Jim Farley, CEO da Ford, está convencido de que o Mustang é intocável e por isso, ele jamais será um carro em sua essência, mantendo assim o motor V8 pelo maior tempo possível.

Em tempos de eletrificação, fica difícil imaginar o Mustang daqui a duas gerações sem que haja pelo menos um propulsor híbrido para movê-lo, mas a Ford se mantém irredutível.

Por ora, a geração S650 se mantém bem sem a eletrificação, mas se os EUA seguirem o que está sendo planejado, será difícil manter o Mustang em sua proposta de sempre.

Farley disse: “Nunca construiremos um Mustang que não seja um Mustang. Mas poderíamos fazer outras formas de carroceria do Mustang – um quatro portas ou algo assim? Acredito que poderíamos, desde que esses modelos tenham todo o desempenho e atitude do original.”

Nesse caso, seria um sedã à moda antiga, ou seja, com motor V8 a gasolina e transmissão que poderia ser manual ou automática, evitando-se assim a construção de mais um carro elétrico.

Ainda que o Mustang Mach E não tenha sido um fracasso, os carros elétricos deram marcha a ré no mercado americano e a marca do oval azul é uma das que mais torrou dinheiro para nada.

Apoiando-se num afrouxamento das regras de emissões para os próximos anos, a Ford já poderia pensar num Mustang Sedan com motor V8 e tudo o que tem direito da velha escola.

Farley se inspirou na ideia da Porsche e citou textualmente o fabricante alemão de carros esportivos. O chefe da Ford disse: “A Porsche tem sido inteligente na criação de derivados nos últimos 20 anos”.

Pensando em fazer o mesmo com vários modelos, Farley se concentra no Mustang, que poderia gerar uma gama de derivados para ampliar as vendas e também garantir a continuidade do produto.

Jim Farley finalizou: “Na melhor das hipóteses, somos uma empresa irreverente. Precisamos continuar fazendo derivativos que surpreendam as pessoas.”