Se você tem 35, 40 anos, ou mais, certamente já ouviu alguém falando de carro com câmbio “hidramático”.
Antigamente, as pessoas davam este nome a câmbios automáticos. Mas será que existe alguma diferença entre os dois nomes de câmbio?
Na verdade, não. O câmbio Hydra-Matic equipava os carros americanos da marca Oldsmobile, sendo que sua produção começou em março de 1939, equipando os carros 1940.
Um exemplo desses modelos foi o Oldsmobile Rocket 88, que foi lançado em 1949 com motor V8 de 4,9 litros e 135 cavalos de potência.
Foi o primeiro câmbio totalmente automático produzido em massa no mercado automotivo mundial, em se tratando de carros leves de passageiros.
Estes carros importados dos anos 40 eram comuns no mercado brasileiro até a década de 1960. Por isso o termo se popularizou.
O impacto do nome do câmbio do Oldsmobile foi tão forte no mercado que seu nome virou sinônimo de câmbio automático, assim como acontece com produtos muito famosos como Gillette ou Xerox.
Ainda no ano de 1940, o câmbio Hydra-Matic passou a ser oferecido como um equipamento opcional no Oldsmobile daquele ano, por um preço adicional de 57 dólares nos modelos Oldsmobile e 125 dólares para os carros da Cadillac, mais luxuosos e caros.
Estes valores equivalem a cerca de 1.900 a 2.400 dólares hoje em dia.
Para se ter uma ideia de quão robusto esse câmbio era, ele chegou a ser usado em milhares de tanques leves do exército dos EUA, usados na Segunda Guerra Mundial, os chamados M5 Stuart, de 12 toneladas.
Esses tanques tinham motor radial de 7 litros e uma alta potência para a época, de 262 cavalos.
No ano de 1948, os câmbios Hydra-Matic apareceram como opcional para os carros da Pontiac. As outras marcas do grupo, Buick e Chevrolet, preferiram desenvolver suas próprias caixas automáticas, chamadas de Dynaflow e Powerglide.
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