Mazda RX7: o icônico esportivo japonês com motor rotativo

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O Mazda RX7 é um dos esportivos mais icônicos já fabricados pela indústria automotiva japonesa, sendo reverenciado por uma legião de entusiastas pelo mundo e também foi o carro do personagem de tokusatsu Jaspion.

Tendo sido produzido entre 1978 e 2002, o RX7 teve três gerações e a última teve unidades comercializadas entre 1993 e 1994, somando um número indeterminado, visto haver unidades de importação independente.

O cupê esportivo japonês é quase uma lenda viva, por encarnar em seu coração um motor único, usado apenas por outra marca no mundo, a alemã NSU, o motor rotativo do também alemão Felix Wankel.

Com dois rotores em linha em formato de embolo, o rotativo Wankel do Mazda RX7 tinha dois turbos, sendo um de baixa e outro de alta rotação, num propulsor conhecido por excelente resposta e alto giro.

Tendo transmissão manual de cinco marchas, peso adequado e uma dinâmica de condução para amantes de performance, o RX7 foi um grande sucesso de mais de 68,5 mil unidades na terceira geração.

Mazda RX7 – detalhes

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A terceira geração do Mazda RX7 surgiu como um carro esportivo muito mais refinado que as duas gerações anteriores, com a primeira sendo um cupê elegante, que no Brasil ficou famosa no seriado Jaspion, que passou na TV Manchete a partir de 1988.

Já a segunda geração, diferente da primeira, tinha linhas mais arredondadas e parecia mais um Porsche 928 japonês, não tendo o mesmo volume de vendas, com 272.027 a partir de 1985, enquanto o de 1978, vendeu em igual ciclo de vida, nada menos que 471.018 exemplares.

Na terceira geração, o Mazda RX7 tinha linhas mais sinuosas e atraentes, mantendo os clássicos faróis escamoteáveis que deixavam a frente lisa e limpa, tendo ainda os piscas ovalizados e apenas três pequenas entradas de ar frontais, sobre um spoiler saliente em preto.

As laterais esculpidas exibiam saídas de ar nos para-lamas dianteiras e enormes portas sem quebra-ventos falsos e com maçanetas embutidas, refletindo o estilo da época, de grande área envidraçada.

Com cabine estreita, os retrovisores eram apoiados sobre a carroceria e eram bem aerodinâmicos, enquanto a traseira exibia a tradicional vigia curvada que dominava a tampa traseira, com acesso ao diminuto porta-malas de 160 litros.

Sobre a tampa, um pronunciado aerofólio fixo com linhas suaves e que se conectava visualmente ao conjunto ótico traseiro de lentes integradas, numa época muito distante da moda atual.

O para-choque era esculpido na massa sinuosa da carroceria, criando um visual único, admirável aos olhos mais atentos.

Com rodas de liga leve aro 16 polegadas de poucos raios para ajudar na redução de peso e na refrigeração dos discos de freio, o Mazda RX7 era calçado com pneus 225/50 R16.

No teto, havia uma abertura solar feita com a própria lataria, enquanto o interior tinha espaço para duas pessoas em bancos envolventes e revestidos em couro, tendo ainda apoios de cabeça integrados.

O painel era envolvente e bem completo, com cluster analógico, tendo mostradores circulares de velocímetro, conta-giros, nível de combustível, temperatura da água, pressão do óleo e luzes espia, além de hodômetros.

O volante de três raios tinha airbag e contava com comandos do piloto automático na lateral, além de revestimento em couro.

Mais abaixo, os pedais eram de alumínio e de visual esportivo, enquanto o túnel central elevado permitia a passagem do eixo cardã para se alcançar o diferencial traseiro.

Havia apoio de pé e coluna de direção regulável, enquanto o console central contava com comandos elétricos dos vidros das portas e do teto solar, bem como a alavanca de câmbio curta e em couro, além do freio de estacionamento manual avançado.

O rádio era 1din com toca-fitas, enquanto o ar condicionado era manual. No lado do passageiro, o porta-luvas tinha botão de abertura e chave própria, com o compartimento superior tendo o airbag do passageiro.

Conheça também a história do Nissan 350Z.

