Ford Ranger – defeitos e problemas

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A Ford Ranger é uma picape média que está em sua segunda geração no Brasil, lançada em 2012.

O modelo é fabricado na Argentina, em General Pacheco, e substituiu a geração anterior, que havia sido lançada em 1994. Com oferta de três motores e duas carrocerias, a utilitária da marca americana tem fama de robusta e confiável, mas será que tem muitos defeitos e problemas?

No caso da picape, alguns donos reclamam do alto consumo, mesmo na versão diesel e especialmente no motor de cinco cilindros 3.2 litros. Mas, além disso, existem queixas sobre problemas relacionados com o sistema de refrigeração, no caso da mangueira do radiador.

Também falam de panes elétricas, entre outros defeitos e problemas.

Confira abaixo os relatos registrados pelos donos da Ford Ranger na internet:

Motor fundiu

Alguns clientes da Ford reclamaram de vários defeitos e problemas da Ranger, mas dentre eles, o que realmente chama atenção é a quantidade de motores fundidos ou travados.

O motivo aparentemente é o sistema de refrigeração, onde relatos falam de rompimento de mangueira do radiador, ocasionando superaquecimento e o travamento do propulsor.

Num caso – que pode-se dizer que é raro, dada a gigantesca quantidade de reclamações de clientes de fabricantes de veículos – um dono de Ranger teve o motor fundido com apenas 55.000 km. O dono relatou que, apesar das 3 horas esperando na estrada, o serviço da Ford trocou o motor e custeou a mudança do documento.

Também cedeu um veículo igual por tempo indeterminado, entregue na casa do cliente, no interior de Minas até o conserto do veículo. Mesmo com o problema, ele se diz satisfeito. Porém, não é isso o que ocorreu em outros casos.

Um proprietário de Ranger teve seu carro com motor fundido aos 20.000 km, tendo esse sido trocado. Mas o carro anterior, outra Ranger, teve o motor travado aos 100.000 km e o problema não foi resolvido. Note que o cliente trocou de carro e teve o mesmo problema.

Outro motor travou com 44.000 km e segundo o dono, o problema sido com relação à mangueira do radiador que havia estourado. Mais um caso fala de motor “batendo” aos 48.000 km. Houve também um caso aos 20.000 km (sem danos ao motor) e outro aos 46.000 km, com fundição.

O dono de uma Ranger relatou que a mangueira estourou, mas ele conseguiu evitar problemas maiores. Mas, em outro caso, o proprietário de uma Ranger 2.2 viu a mangueira romper e o motor fundir.

O mesmo também teve problemas com a direção hidráulica, assim como nos freios e no sistema de limpeza do separador de partículas.

Nesse caso, o motor entrou em modo de segurança, não ultrapassando 2.000 rpm. Outro dono relatou que também teve problemas com o sistema de limpeza e filtro de partículas, que limita o giro do motor. Ainda em relação ao motor, um dono de Ranger 3.2 alegou que teve problemas com o funcionamento do turbocompressor, que acionava e desligava, fazendo o motor falhar.

O problema é que, com o giro limitado em modo de segurança, a Ford Ranger acaba tendo sua performance sacrificada. O mesmo em relação ao bloqueio de velocidade, no caso em 100 km/h, segundo um relato. O dono diz que pode surpreender o motorista numa ultrapassagem, correndo assim o risco de uma colisão.

Ainda na parte mecânica, um proprietário disse que sua Ranger 2.2 apresenta ruído excessivo e especialmente em rotações baixas. Noutro, o dono alegou rangido no motor, sem dar continuidade ao comentário, não sabendo se o mesmo foi resolvido ou não em garantia.

Consumo alto e outros problemas

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O consumo alto é outro dos defeitos e problemas da Ford Ranger, especialmente da versão Flex que, de acordo com um dono, faz de 2 a 4 km/l na cidade e 6 km/l na estrada, com gasolina.

No caso do motor diesel, um consumo relatado em motor 3.2 é de 6 km/l na cidade. Outro fala em média de 7,5 km/l (cidade/estrada), enquanto um terceiro aponta para 8,6 km/l. Outros apontam o consumo como um dos maiores pontos fracos da Ranger, embora a versão com motor 2.2 diesel seja a menos criticada nesse aspecto.

