A Fiat Titano já devia estar emplacando bem no mercado nacional após três meses de lançamento, mas não é isso que acontece, já que a picape média da Stellantis vendeu somente 233 unidades, esta emplacadas.

Segundo apurou a jornalista Paula Gama, colunista do UOL, os concessionários contam que a procura após o lançamento foi até grande, mas sem unidades para entrega e sem que os compradores vissem o modelo nas ruas, o entusiasmo arrefeceu.

Um deles revelou: “A Titano despertou muita atenção inicialmente. Tivemos muitos clientes interessados e pedidos feitos, mas a falta de produtos disponíveis nas lojas está levando à perda de interesse”.

Para alguns lojistas, os consumidores nem lembram mais que a Fiat Titano foi lançada, porque ela não é vista nas ruas. Então, aquele lema de que “quem não é visto, não é lembrado”, parece se aplicar à picape da marca italiana.

Mas, então, de quem é a culpa? Importada de Montevidéu, Uruguai, a Fiat Titano precisa passar pela fiscalização do Ibama para entrar legalmente no mercado brasileiro, porém, o órgão ambiental federal está desde janeiro fazendo uma “operação tartaruga”.

Nesse caso, normalmente a licença do meio ambiente é dada para os lotes importados em apenas 10 dias, mas agora os funcionários do Ibama, que reivindicam melhores condições laborais e salariais, usam o prazo limite para conceder a liberação.

Esse prazo é de 60 dias, atrasando em muito a entrada de veículos importados nas aduanas do país. Calcula-se que mais de 43 mil veículos ainda esperam liberação do Ibama para poderem ser distribuídos e comercializados.

A Stellantis informou que a greve no Ibama prejudica a distribuição de veículos importados, tal como de outras marcas. Sem uma solução para o caso, já que não necessariamente os agentes estão parados, o consumidor é que no final não terá a opção de compra e, sem essa, optará pela oferta que estiver disponível.