Mazda RX7 – versões

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  • Mazda RX-7 1.3 Turbo Manual

Mazda RX7 – equipamentos

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Mazda RX-7 1.3 Turbo Manual – Motor 1.3 biturbo e câmbio manual de cinco marchas, mais rodas de liga leve aro 16 polegadas, pneus 225/50 R16, freios a disco nas quatro rodas, freios ABS e faróis escamoteáveis.

Bancos em couro, teto solar elétrico, vidros elétricos, travas elétricas, retrovisores elétricos, direção hidráulica, ar condicionado, volante e alavanca em couro, rádio toca-ficas, alto-falantes exclusivos, entre outros.

Mazda RX7 – preços

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  • Mazda RX-7 1.3 Turbo 1994 – R$ 58.892*
  • Mazda RX-7 1.3 Turbo 1993 – R$ 51.247*

(*) Preço da tabela Fipe – março/2023.

Mazda RX7 – motor

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O motor do Mazda RX7 era o 13B na versão REW, um propulsor rotativo de dois rotores em linha de embolos triangulares, com válvulas especiais e quatro tempos de funcionamento.

Queimando gasolina, o propulsor tinha injeção eletrônica multiponto e quatro velas, além de 654 cm³ em cada rotor, totalizando 1.308 cm³ com uma taxa de compressão de 9:1.

Este 13B era sobrealimentado por dois turbocompressores, com um atuando até 4.500 rpm e o outro atingindo o giro máximo do motor de 8.000 rpm.

Assim, o rotativo Wankel do RX7 atingia 255 cavalos a 6.500 rpm e 30 kgfm a 5.000 rpm, garantindo assim uma longa faixa de atuação de força desde as primeiras rotações.

Com funcionamento suave, o Wankel do Mazda RX7 era controlado por uma caixa mecânica de cinco marchas com embreagem monodisco a seco de acionamento hidráulico.

Na mesma geração, mas já não sendo visto por aqui, o motor Mazda 13B alcançou ainda 265 cavalos e depois fechou o ciclo em 2002 desta geração com 280 cavalos.

O motor Wankel foi inventado pelo alemão Felix Wankel em 1957, com objetivo de equipar as motos da NSU, mas logo o motor passou a ser usado com um ou dois rotores nos carros da NSU, chegando ao sedã disruptivo Ro 80.

No final dos anos 60, a Mazda se interessou no motor rotativo alemão e o introduziu no Mazda Cosmo, passando a usá-lo em sedãs e outros tipos de carros até acabar caindo somente na linha de esportivos ao longo dos anos.

Na Mazda, o 12A foi o primeiro, seguido do 13B, sendo este produzido por mais de 30 anos, mas agora a marca prepara uma nova geração do motor rotativo para o próximo RX7 ou RX8.

Mazda RX7 – desempenho

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  • Mazda RX-7 1.3 Turbo Manual – 0 a 100 km/h – 5,3 segundos
  • Mazda RX-7 1.3 Turbo Manual – velocidade máxima – 250 km/h

Mazda RX7 – consumo

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  • Mazda RX-7 1.3 Turbo Manual – urbano – 4 km/l
  • Mazda RX-7 1.3 Turbo Manual – rodoviário – 7 km/l

Mazda RX7 – ficha técnica

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Motor 1.3B Biturbo 
Tipo
Número de cilindros 2 rotores em linha
Cilindrada em cm3 1308
Válvulas ND
Taxa de compressão 9:1
Injeção eletrônica Indireta, dois turbos
Potência máxima 255 cv a 6.500 rpm (gasolina)
Torque máximo 30 kgfm a 5.000 rpm (gasolina)
Transmissão
Tipo Manual de 5 marchas
Tração
Tipo Traseira
Direção
Tipo Hidráulica
Freios
Tipo Discos dianteiros e traseiros
Suspensão
Dianteira Braços sobrepostos
Traseira Braços sobrepostos
Rodas e Pneus
Rodas Liga leve aro 16 polegadas
Pneus 225/50 R16
Dimensões
Comprimento (mm) 4.295
Largura (mm) 1.750
Altura (mm) 1.230
Entre eixos (mm) 2.425
Capacidades
Porta-malas (L) 160
Tanque de combustível (L) 76
Carga (Kg) 190
Peso em ordem de marcha (Kg) 1.300
Coeficiente aerodinâmico (cx) 0,31
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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X