A nova S10 2025 não mudou de geração, mas foram tantas mudanças que alguns vão pensar que se trata de uma picape totalmente reformulada.
Sem dúvida, estamos vendo a reestilização mais profunda que o modelo já teve por aqui.
Já apresentada ao público, a picape começa a ser entregue em maio de 2024. Serão três versões, todas com visual renovado, motor mais potente, novo câmbio e diversos itens de segurança e conforto.
Mas quais são as vantagens e desvantagens da nova Chevrolet S10? Confira!
Vantagem #1 – Visual chamativo
A Chevrolet fez questão de ressaltar que a nova S10 não é um produto de nova geração, como dito acima, mas sim que a marca colocou na picape a maior reestilização que os brasileiros já viram.
Parte disso, é claro, está no visual. A dianteira foi totalmente renovada, com fortes inspirações nas irmãs Colorado e Silverado. Os faróis, por exemplo, estão numa posição mais elevada e são full-LED a partir da versão Z71, que é a mais barata até o momento.
A versão topo de linha High Country se destaca pelo extenso uso de cromados, especialmente na faixa central da grade. Essa mesma porção é pintada de preto na configuração Z71 ou na cor da carroceria na versão intermediária LTZ.
Na lateral, a picape mudou um pouco menos, sem alterar as portas. Mesmo assim, ela tem novos para-lamas e ostenta novas rodas de 18 polegadas, com pneus de uso misto na versão mais barata e uso urbano nas outras duas opções da gama.
Chegando na traseira, a nova S10 também será facilmente reconhecida nas ruas. Ali estreiam lanternas mais chamativas, tampa da caçamba com o nome da marca em destaque e também com descida suavizada por amortecedores, o que é uma ótima notícia.
Falando sobre a caçamba, a picape da Chevrolet carrega 1.000 kg ou 1.329 litros, além de ter uma capacidade de reboque de 2.850 kg. Os primeiros compradores ainda receberão o protetor de caçamba e divisórias como brinde.
Ainda que a marca tenha dado bastante destaque para a versão mais equipada no lançamento da S10, vale citar que a opção mais barata Z71 tem um visual bem chamativo, assim como já estávamos acostumados.
Ela troca os cromados da High Country por elementos pintados em preto brilhante, o que inclui até as maçanetas. Suas rodas, que também são de 18 polegadas, tem visual exclusivo. Finalmente, a carroceria ainda tem o nome da versão na lateral, estribos e um santantônio exclusivo da versão.
Em resumo, agora a S10 tem um visual que deve atrair compradores para as concessionárias da marca, especialmente pela inspiração em modelos mais refinados da marca.
Vantagem #2 – Mais potente e econômica
Não é só de visual que vive um lançamento. Sabendo disso, a Chevrolet caprichou nas alterações mecânicas e em outras que não são vistas, mas que certamente serão muito apreciadas por quem andar na novidade.
Sobre o motor, a marca ressaltou que foram 39 atualizações, o que permite dizer que temos uma nova geração do propulsor 2.8 Duramax debaixo do capô. Entre elas, a Chevrolet citou o coletor, turbina e outros.
Com isso, o 2.8 turbodiesel saltou de 200 para 207 cavalos, enquanto o torque foi de 51 para 52 kgfm. Pode parecer pouco, mas esses 7 cv e 1 kgfm adicionais deixaram a picape mais interessante e com desempenho superior.
O motivo, é claro, passa pelo novo câmbio automático de 8 marchas, da ZF. Ele contribuiu diretamente para que a aceleração de 0 a 100 km/h baixasse de 10,4 para 9,4 segundos, deixando a picape em pé de igualdade com suas principais concorrentes.
Outra boa notícia é que o conjunto ficou mais econômico: sempre movida apenas a diesel, agora a nova S10 faz 9,5 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada. Antes, o modelo tinha médias de 8,4 km/l em trechos urbanos e 10,2 km/l nos trechos rodoviários.
Além de tudo isso, a marca também melhorou o isolamento acústico da picape, recalibrou a suspensão e colocou novas molas e amortecedores.
Vantagem #3 – Novos equipamentos
Depois de falar do que mudou no visual e na parte mecânica, que são grandes vantagens da nova S10, também precisamos destacar o que mudou em sua lista de equipamentos.
Até o momento, a Chevrolet anunciou que a novidade terá três versões: a opção de entrada Z71 custará R$ 281.190, a versão intermediária LTZ será vendida por R$ 292.800 e a topo de linha High Country chegará por R$ 302.900.
Assim como outras marcas fazem em seus lançamentos, a montadora norte-americana não alterou os preços da picape. Isso deve ser mais um atrativo no início de suas vendas, mas é claro que os valores vão subir posteriormente.
Detalhando as versões, a opção Z71 vem com seis airbags, painel digital de 8″, novo MyLink de 11″ (com Android Auto, Apple CarPlay e Wi-Fi), câmera de ré, faróis full-LED, lanternas em LED e faróis de neblina em LED, volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade, chave presencial e rodas aro 18.
Pulando para a versão LTZ, ela ganha alerta de saída de faixa, alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, farol alto automático, banco do motorista com ajustes elétricos, A/C digital, retrovisor eletrocrômico, carregador por indução, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, partida remota e sensor de chuva.
