comum no mercado brasileiro, e isso é um ponto positivo, traz personalidade para o modelo.

Ele tem a base suavemente reta, centro com o logo “BYD” gravado, abas que descem e encontram um friso cromado de boas proporções, e botões em preto brilhante.

O cluster digital traz informações diversas, é integrado com a multimídia, e customizável, outro ponto interessante do modelo.

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O painel é outro ponto alto, mesclado na cor creme, preto fosco, preto brilhante, com frisos prateados e direito a filetes de LED, que se acendem, dando um ar bem tecnológico para o interior.

Os difusores laterais tem rasgos verticais, com frisos cromados, enquanto nos centrais os rasgos são horizontais.

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A multimídia é grande (até demais), mas o mercado parece gostar do exagero nesse item, então pode ser considerado um ponto alto.

Nela é possível configurar diversos recursos do carro, como os já citados modos híbridos e de carregamento da bateria, além de acompanhar em tempo real se o carro está gastando energia ou recuperando-a (como em uma descida ou frenagem).

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As forrações de porta acompanham as cores já citadas, com desenho muito bonito e maçanetas prateadas.

O espaço no banco de trás é bom, e não deve ser problema nem para as pessoas maiores.

Por fora, o visual é bem acertado

Com a identidade visual da marca, o SUV híbrido da BYD é bem atraente (para um SUV) e mostra refinamento.

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Já de frente, os faróis Full LED, mostram que não se trata de um carro barato ou de entrada, tendo desenho interessante, e acabamento prateado logo acima dele.

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Esse acabamento se une a outro, que centraliza o logo BYD, igualmente prateado, mostrando qualidade e boa construção.

Logo abaixo dele, está a grade frontal, ponto alto da dianteira, que mescla a cor preta com traços cromados, ela tem grandes proporções e traz imponência para a dianteira.

Finalizada nas pontas por acabamentos em preto brilhante.

Acompanhando as pontas da grade, há um rebaixo agressivo no para-choque, que abriga acabamentos texturizados e pretos, ponto de esportividade notável na dianteira.

O capo é amplo e comprido, outro fato que traz imponência ao modelo.

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De lado, as rodas 19” diamantadas chamam a atenção, com desenho agradável, sem inventar moda, com 5 raios.

Os contornos dos para-lamas e a saia lateral, infelizmente seguem a tendencia do uso do plástico preto, porém tem pelo menos alguns frisos para disfarçar.

O para-brisa tem uma inclinação não muito agressiva, e o teto cai suavemente, terminando no aerofólio de boas proporções.

Os vidros são contornados por um belo friso cromado, que caiu em desuso, mas agradam em alguns casos, como esse.

Os racks no teto são prateados e complementam o visual, sem chamar muita atenção, talvez ficaria melhor sem eles.

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No final da lateral, é possível ver a lanterna traseira, com alguns “gomos” em LED, dão o toque de modernidade.

Continuando nelas, indo para a traseira, as lanternas tem grandes proporções, especialmente na horizontal.

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Apresenta curvas e se interligam, tanto pelos LEDs, quanto pelo friso prateado, que se situa na porção superior.

No para-choque, vincos e acabamentos pretos nas bordas, copiam a dianteira.

A tampa do porta-malas é protuberante, traz o “Build Your Dreams” por extenso (BYD), em cromo.

No canto inferior esquerdo tem o “DM-I” e na esquerda “Song Plus” em duas linhas.

Talvez um pouco menos de letras cairia bem, mas nada tira o brilho desse belo desenho da montadora chinesa.

Desempenho urbano é bom, na estrada peca um pouco

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O motor à combustão tem 110 cv, enquanto o elétrico 179 cv, mas isso não se traduz, na prática, a 289 cv.

Antes de mais nada, vamos explicar o funcionamento do BYD Song Plus, mais precisamente seu sistema híbrido.

Existem alguns tipos de powetrains híbridos, no caso dele, o motor a combustão serve tanto para carregar as baterias, quanto para gerar movimento para as rodas.

A primeira condição pode ocorrer a qualquer momento, as vezes com o carro parado no trânsito é possível ouvir o motor à combustão ligar “do nada”.

Ele faz isso quando as baterias chegam num nível crítico de descarga, que inclusive pode ser escolhido pelo motorista.

A segunda condição (transmitir movimento para as rodas), só ocorre a partir de certa velocidade, através de um acoplamento do motor à combustão à transmissão, basicamente uma embreagem.

A ideia disso é ótima, combinar os dois motores e priorizar o uso deles quando tem maior eficiência, no caso do elétrico, em rotações menores, usufruindo do torque máximo instantâneo, e à combustão (aspirado) a partir de giros mais elevados.

Porém quando o motor à combustão está rendendo seus 179 cv, o elétrico já não sustenta o mesmo desempenho, tendo em vista a rotação elevada, por isso não podemos somar suas potências, na prática a potência máxima é de 235 cv.

Isso se traduz em uma aceleração de 0 a 100 km/h em 8,5s, com velocidade máxima na casa dos 180 km/h.

A aceleração é boa, mais rápido que um Taos, por exemplo, porém a velocidade máxima é bem limitada.

O desempenho é, entretanto, melhor que o Corolla Cross Hybrid, que leva morosos 13s para atingir os 100 km/h.

O consumo é ótimo, fazendo 35,6 km/l na cidade e 27,2 km/l na rodovia, no modo híbrido, sempre na gasolina.

Caso não esteja habituado a carros híbridos, não se espante, o consumo é maior na rodovia, diferente dos à combustão, lembra que falei que o motor elétrico atua mais na cidade, ele é o responsável por reduzir o consumo de gasolina.

Como vende?

Em 2023 não vendeu tanto assim, foram “apenas” 7.669 unidades emplacadas, ante 10.704 do HAVAL H6.

Temos que considerar que a BYD é uma montadora chinesa, que sofre com o preconceito devido a outras chinesas que decepcionaram o mercado.

Ela está a pouco tempo no Brasil, e ainda traz produtos pouco consolidados no mercado, carros elétricos e híbridos, que não vendem bem em nenhuma montadora.

Levando isso em consideração, ser o décimo nono SUV mais vendido no ano (são cerca de 40 na lista) não parece ser uma posição tão ruim.

No acumulado de janeiro e fevereiro de 2024, ele já está na décima terceira posição, à frente de Duster e Commander, por exemplo.

Se a tendência continuar, a BYD e possivelmente o Song Plus, vão ser players fortes no cenário automotivo brasileiro.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.