Hyundai i30 – Reclamações sobre caixa de direção, teto solar e câmbio automático

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O Hyundai i30 foi mais um Hatch médio vítima das SUVs, e acabou saindo de linha sem muito alarde, o modelo entregava tudo o que se espera da categoria: bom desempenho, sofisticação, segurança e design agradável.

Chegou ao mercado com preços competitivos, enfrentando de igual pra igual modelos mais consagrados como Focus, Golf e até o novato Cruze.

Hoje pode ser encontrado por preços convidativos, apesar de robusto é preciso cautela na hora da compra, nesse texto listamos os principais problemas e reclamações a respeito dele.

Lançado em 2009, o i30 fez sua fama no Brasil, desde o lançamento trazia ar-condicionado digital, rodas aro 17”, teto solar, airbags, ABS, câmbio automático ou manual e opcionais como bancos em couro e oito airbags.

O motor era o moderno 2.0 de alumínio de 16 válvulas, que rendia 145 cv e 19 kgfm de torque, apresentando uma aceleração de 0 a 100 km/h em 9,6s e velocidade máxima acima dos 200 km/h.

Comparado a boa parte de seus rivais, como Astra, Stilo e Golf mk4.5 apresentava bom desempenho e um consumo até que razoável, sendo mais parecido nesses quesitos com o Ford Focus mk2.5 e Chevrolet Cruze, que seria lançado somente em 2012.

Posteriormente receberia ainda os motores 1.6 aspirado, com 128 cv, que tinha um desempenho tímido comparado ao 2.0 e o motor 1.8 de 150 cv com desempenho muito similar ao irmão de maior cilindrada.

Se você está pensando em comprar um i30, fique de olho nos seguintes pontos:

Versão 1.6 bebe igual e anda menos

A versão com motor 1.6 não foi muito bem recebida pelo mercado de usados, uma vez que tem desempenho inferior ao 2.0 e ao 1.8, mas o consumo pouco muda, não fazendo muito sentido escolhe-la na hora da compra.

Donos anteriores

Não vamos fingir que isso não é preocupante, o i30 de primeira geração (assim como o Golf) são queridinhos do pessoal da customização, isso por si só não é um problema, o problema é quando isso é mal feito, os pontos de maior atenção são o assoalho, caixas de roda e suspensão, que podem ter sido danificados por modificações na altura do veículo. Se não se sentir confiante, leve para um especialista avaliar o carro num elevador.

Caixa de direção elétrica tem problemas

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O acoplamento do motor elétrico com o eixo de transmissão para a cremalheira apresenta problema com frequência, devido ao desgaste prematuro. O desgaste é perceptível ao verificar folgas na direção ao girar o volante de um lado para o outro.

O reparo é barato, porém mecânicos mais leigos podem condenar a coluna de direção ou algum outro componente sem necessidade, aumentando bastante o orçamento.

Cuidado com o câmbio automático

O câmbio automático da primeira geração não é exatamente problemático, porém não são tão raros relatos de trancos nas trocas de marcha, que podem indicar desde um problema no sistema até uma manutenção negligente. Na dúvida teste o câmbio em todas as posições e preste atenção no comportamento.

Barulho no teto solar

O teto solar apresenta desgaste em alguns componentes, que geram barulhos na rodagem, especialmente com ele aberto. Ande com o carro em alguma rua esburacada e preste bastante atenção nos barulhos do teto.

Suspensão frágil

Especialmente na primeira geração, a suspensão do I30 não estava preparada para o terreno brasileiro, com buracos e lombadas a cada esquina, com isso o desgaste de componentes como buchas e amortecedores é acentuado.

Pneus de perfil baixo

Os pneus de perfil baixo, aliados às rodas 17” são suscetíveis a buracos, podendo se rasgar com uma certa facilidade, inclusive podendo entortar e até trincar as rodas. Verifique remendos nos pneus e soldas ou reformas nas rodas, pois se mal feitos podem colocar sua segurança em risco.

Peças um pouco caras

O preço das peças não é exorbitante, mas certamente não se equiparam ao preço de um popular, comparado a alguns dos rivais como Vectra e Golf, o preço delas é um pouco mais salgado.

Seguro caro

Assim como as peças, o preço do seguro é um pouco acima da média do segmento, especialmente se o seu perfil for mais perigoso, a média do seguro é na faixa dos R$ 3.000,00 podendo variar para mais e para menos.

Consumo elevado

O I30 tem um consumo razoável para a categoria, porém se comparado a carros de entrada ele é um baita beberrão, com médias de 8 km/l na cidade e 10 km/l na rodovia, com o motor 2.0 e câmbio automático de 4 marchas.

Quando aliado ao câmbio manual, as coisas melhoram, chegando aos 10 km/l na cidade e 12,5 km/l na rodovia.

Conclusão

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O i30 é um carro bonito, bem equipado e com desempenho bom, porém merece atenção na hora da compra, se estiver comprando um de primeira geração, opte pelo câmbio manual para evitar dor de cabeça e ter um consumo melhor e se possível pegue as versões mais completas, pois tem maior liquidez de mercado e valor de revenda melhor.

Nas versões posteriores, talvez seja uma boa evitar o 1.6, pois além do desempenho fraco, alto consumo, a tendência é de que os compradores potencias optem pelos motores maiores, afinal quem compra um i30 não deveria estar muito preocupado com consumo e preza mais por desempenho.

A mecânica quando bem cuidada é muito robusta e o carro é divertido de guiar, sendo uma boa opção de Hatch médio, caso esteja de mente aberta, vale a pena dar uma olhada no Ford Focus mk2.5 para comparar com a primeira geração do i30, já se quiser um de segunda geração, dê uma olhada no Golf TSI e no Cruze.

 

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.