Mercedes-Benz Classe A – Problemas incluem suspensão dura e peças caras

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A Classe A já é uma veterana no mercado Brasileiro, e está em sua quarta geração, porém a segunda geração não veio oficialmente para cá.

Foi anunciada como uma “Mercedes popular”, estreando a marca da estrela no mundo dos compactos.

Com uma primeira geração no mínimo polêmica, é possível encontrar unidades usadas que partem dos R$ 15.000,00 e outras que passam dos R$ 150.000,00.

Se você está pensando em comprar uma Classe A, fique de olho nos principais problemas e reclamações que vamos trazer no nosso texto de hoje.

Mas será que é uma boa idéia? Fizemos esse texto para mostrar os principais problemas e reclamações do modelo.

Lançada no final da década de 90 no mercado mundial, a primeira geração tinha um design diferenciado do que se tinha no mercado da época, além de um projeto moderno, com itens até então inéditos ou pouco comuns no Brasil.

A primeira geração veio para o Brasil com o motor 1.6 de 99 cv e 15,3 kgfm de torque e o motor 1.9 de 125 cv com 18,4 kgfm de torque.

Com o motor 1.9 a aceleração de 0 a 100 km/h é em 9,4s e velocidade máxima é de 190 km/h.

A terceira geração veio com o motor 1.6 turbo de 156 cv e 25,5 kgfm de torque e com o motor 2.0 turbo de 211 cv e 35,7 kgfm de torque.

Com o motor 2.0 turbo a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 6,6s e a velocidade máxima é de 240 km/h.

A quarta geração tem motor turbo 1.3 de 163 cv e 25,5 kgfm de toque e o motor 2.0 turbo de 224 cv e 35,7 kgfm de torque.

Com o motor 2.0 turbo a aceleração de  0 a 100 km/h é feita em 6,2s e a velocidade máxima é de 250 km/h.

Em todas as gerações tem uma boa lista de opcionais e itens de segurança, parecendo ser uma boa opção de compra. Mas será que é mesmo?

Abaixo estão os principais problemas e reclamações do modelo.

Polêmico teste do Alce e recalibragem da suspensão

Pouco após o lançamento da primeira geração, entidades Europeias realizaram o “teste do Alce”, que nada mais é que uma manobra em alta velocidade simulando um desvio de um obstáculo na rodovia (como um Alce).

O carro capotou no teste e em simulações feitas pela própria Mercedes , que corrigiu o problema, mas não conseguiu recuperar 100% da confiança do mercado.

À essa altura, já haviam algumas unidades vendidas globalmente, que foram recompradas pela montadora.

Para acabar com a má fama, a Mercedes equipou o compacto com o que tinha de mais moderno no quesito estabilidade, controle de tração, estabilidade, ABS e EBD.

Além disso, toda a suspensão foi repensada, o que melhorou a estabilidade, mas gerou o problema a seguir.

Suspensão dura

A suspensão recalibrada ficou dura e sacrificou o que seria um dos pontos fortes do modelo: o conforto.

O conjunto parece ter ficado um pouco mais frágil (em especial por causa das péssimas ruas brasileiras), então vale a pena um check-up na suspensão antes da compra.

Primeira geração vendeu pouco

Em seus mais de 6 anos no mercado, a Classe A vendeu menos de 65.000 unidades.

Com poucas unidades vendidas (e menos ainda rodando atualmente), as peças de reposição são difíceis de encontrar e o mercado de usados não aceita muito bem o modelo.

Coxim da primeira geração dura pouco

Os coxins são peças muitas vezes esquecidas, pois em muitos modelos eles duram muto, com a Classe A não é bem por aí.

Diversos relatos de troca recorrente dos coxins do motor a cada 50.000km ou menos.

Os sintomas do problema são trepidações e barulhos no cofre com o carro parado e barulhos ao arrancar e trocar de marcha, por exemplo.

Peças caras

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Esse ponto vale para todas as gerações.

Mesmo encontrando um carro barato, as peças originais continuam caras, não se esqueça que é uma Mercedes.

Se optar pela compra, compre uma conservada, sem nada para fazer, caso contrário a conta pode sair bem cara no final.

Consumo elevado da terceira e quarta geração

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Normalmente quem compra uma Mercedes muitas vezes não liga para consumo, mas desde as versões de entrada (A200), em especial com o motor 1.6 e 2.0 o consumo é bem alto.

Relatos de consumo urbano na casa dos 7 km/l com etanol são comuns, e o consumo rodoviário na casa dos 9 km/l.

Cuidado com o câmbio automatizado das novas gerações

Apesar de não existirem muitos relatos de problemas graves no câmbio automatizado das Classe A, eles existem.

Mesmo não sendo problemático, o conjunto sofre desgaste e, uma hora ou outra, os componentes precisam ser trocados.

Atenção a marchas patinando ou sendo retidas e trancos nas trocas de marcha.

Carro “fumando”

Se ao acelerar fundo e depois tirar o pé o carro soltar qualquer fumaça pelo escapamento ou subir um cheiro de óleo queimado, provavelmente a turbina está danificada.

O problema é raro, mas quando ocorre é bem caro para arrumar, se não estiver confortável para realizar o teste, leve em uma oficina especializada.

Carro barulhento

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Surpreendentemente, há um grande número de relatos de ruído interno elevado no classe A das novas gerações, o que não é esperado para um carro da Mercedes.

Os principais focos de barulho, segundo os donos, são nas portas, no painel e no teto.

Seguro e IPVA das novas gerações

Veja bem os valores de seguro e IPVA antes da aquisição.

Muitas vezes o carro está relativamente barato, mas nem a seguradora, nem o governo ligam pra isso, o valor cobrado por eles será o mesmo de uma unidade mais cara, de mesmo ano/modelo.

Conclusão

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A Classe A de primeira geração foi um bom carro, que não foi bem aceito pelo mercado nacional, o que acabou o comprometendo.

Foi um carro a frente do seu tempo, pelo menos no segmento de compactos, porém ele envelheceu mal.

Peças caras, carros abandonados e donos negligentes fazem da compra de um Classe A de primeira geração uma má escolha.

Já as terceiras e quarta gerações estão em outro patamar, já no mesmo nível de outra Mercedes.

Vale a recomendação de sempre, procure carros com procedência, leve a um especialista da marca para avaliar e procure com calma por uma unidade perfeitamente preservada.

Seguindo esses passos e tendo em mente que é uma Mercedes e que vai sim dar mais gastos que um carro nacional de mesmo valor, a Classe A pode ser uma boa escolha, pois traz segurança, conforto e desempenho acima dos concorrentes nacionais de mesmo segmento.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.