Os operadores do Porto de Vitória nunca viram tantos carros chineses sendo desembarcados no terminal portuário capixaba, já que impulsionados por marcas como BYD e GWM, o país vê uma enxurrada de veículos importados.
Com os carros chineses, o Brasil viu as importações gerais de veículos crescerem 43,4% somente de janeiro a abril, com 126,5 mil unidades ante os 88,1 mil do mesmo período do ano passado, segundo o site Auto Indústria.
Todavia, mesmo com os carros chineses tendo um crescimento de 633% em 2024 numa comparação com 2023, o resultado continua abaixo do que deveria ser de fato. Motivo? A greve do Ibama.
O órgão federal, com a paralisação, impede a entrada legal no país de nada menos que 47 mil veículos, parados em terminais portuários do Brasil inteiro. Em 2023 entraram 4,7 mil carros chineses, mas este ano, no mesmo quadrimestre, foram 34,5 mil exemplares.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse que 36,3 mil carros importados foram vendidos no mercado nacional, sendo 10,3 mil oriundos da China. Mas, por que essa entrada volumosa de carros chineses?
BYD, GWM e outras marcas chinesas garantiram junto ao governo cotas de importação com base em suas vendas e também reforçados pelas intenções de investimentos para produção de veículos no país.
Entre as novas marcas no mercado nacional, a BYD já iniciou o investimento para construção de sua fábrica em Camaçari, na área da antiga fábrica da Ford, cujas instalações serão usadas por fornecedores da montadora.
A chinesa promete até construir a “Cidade BYD” há alguns quilômetros, confirmando a produção local dos modelos Dolphin Mini, Dolphin, Song Plus e Yuan Plus.
Já a GWM tem sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, mas ainda não operacional, onde o primeiro modelo será o Haval H4, nome pelo qual ficará conhecido aqui o Haval Jolion.
A Omoda Jaecoo, que pertencem à Chery, está negociando com a CAOA a fábrica de Jacareí, para produção dos modelos Omoda 5 e Jaecoo 7.
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