O Passat tinha sido um grande sucesso de vendas no Brasil, nos anos 70, tendo sido vendido de 1974 até o ano de 1988, como modelo 1989.
Foram mais de 670.000 unidades produzidas nas décadas de 70 e 80.
Então, foi muito bem recebida pelo mercado a notícia de que ele voltaria ao Brasil, como importado, em 1995.
Vamos falar um pouco do Passat alemão neste seu primeiro ano, em seus detalhes, versões, e preços.
Chegada ao Brasil em quatro versões
O Passat alemão chegou por aqui nas versões 2.0 e VR6, para o sedã, e nas mesmas versões no modelo perua, a Passat Variant.
O Passat 2.0 usava o mesmo simples motor que equipava o Golf da época, um 2.0 de quatro cilindros, oito válvulas e 115 cavalos.
Já a versão VR6 tinha um motor 2.8 de seis cilindros, 12 válvulas e 174 cavalos de potência.
O alto preço inicial
O modelo que brigava com o recém-lançado Vectra CD 2.0, tinha preço bem mais alto que o modelo da GM. O valor de 40.000 dólares ficava bem acima dos pouco mais de R$ 29.000 do Vectra.
Essa diferença acontecia por causa do aumento na alíquota de importação, que tinha passado de 32% para 70% de um dia para o outro.
Mas, nos equipamentos de série, o Passat levava vantagem, pois tinha airbag para o motorista, coisa que o Vectra não tinha.
Um desempenho modesto na versão de entrada
O Passat alemão 2.0 não rendia muitas emoções com seu simples motor 2.0 8v.
Ele tinha peso não muito leve de 1.298 kg, o que era bastante se comparado ao Vectra CD e também ao Daewoo Espero, um sedã coreano que tinha o mesmo conjunto mecânico do Vectra, e pesava apenas 1.125 kg.
A aceleração de 0-100 do Passat era uma vergonha: mais de 14,5 segundos. E a velocidade máxima ficava em 180 km/h, ao passo que o Vectra CD atingia 190 km/h.
Mais segurança para o segmento dos sedãs médios
O destaque do Passat era a segurança, como já citado, pois tinha airbag para o motorista.
O airbag para o passageiro dianteiro era um item opcional que podia ser encomendado.
O modelo importado também tinha barras de proteção contra impactos laterais e cintos de segurança com pré-tensionadores, coisa que os carros nacionais só veriam uns bons anos depois.
Os freios ABS também estavam no Passat alemão, mas infelizmente como equipamento também opcional.
Outro item interessante do Passat 95 era o EDS, um controle eletrônico de tração, que ajudava nas acelerações e saídas, mesmo com o modelo tendo modestos pneus de medida 195/60 14.
Feito para substituir o Santana GLSi
O objetivo da Volkswagen era substituir o Santana GLSi, versão topo de linha do sedã, pelo Passat, mas o aumento no imposto de importação complicou as coisas, e o Santana continuou firme por muitos anos, como sabemos, até 2006.
Ainda assim, o Passat alemão tinha a mesma garantia dos outros modelos nacionais da marca, de um ano sem limite de quilometragem e atendimento em qualquer concessionária do país.
Passat alemão 2.0 1995 – ficha técnica
Motor gasolina, dianteiro, 4 cilindros em linha, transversal, 1984 cm3, taxa de compressão 10,4:1, potência 115 cv a 5.400 rpm, torque 16,9 kgfm a 3.200 rpm.
Tanque 70 litros, porta-malas 393 litros, peso 1.298 kg, relação peso/potência de 11,2 kg por cv.
Suspensão dianteira independente McPherson com braços transversais e suspensão traseira interdependente com braços longitudinais.
Freios a disco ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira com ABS como opcional.
Direção hidráulica progressiva, rodas de 14 polegadas e tala 6 com pneus Goodyear 195/60R14.
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