É raro Elon Musk desculpar-se por alguma coisa, mas desta vez o CEO da Tesla reconheceu alguns funcionários foram demitidos pela montadora com compensações de desligamento incorretas, segundo o bilionário.
Com mais de 140 mil pessoas, a Tesla demitiu 10% da força de trabalho, correspondendo a 14 mil pessoas nas ruas, porém, parte destes — não se sabe exatamente quantos — tiveram indenizações abaixo do estabelecido pela empresa.
Musk pessoalmente disse que resolverá o problema, dizendo: “Minhas desculpas por esse erro. Está sendo corrigido imediatamente. À medida que reorganizamos a Tesla, percebi que alguns pacotes de indenização são incorretamente baixos”.
Muito criticado por sua condução em relações de trabalho na Tesla ao longo dos anos, Elon parece mostrar que a situação na empresa é mais grave que aparenta. A declaração também é um recado aos acionistas da empresa, que miram Musk com olhos de poucos amigos.
Com a Cybertruck e o Model 2, a Tesla estava pronta para saltar no hiperespaço da produção automotiva, com previsão de chegar a 2030 com 20 milhões anuais, mas as coisas não saíram como programado.
O corte na Tesla é um duro golpe não apenas para Musk, mas também para o mercado de carros elétricos, uma vez que a desaceleração nas vendas não se tornou algo apenas da conta das Big Three supostamente sabotadas por seus revendedores.
Tendo a produção mundial de baterias até superado a demanda, num indício claro de pé no freio dos elétricos, a Tesla também jogou a toalha, ainda que Musk tenha apontado que até a BYD também sofreu retração.
Na Tesla, o anúncio da demissão não foi um “aviso prévio”, com milhares sendo barrados nas portas das fábricas. Nico Murillo, ex-supervisor de produção, disse: “Tentei me registrar e o segurança pegou meu crachá e me disse que fui demitido. Sentei-me no meu carro, incrédulo.”
Com cortes de até 20% em determinados setores, a crise na Tesla chegou até os cargos de chefia, com o vice-presidente sênior, Drew Baglino, demitindo-se da empresa.
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