Veloster: polêmico e mal falado, por conta da potência

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Tão raro, tão polêmico e tão falado, o Hyundai Veloster, nasceu com o intuito de ser voltado para o mercado jovem, a chamada geração Y, ou millennials, que vivem conectados na internet o tempo todo.

Vamos agora ver tudo sobre o Hyundai Veloster.

Confira!

Veloster no Brasil – Motor de HB20

Quando fora lançado no Brasil, em meados de 2011, o Veloster era anunciado como um carro conceito de rua. Já que era bem fiel ao modelo que lhe deu origem. Dividindo a mesma base com o i30, um hatch de sucesso relativo no mercado nacional, o Veloster tinha a missão de se tornar o carro de imagem no Brasil.

Já na parte mecânica, segundo a Hyundai o modelo vinha equipado com um moderno motor 1.6 GDI com injeção direta, oferecendo 140 cavalos e 12,5 kgfm de torque, o que fez com que muitas pessoas fossem apressadamente as concessionárias da Hyundai atrás do modelo esportivo.

Logo após sua rápida ascensão no mercado, uma revista especializada, decidiu levar um Veloster para um dinamômetro – equipamento que é utilizado para se medir a real potência e torque dos carros, e para a surpresa dos editores e em breve de toda a mídia, o baque veio.

O motor tinha apenas 128 cavalos, o que não deixa de ser exatamente ruim, mas convenhamos que na época, pagar por um carro na casa dos R$ 80 mil com o mesmo motor de um compacto da mesma marca que tinha preços iniciando na casa dos R$ 40 mil, não era bem o que os consumidores queriam.

Muitos se queixaram por ter levado para casa um carro de categoria superior, com acabamento premium, com até taxa para cores, como era o caso da cor branca, onde em alguns casos, concessionárias chegavam a pedir mais de R$ 5 mil pela cor, com um motor de carro popular – o famoso e líder de vendas na Hyundai o HB20.

O tal motor que era anunciado, era o da versão americana, esse sim com 140 cavalos, enquanto o nosso era o 1.6 DOHC de 128 cavalos. Isso levou vários consumidores a irem atrás de seus direitos e pedirem seu dinheiro de volta, e a anulação das propagandas veiculadas, uma vez que eram todas fraudulentas.

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O Caso Veloster na justiça

Foi com o consumidor Denis Nicolini, que se deu início o famoso Caso Veloster. Depois do lançamento oficial do Veloster, Denis se dirigiu a uma concessionaria Hyundai e movido pelo desejo, e pela euforia que o modelo causava, comprou uma versão que segundo a Hyundai, vinha equipado com motor 1.6 litros com 140 cavalos de potência, com injeção direta de combustível e com uma capacidade de consumo de até 15,4 km/l.

Além disso, o modelo também contava com diversos itens, como navegador GPS, oito airbags, porta-óculos, bancos da frente com ajustes elétricos e também um sistema de som Premium com oito autofalantes. Tudo isso por cerca de R$ 75 mil reais a época do lançamento. Mas, o Denis realmente levou foi, nenhum dos itens acima descrito, mas sim, o veículo tinha GPS, câmbio automático e outros itens de conforto, mas não eram os que faziam o carro valer os R$ 75 mil.

Fora que o motor anunciado, era muito diferente do que realmente equipava o Veloster. Dotado de um motor de injeção convencional, e 128 cavalos, o motor do HB20, estava longe de ser o que Denis queria. Com esse abacaxi em mãos, ele entrou com um processo contra a Hyundai Caoa, alegando propaganda enganosa. O processo durou cinco longos e exaustivos anos, e no final das contas, Denis levou apenas R$ 15 mil reais por danos morais.

Depois de casos como o de Denis vieram a público, a Hyundai, oficialmente tira o Veloster de cena depois de 4 anos de mercado, fazendo com que 2014, fosse seu último ano de vendas locais. O modelo ganhou apelidos nada carinhosos, como “Lentoster” ou “Veloser” – uma alusão a velocidade perderdor – Looser em inglês.

