As suspeitas dos funcionários da General Motors em Gravataí, interior do Rio Grande do Sul, eram bem fundamentadas, afinal. Após acordo com a montadora, a ausência de alguns movimentos pela empresa gerou preocupação na planta e agora se confirmam.

O complexo fabril gaúcho paralisou a produção dos modelos Chevrolet Onix e Onix Plus, que ficarão assim sem unidades construídas de 1 a 6 de maio, retornando somente no dia 7 deste mês que se inicia, segundo o site Automotive Business.

A paralisação aproveitou o feriado de 1 de maio e assim as linhas da GM ficarão paradas até a próxima terça-feira, com a confirmação do sindicato de que a montadora concedeu aos dois turnos de trabalho, o chamado “day-off”.

De qualquer forma, para os funcionários, a GM já vinha fazendo isso há meses, mas somente nas sextas-feiras, criando assim uma jornada de trabalho de quatro dias semanas, como acontece, por exemplo, na Europa.

O motivo da suspensão temporária da produção dos Onix e Onix Plus é a baixa demanda pela dupla de compactos da Chevrolet, que vendeu em abril exatamente 9.087 e 7.049 unidades, respectivamente.

Apesar de não serem números ruins para o mercado, são péssimos para a GM, que se acostumou com vendas mensais de 20 mil ou 22 mil unidades para o Onix em seus melhores dias e dimensionou Gravataí para 380.000 carros ao ano.

Com a concorrência mais forte, em especial do Polo, que já consegue virar de 10 mil a 12 mil carros mensalmente, o Onix perdeu espaço e agora os pátios da montadora estão cheios no Rio Grande do Sul, com o sindicato falando em 19 mil carros.

Atualmente 180.000 carros por ano podem ser feitos com os turnos atuais em Gravataí, mas mesmo isso já parece muito para a GM. Então, com um mês e meio de vendas nos pátios, a montadora precisa pisar no freio.

Para piorar, considerando o retorno, a operação da fábrica está exposta às calamidades que atingem o Estado nesse momento, inclusive com um fornecedor interrompendo suas linhas.