Finalmente, a mais cara High Country tem alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro, controle de oscilação de trailer e reboque, descansa-braço traseiro e visual exclusivo.
Deu para perceber que as principais adições foram nos itens de assistência ao condutor, aumentando o nível de segurança da picape. Isso sem contar itens básicos que ela não tinha, como ajuste de profundidade na coluna de direção.
Desvantagem #1 – Está faltando alguma coisa…
Nenhum lançamento agrada totalmente, e isso não foi diferente em relação à nova S10. E para citar algumas desvantagens dessa picape, vamos continuar falando sobre seus equipamentos, ou melhor, os itens que ela não tem.
As principais faltas serão sentidas na versão High Country que, apesar de ter mantido o preço, ainda é uma picape que passa dos R$ 300 mil.
Começando pelo visual, a marca caprichou nas luzes em LED, mas manteve as setas com lâmpadas halógenas. Nas lanternas, apenas a assinatura visual é em LED.
Outra mancada é ter apenas uma zona no ar-condicionado, que também não tem saída para o banco traseiro. Em carros maiores, e voltados para famílias, isso acaba fazendo falta.
Por dentro, o passageiro dianteiro não tem ajustes elétricos em seu banco, algo que poderia aparecer pelo menos na versão mais cara. E apesar do nível de segurança e conforto ter aumentado, a S10 ainda não oferece o piloto automático adaptativo, uma tecnologia cada vez mais comum por aqui.
Outro ponto negativo em sua lista de equipamentos está na falta de mais câmeras, nas laterais ou na dianteira. Ainda que os sensores dianteiros ajudem bastante, uma picape desse porte merecia mais ajudas para estacionar.
Também é preciso destacar que o acabamento melhorou, mas ele não é o grande atrativo do interior. Algumas partes seguem com o plástico rígido, e isso em todas as versões. A iluminação interna também poderia ser melhor, pois não existem luzes no porta-luvas ou quebra-sol.
Na caçamba aparece o último aspecto negativo da lista de equipamentos, que não traz protetor em nenhuma versão.
Apenas as primeiras unidades terão esse item, mas como um brinde para o primeiro lote.
Desvantagem #2 – Linha muito enxuta
Até o momento, a Chevrolet anunciou que a S10 2025 será oferecida em três versões (Z71, LTZ e High Country), todas com cabine dupla. É claro que isso pode mudar no futuro, mas por um tempo a picape terá uma linha muito pequena.
Todas essas configurações são voltadas para o uso urbano, o lugar onde as picapes aparecem mais nos últimos anos. Enquanto isso, suas rivais seguem com versões menos equipadas e mais baratas para quem precisa de um carro desse porte para o trabalho.
A Hilux STD Power Pack custa R$ 242,6 mil e tem cabine dupla, sem contar as versões cabine simples (R$ 226,8 mil) e chassi (R$ 219 mil). Já a Ranger tem as opções XL e XLS com motor 2.0 (R$ 240 mil a R$ 260 mil), além da XLS V6 (R$ 280 mil).
A mais barata da turma, porém, continua sendo a Titano Endurance MT, que custa menos de R$ 220 mil.
O que pode mudar isso é a nova versão S10 WT, que chega para substituir a antiga LS.
As primeiras informações indicam que ela será lançada em versões chassi, cabine simples e cabine dupla, com câmbio manual de seis marchas ou automático de oito velocidades.
A principal diferença para as outras versões estará no visual, que terá aquele aspecto mais simples com para-choques, capas de retrovisores e maçanetas sem pintura, rodas mais simples, entre outras alterações.
Mesmo assim, o motor 2.8 turbodiesel seguirá o mesmo, com 207 cv e 52 kgfm. Além disso, ela deverá vir com seis airbags, controle de tração e estabilidade, ar-condicionado, central multimídia e vidros elétricos.
Desvantagem #3 – Qual será seu lugar no mercado?
A Chevrolet S10 é uma das picapes mais tradicionais em nosso mercado, conquistando uma legião de fãs que não abrem mão desse modelo ao comprar um veículo do segmento. Mas qual será o posicionamento atual dela após tantas novidades?
No lançamento de algumas rivais, isso ficou claro desde o começo. A Ranger, por exemplo, continua oferecendo uma gama mais extensa, incluindo versões para o trabalho. Mas ela virou referência pelo nível de conforto e tecnologia.
Nas versões mais caras, a picape da Ford oferece lanternas em LED, multimídia de 12″, Ford Pass, ar dual zone, airbag de joelho, leitor de placas, painel de instrumentos de 12,4″, piloto automático adaptativo e câmera 360º, itens que a S10 não tem.
Mas se a sua preferência for pela picape mais barata, a Titano é a compra certa. Ela parte de R$ 219.990 na versão para o trabalho, mas mesmo nas configurações para uso urbano, seu preço fica entre R$ 239.990 e R$ 259.990.
Ou seja, a S10 não tem o refinamento da Ranger mais cara e nem o preço tão chamativo da Titano. Isso não quer dizer que ela esteja perdida no segmento, mas sim que a Chevrolet precisará de outros argumentos de venda.
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