Segundo alguns porta-vozes da marca na época, o modelo saía de linha devido a “grandes oscilações de vendas”. Desde seu lançamento em 2011, o modelo acumulou cerca de 13 mil unidades vendidas, e mesmo estando em voga, por conta de músicas do estilo funk ostentação, o modelo já não tinha aquele brilho todo.

Veloster Turbo Norte-Americano

Hyundai Veloster Turbo16

Se em terras tupiniquins, o Veloster era tido como “Lentoster”, o mesmo não podia ser dito das variantes americana e europeia. Nos Estados Unidos, ele fora lançado com o motor que era anunciado por aqui e com o pacote de equipamentos, que também não tínhamos.

Lá eles tinham a versão normal de 140 cavalos, e em 2012 vinha a versão Turbo, com cerca de 204 cavalos. Com essa variante turbo, e associado com um câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, o modelo fazia jus ao nome, pelo menos no que diz respeito a parte de velocidade. Com 27 kgfm de torque, o Veloster Turbo realmente limparia sua reputação manchada, se fosse lançada no país.

O modelo ganhou até um novo visual, com a grade com contornos cromados, em peça única, redesenho dos faróis de neblina e para-choques.

O modelo ate chegou a ser apresentado no Salão Internacional de São Paulo, em 2014, mas tudo não passou de apenas uma visita rápida, já que naquele mesmo ano, a Hyundai descontinuava o modelo com motorização mais fraca por aqui, sem qualquer pretensão de lançar a variante turbinada, para amenizar os apelidos nada carinhosos do modelo.

Front panel 2016–pr. Hyundai Veloster Turbo

Veloster N, o BMW M da Hyundai

Desenvolvido em Nürburgring, o templo Alemão dos verdadeiros e consagrados esportivos, o Veloster N, foi criado pelo Ex-Chefe da divisão M da BMW, Albert Biermann, que usou de toda a sua experiência na BMW, para dar ao pequeno Hyundai tudo o que ele tinha direito.

A começar pelo motor, um novo propulsor 2.0 turbo de injeção direta, que já estava sendo distribuído no i30 N, lançado meses antes, mas no Veloster, o motor, foi recalibrado para render 280 cavalos e 36 kgfm de torque.

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Associado a um câmbio manual de seis velocidades, com sincronizador de rotações e reduções de marcha, amortecedores adaptativos para suavizar a rolagem da carroceria, diferencial eletrônico de deslizamento limitado e pneus Michelin Pilot Super Sport nas rodas de 18 polegadas, ou opcionais de 19 polegadas Pirelli P-Zero com medida 235/35, o novo Veloster N, promete quebrar o estigma de “Lentoster”.

A suspensão também recebeu uma atenção mais do que especial por parte dos engenheiros da Hyundai. O resultado? De acordo com os técnicos, o Veloster N é um carro com comportamento exemplar, tanto em curvas mais rápidas, quanto em trechos mais sinuosos e fechados.

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Além de ser independente nas quatro rodas (multilink na traseira), o Veloster N conta com controle eletrônico de tração e estabilidade, reduzindo assim o avanço da dianteira nas frenagens, e a rolagem da carroceria nas curvas, reduzindo a compressão da suspensão traseira nas acelerações mais fortes.

Com todas essas melhorias em relação a versão de rua por assim dizer, o Veloster N ainda possui uma série de mudanças visuais que ajudam a diferenciar o Veloster N das versões pacatas. Dotado de uma cor exclusiva, o Performance Blue da divisão N, novas saias laterais, escape maior, novo difusor traseiro, aerofólio traseiro maior, o modelo facilmente, se destaca no meio da multidão.

Já na dianteira, novas entradas de ar para resfriar o novo sistema de freios, no interior, bancos esportivos tem costura aparente e logos da divisão N, assim como em outras partes da cabine. Um fato curioso, é que o “N” vem de dois lugares distintos.

O primeiro significado, vem da cidade de Namyang, sede da marca e responsável pelo desenvolvimento global de produtos, e também vem de Nürburgring, a meca de todos os esportivos já fabricados mundo afora.

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Autor: Kleber Silva

Kleber, 28 anos, designer e apaixonado por carros desde pequeno. Formado em design gráfico pela UNIP, ouvinte assíduo de música pop e master chef nas horas vagas.