Fiat Doblo – defeitos e problemas

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Durante 20 anos, a Fiat Doblò fez parte da vida de muita gente e também das dores de cabeça, já que em duas décadas, a multivan da marca italiana acumulou uma infinidade de defeitos e problemas.

Eles vão desde as péssimas mecânicas da GM e Tritec, quer dizer, E.torQ, até sua carroceria volumosa que simplesmente não aceita as portas que tem, piorando ainda quando o assunto é maçaneta.

Com barulhos por todos os lados, bancos que rangem, portas desalinhas, suspensão traseira ruidosa, embreagem defeituosa e defeitos graves na pintura, a Fiat Doblò teve a proeza de durar 20 anos com tantos problemas.

Tendo o mercado as menos confiáveis multivans francesas, sobrou para a Doblò a oportunidade de reinar num segmento que se apoiava na popularidade da Fiat e em sua extensa rede de concessionários, com mais de 600 pontos de atendimento.

Ainda assim, conforme se vê em relatos pela internet, muitas vezes a própria rede Fiat avariava os veículos que deveriam consertar…

Assim, a Doblò coleciona tantos defeitos e problemas que em muitos relatos, a impressão é de que os carros eram das versões comerciais, como a Cargo, dada a quantidade de quebras, talvez evidenciada pelo uso intensivo. Só que não… Boa parte era da versão Adventure.

Com isso em mente, quem quer ter uma Fiat Doblò precisa saber em que terreno está pisando, porque foram poucos os relatos de ausência de defeitos e problemas crônicos.

Então, confira abaixo os relatos de defeitos e problemas da Fiat Doblò:

Bomba dágua e bobina eletrônica

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A mecânica da Fiat Doblò passou basicamente por duas fases, sendo a primeira com motor GM Família I 1.8 e a outra com o E.torQ 1.8 da Fiat (na verdade, anteriormente era da Tritec), com o Fire 1.4 indo do início até quase o fim da carreira do modelo.

No motor GM, são clássicos alguns defeitos e problemas crônicos como a bomba d’água que falhou em várias unidades da Doblò, com relatos de baixa e alta quilometragem, não sendo necessário ser muito rodado o carro para ter esse “B.O.” na mão.

A Família I também é conhecida por problemas na bobina eletrônica do 1.8 e afetou muita gente com a multivan da Fiat, assim como os muitos problemas de injeção, alguns ocorrendo antes mesmo da primeira revisão, com 8.000 km, por exemplo.

Nesse caso, o proprietário limpou os bicos com essa quilometragem, sendo muito cedo para se fazer isso. Também existem relatos de quebra da caixa do radiador, vazamento em retentores de óleo e na tampa de válvulas.

Também a quebra precoce dos coxins do motor 1.8 era outro acontecimento na vida de muita gente dona da Doblò, porém, poucos relatos falam de problemas com o Fire 1.4 8V e mesmo com o E.torQ 1.8, ainda que existam reclamações de falta de força e alto consumo.

No câmbio, a Doblò sofreu com problemas especialmente na embreagem, desde o pistão do acionador hidráulico até mesmo platô e disco, com trepidação em seu acionamento.

Muitos trocaram a embreagem bem antes do tempo, alguns antes dos 50.000 km. O engate de marchas também é criticado por alguns, assim como os vazamentos de combustível no sistema de partida a frio da versão flex.

Freios e suspensão ruins

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Muitos donos de Fiat Doblò reclamam de defeitos e problemas na suspensão da pequena van comercial italiana, que pode levar de 5 a 7 pessoas, dependendo da configuração.

O desgaste prematuro dos discos de freio dianteiro é apontado por muitos donos, assim como também por reparadores, com a troca de discos sendo feita muitas vezes antes de 20.000 km ou na metade dessa quilometragem.

Também reclamam muito da suspensão traseira, onde as buchas que servem ao conjunto de feixes de mola semielípticas do eixo traseiro rígido, fazem barulho e precisam ser trocados com certa constância.

O eixo traseiro também é apontado como fator para desgaste de pneu e o conjunto dianteiro também apresenta desalinhamento constante.

Portas que se desalinham com facilidade

A maioria das reclamações da Fiat Doblò, relativos a defeitos e problemas, se concentra na estrutura monobloco de aço estampado, que possui portas laterais corrediças e portas traseiras de abertura até 180 graus.

Os relatos falam que as portas corrediças desalinham com facilidade e atingem a carroceria, avariando a pintura e a lataria quando ocorre e isso pode acontecer aos 2.000 km de uso ou acima de 200.000 km.

Não importa a quilometragem, na Doblò, as portas laterais vão desalinhar algum dia e a troca dos trilhos dos carrinhos, como alguns chamam, é cara e não resolvem totalmente a coisa, já que tem gente que viu as portas caírem duas vezes após correção.

Da mesma forma, as portas traseiras sofrem, mas pelo peso do estepe da versão Adventure, ainda que haja relatos de donos das demais versões que reclamaram das travas das portas traseiras, que se abrem em movimento.

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Se a Doblò é Adventure, praticamente quase todos tiveram problemas com o peso do pneu sobressalente, algo que a Fiat parece não ter considerado quando lançou essa proposta.

Fora isso, existem mais dois defeitos da Doblò relacionados, sendo as maçanetas um deles, pois, muitos dizem que elas são muito frágeis e quebram com frequência.

Um proprietário disse que quando comprou sua Fiat Doblò Adventure zero km, três das cinco maçanetas já estavam quebradas…

Também se reclama dos vidros laterais corrediços, que fazem barulho e são duros de mover.

Por fim, a pintura que começa a estourar com menos de 2.000 km, só perde para os limpadores (palhetas) que duram apenas 200 km…

Fiat Doblo – recall

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A Fiat Doblò teve quatro recall ao longo da vida, mas eles são recentes em relação à idade do modelo no mercado nacional, com a primeira sendo uma troca da engrenagem da primeira marcha do câmbio para veículos feitos entre 1 de fevereiro de 2012 e 22 de fevereiro de 2014.

Outro recall foi do alternador do motor dos modelos fabricados com ano/modelo 2016 e 2017, sendo efetuado a sua substituição.

A substituição da bobina do motor E.torQ para os modelos 2016 e 2017 também foi executada, bem como a troca dos airbags mortais da Takata para a Doblò feita entre 2013 e 2018, sendo essa importantíssima, por colocar a vida do motorista e passageiro dianteiro em risco numa colisão.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X