Ford Territory – Reclamações e Defeitos

ford territory avaliação na 46
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O Territory veio com a missão de combater o Jeep Compass e a Tiguan, e traz tecnologia e um belo design no interior, vem recheado de itens, mesmo na versão de entrada e pode ser uma opção a se pensar, dependendo do seu perfil.

Se você está pensando em adquirir um, esse texto vai te alertar dos principais problemas e focos de reclamação do modelo.

Em 2018 o modelo foi anunciado no mercado brasileiro, porém começou a ser vendido de fato em 2020, nas versões SEL e Titanium, em ambas o motor é o turbo 1.5 de 150 cv e 22,9 kgfm de torque (números similares ao TSI 1.4) e o câmbio é automático do tipo CVT com 8 marchas e tração dianteira, rendendo aceleração de 0 a 100 km/h em pouco mais de 11s e velocidade final de 180 km/h.

Desde a versão SEL vem com direção elétrica, suspensão traseira Multilink, freios a disco nas quatro rodas, central de 10” com CarPlay e Android Auto, faróis de LED, teto panorâmico, rodas 17”, 6 airbags, controles de tração e estabilidade, monitoramento de pressão dos pneus, chave presencial e câmeras de ré.

A versão Titanium inclui rodas 18”, bancos em couro bege, aquecimento e resfriamento dos bancos, painel digital, câmera 360° e mais diversos itens.

ford territory avaliação na 47
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O carro é bem completo, tem projeto moderno e acabamento bonito à primeira vista, mas quais são as reclamações e problemas do modelo?

Abaixo estão elas:

Desempenho fraco

O motor 1.5 turbo, aliado ao câmbio CVT não empolgam quem dirige, e em diversas condições deixa, a desejar no desempenho, tendo em vista seus principais rivais, a aceleração de 0 a 100 km/h em mais de 11s e velocidade máxima de 180 km/h são números ruins.

Porta-malas “pequeno”

Colocamos o “pequeno” no título entre aspas pois ele não é efetivamente pequeno, são 348l que podem virar 420l, mas perde para boa parte de seus concorrentes, como o rival Compass, que tem seu porta-malas de 476l.

Custo e disponibilidade de peças

Cada farol custa mais de R$ 5.000,00 e retrovisores R$ 3.000,00 cada, porém essas peças muitas vezes só são encontradas na concessionária, que pode praticar diferentes valores dependendo do local, então por esses custos já dá pra ter uma ideia que não basta ter o dinheiro contado para comprar o carro, mantê-lo pode sair um pouco caro.

Piloto automático pouco eficiente

Em algumas situações o piloto automático demora pra “se achar” e pode acelerar e desacelerar sem necessidade, prejudicando assim a autonomia de combustível do carro.

Barulhos internos

ford territory avaliação na 43
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Acabamentos de portas, painel e em especial atrito entre os bancos de trás são focos de ruído e o problema vai se agravando com o passar do tempo, o nível de ruído é elevado, dado o alto padrão do carro.

Ao fazer o test-drive, veja se ele apresenta barulhos nessas regiões, alguns proprietários relatam ainda que o carro é barulhento como um todo após um tempo de uso, na dúvida teste o carro em uma rua esburacada e com o rádio desligado.

Consumo elevado

Apesar de eficiente, o motor sofre com o peso do carro e sua aerodinâmica, sendo assim, não costuma fazer médias superiores a 8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada, levando em consideração que só é abastecido com gasolina, poderia ser melhor.

Recall

• Unidades produzidas entre 27 de dezembro de 2019 e 10 de outubro de 2020 tiveram chamado de recall para verificação e troca do conversor catalítico do sistema de escapamento, que em caso de defeito níveis de emissões atmosféricas podem não atender aos limites previstos.

Conclusão

O Territory não fez muito sucesso em sua primeira geração no Brasil, em partes por ter seu preço parecido com rivais mais renomados, criando assim um custo x benefício duvidoso em desfavor da Ford.

Seu alto consumo e baixo desempenho contribuíram com o baixo volume de vendas, que acaba gerando outro problema de médio/longo prazo: o aumento do preço e redução da disponibilidade de peças.

A nova geração corrigiu boa parte dos problemas da primeira e vem forte para tentar alavancar as vendas da Ford, que perdeu parte de sua reputação ao abandonar modelos de sucesso como o Ka e o Fiesta, deixando o mercado com o pé atrás na hora da compra de carros 0km.

Certamente é um carro completo, recheado de opcionais e com bom comportamento dinâmico (com exceção do fraco desempenho do motor/câmbio CVT) e é uma opção para quem não se importa muito com desempenho, porém boa parte dos compradores preferem os carros da concorrência, o que dificulta suas vendas.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.