Alguns donos reclamam também de direção pesada, câmbio duro e embreagem de acionamento difícil. Há caso de problemas no acionador da embreagem, que foi corrigido sem troca de platô e disco, gerando desconfiança do cliente.

Apenas um dono falou que teve problemas com terminal de direção e caixa de direção, que foram trocados aos 21.000 km. O mesmo ainda relatou que o banco estava baixando sozinho, bem como luz do painel acesa por três vezes.

Três clientes alegaram condensação de água no sistema de ar-condicionado, acarretando em tapete encharcado. Um proprietário de Ranger 2.2 teve pane elétrica, enquanto outro teve pane em controles de tração e estabilidade, mas ele não disse se isso afetou sua segurança.

Numa Ranger 2.5, o motor apaga de repente e sem solução por parte da revenda, com o veículo sendo guinchado por duas vezes. Na revisão, a mesma disse que não havia problemas com o propulsor flexível.

Num dos cortes de funcionamento, o veículo parou na estrada e o proprietário disse que correu enorme risco com a família a bordo, podendo ter ocasionado um gravíssimo acidente.

Em termos de suspensão, uma Ranger 2.5 teve problemas com ruídos no conjunto, não sendo resolvido pela revenda. Daí, o dono por conta própria lubrificou as partes móveis com “vaselina líquida”.

Outro dono apontou para um problema no semi-eixo dianteiro esquerdo. Também há relato de “pinça” de freio dianteiro travado.

No caso dos amortecedores, uma Ranger 2.5 apresentou defeito nos dois dianteiros, trocados em garantia. Um segundo caso falou de troca de amortecedores dianteiros aos 30.000 km e outro aos quatro amortecedores trocados a 46.000 km. Um quarto alegou troca aos 40.000 km.

Apenas um dono de Ford Ranger 2.5 com ar-condicionado defeituoso aos 5.000 km, além de freios ABS problemáticos aos 8.000 km. Só aos 50.000 km, o mesmo teve defeitos na mangueira do radiador, travamento de velocidade e no separador de partículas.

Tudo isso apenas com um único cliente, que obviamente disse ter se sentido muito mal com a situação.

Defeitos elétricos e barulhos

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Alguns donos de Ford Ranger se queixam de defeitos nos vidros elétricos traseiros e do passageiro. Também dizem que a picape poderia ter vidros com controle remoto na chave. Também dizem que o painel faz barulho em pisos irregulares, assim como em aceleração e frenagem no caso do banco traseiro.

Um deles reclamou de problema no ventilador do ar-condicionado e no chicote da injeção eletrônica, no caso da Ranger 2.5. Outro alegou defeito na boia de combustível, que ficava travada.

No acabamento, uma Ranger apresentou três quebras de moldura do banco do motorista e outro diz que o banco do passageiro teve parte do acabamento desencaixado.

Muitos reclamam da falta de atenção em alguns detalhes do acabamento, assim como de suspensão que pula muito em pisos irregulares. Problemas de multimídia, sensores de estacionamento, pedal de embreagem, porta-luvas caído, tampa da caçamba sem trava e porta traseira desalinhada, estão entre outros itens apontados.

O tapete da Ford Ranger também é criticado, com alguns clientes dizendo que suja muito fácil e que escorrega, sendo necessária a compra de um produto mais barato e não homologado no mercado de autopeças.

Fora os defeitos e problemas relatados, alguns donos de Ford Ranger dizem que a rede de distribuidores da marca tem muitos problemas e até que mecânicos não possuem o conhecimento exato dos detalhes da picape, assim como apontam para um custo elevado de peças e serviços, que muitas vezes não correspondem ao que os proprietários esperam da assistência.

De todos os relatos, apenas um cliente se sentiu satisfeito com o atendimento. Existem diversas queixas sobre o mau atendimento da rede que, em alguns casos, fizeram com que os clientes da Ford Ranger se arrependessem de ter comprado o carro.

O caso do motor fundido gerou algumas trocas de motor sem custo adicional ao cliente, mas assusta o volume de motores quebrados, mesmo num volume considerável de vendas.

Apesar de todas as reclamações, a picape é apreciada por muitos que não relataram nenhum problema grave, mesmo com alguns já com alta quilometragem. No caso do câmbio automático, por exemplo, apenas um caso apontou lentidão nas respostas do sistema, sendo mais criticada a caixa mecânica.

[Fonte: Reclame Aqui/Clube da Ranger]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X