A BMW quer aumentar a produção de automóveis no Brasil e não é visando exportações, mas crescimento nas vendas internas, demonstrando assim enorme confiança no mercado nacional, especialmente com a invasão de marcas chinesas em faixas de preços onde a alemã atua.

Por ora, a BMW não tem planos de exportar para países vizinhos ou mesmo mercados consolidados, como o norte-americano, onde a filial brasileira já abasteceu com 10.000 unidades do X1, por exemplo, já que o SUV não é feito por lá.

Reiner Braun, presidente e CEO da BMW América Latina, disse ao site Automotive Business: “Fazemos um planejamento específico para cada planta pensando para quais mercados cada uma delas vai produzir. Isso é decidido de acordo com as peculiaridades de cada local”.

Sobre a filial brasileira, Braun comentou: “No caso de Araquari, a ideia (de construir a fábrica) surgiu em 2012 com o Inovar-Auto e, desde o começo, nosso foco está no Brasil. Isso não significa que podemos mudar de ideia no futuro, mas, neste momento, é assim que as coisas estão funcionando”.

Com a ascensão dos carros elétricos no segmento premium no Brasil, a BMW não descarta produzir aqui também, porém tudo depende da demanda. Como se sabe, a nova geração Neue Klasse 2025 do BMW Série 3 já nasceu com opção elétrica.

O executivo ampliou as possibilidades em Santa Catarina: “A produção segue a demanda do mercado. Em Araquari podemos produzir motores a combustão, com ou sem tecnologia flex, e híbridos do tipo plug-in. Se a demanda do mercado for grande o suficiente, nós temos condições de produzir carros elétricos”.

Sobre o híbrido plug-in, uma tecnologia que está sendo explorada no segmento premium por outras marcas, a BMW já confirmou a produção local do X5 com esse tipo de propulsão. Já sobre os chineses, a BMW não teme a entrada de marcas como BYD e GWM.