Nissan Frontier – Reclamações focam nas cruzetas, turbo e sensores com defeito

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A Frontier é uma picape média que vem deixando seu legado no mercado brasileiro, e não só pelo fatídico comercial dos pôneis malditos (você ainda se lembra dele?), como também pela rivalidade com Hilux, Ranger e S10.

Se você está pensando em comprar uma, fizemos esse resumo com as principais reclamações e defeitos do modelo.

Lançada no Brasil há mais de 20 anos, ganhou fama de robusta e durável, teve ao longo dos anos diversas configurações e motores, sendo os mais notáveis o 2.5 turbodiesel com 144 cv e o 2.3 também turbodiesel com 190 cv e consideráveis 45,9 kgfm de torque e 0 a 100 km/h em cerca de 12s.

Estando há um bom tempo no mercado, é possível encontrar versões para todos os gostos e todos os bolsos, desde as mais “peladas” que contam somente com direção hidráulica e sem muitos opcionais, até mais completas com ABS, Airbag, Ar-condicionado.

As mais novas também são mais silenciosas e confortáveis, aliando bom consumo, desempenho e conforto.

Isso faz o modelo uma boa opção para diversos públicos, mas quais são seus defeitos e as principais reclamações dos proprietários?

Cruzetas desgastadas e com folgas

As cruzetas fazem parte do sistema de transmissão e são ligadas ao cardã, o mau uso da transmissão, como arrancadas bruscas, fazem com que se desgastem com facilidade e criem folgas, o principal sinal de desgaste é o barulho de estalo e a vibração em alta velocidade.

Verifique as condições dos freios

Se tratando de um carro grande e pesado, os freios sofrem desgaste acentuado, como a troca de discos e pastilhas pode sair na faixa dos R$ 2.000,00, verifique o estado do conjunto antes da compra.

Turbo e sensores defeituosos

Apesar dos turbos aplicados na Frontier não serem defeituosos, muitos já estão bem rodados e alguns passaram na mão de donos relaxados e negligentes, verifique a presença de fumaça de óleo queimado.

Nas unidades equipadas com o motor de 190 cv, houve um defeito crônico no sensor de temperatura do turbo, que pode sair bem caro, o sinal mais claro de defeito é o baixo desempenho do motor e luz de avaria no painel.

Desempenho do câmbio

As trocas de marcha do câmbio automático são um tanto quanto lentas, mesmo nas versões mais modernas podem desagradar alguns compradores mais exigentes.

Curso dos amortecedores traseiros

Ao passar com a picape em desníveis e lombadas, principalmente com ela carregada, o amortecedor costuma dar fim de curso e apresentar batidas secas e, no longo prazo, essas batidas danificam o sistema de suspensão.

Poucos itens de segurança nas versões de entrada

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Mesmo algumas versões mais novas só trazem 2 airbags nas versões de entrada e só trazem airbags complementares nas versões mais completas, as concorrentes costumam ser mais completas nesse quesito.

Não tem módulo da subida dos vidros

Não vem como item de série o módulo de subida de vidro na chave, é um opcional muito procurado no mercado e poderia vir em todas as versões.

Seguro caro

As picapes costumam ter a fama de seguros caros, no caso da Frontier isso é bem verdade, o seguro para ela na maioria dos casos parte dos R$ 3.000,00, e em muitos casos ultrapassa esse valor, faça a cotação do seguro antes de comprar uma.

Recalls

  • Unidades produzidas entre 2016 e 2017, foram convocadas para inspeção e eventual troca do parafuso de fixação da coluna de direção, que em casos mais graves podem causar um acidente.
  • Unidades produzidas entre 2022 e 2023, foram convocadas para inspeção e eventual troca dos parafusos de fixação das pinças de freio, que em casos extremos, pode causar redução eficiência dos freios.
  • Unidades produzidas em 2022 apresentam possível falhas nos bicos injetores, que precisam ser inspecionados e eventualmente substituídos, para evitar mal funcionamento do motor.
  • Unidades produzidas entre 2015 e 2016 foram convocadas para a troca do insuflador do airbag, que pode disparar pedaços metálicos ao ser acionado em caso de acidente.

Conclusão

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A Frontier é uma ótima opção de compra no mercado de usados, pelo custo benefício e robustez, o maior problema são a falta de opcionais nas versões de entrada, o que pode desagradar o comprador a depender do perfil e uso do carro.

Itens de segurança também são raros nas versões de entrada.

Cuidado com unidades mal cuidadas, apesar de não ser recorrente, as manutenções são caras e algumas peças difíceis de encontrar, itens de transmissão como câmbio e cruzetas merecem atenção especial, assim como a suspensão traseira.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.